13.

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Meu cérebro começou a trabalhar numa velocidade inimaginável para que alguma história esfarrapada surgisse – o porquê de ter um cara no meu apartamento, segurando uma calcinha

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Meu cérebro começou a trabalhar numa velocidade inimaginável para que alguma história esfarrapada surgisse – o porquê de ter um cara no meu apartamento, segurando uma calcinha. Mas de nada adiantou. Pane total.

Olhei para Joel, abrindo a boca e a fechando diversas vezes. Tentei falar, mas nenhum som saiu.

— Com certeza cheguei numa hora ruim. — riu ironicamente. — Desculpe atrapalhar. Podem continuar da onde pararam. — o espanhol virou-se para o corredor.

Corri, entrando em sua frente para impedir que apertasse o botão do elevador.

— Joel, me deixe explicar.

Seu olhar desiludido partiu meu coração em pedacinhos.

— Não precisa me explicar nada, Sina. Estávamos apenas saindo. Você é uma mulher livre, solteira. Tem o direito de ficar com quem quiser.

— Nada aconteceu entre aquele cara e eu!

— Sua calcinha na mão dele me diz o contrário. — ele pressionou o botão do elevador.

Imediatamente, as portas metálicas abriram. Joel deu um passo em diante, mas minha mão trêmula segurou seu pulso.

— Não vá embora, por favor.

Meu rosto foi envolvido carinhosamente por suas mãos. O moreno acariciou a pele rosada com o polegar, sorrindo sem mostrar os dentes. Meus olhos acumulavam lágrimas, mas não permiti que essas escapassem. Sua imagem estava embaçada.

— Ainda somos amigos, Sina. Gosto muito da sua companhia para te deixar escapar da minha vida.

— Por que está dizendo isso?

— Sou o tipo de pessoa que se apega rápido demais. E acredite, é melhor acabarmos com o que temos antes que alguém saia machucado. — era impossível dizer algo em resposta. O nó na garganta prendia a voz. — Não sei se esse cara é o caso de uma noite só. Mas se for sério, espero que ele te faça feliz como merece.

Beijou minha testa, se afastando ao entrar no elevador. Dessa vez, não o segui. As portas se fecharam. Segundos depois, o visor indicava que havia chegado ao térreo. Cravei uma luta interna entre correr degraus abaixo para alcançá-lo ou deixá-lo ir. Seria inútil, então optei por conversar com ele segunda-feira, na cafeteria.

Agora, tinha outro problema pendente para resolver. Dentro do apartamento, joguei o buquê de flores sobre o sofá. Travei a mandíbula, me aproximando de um Noah sorridente.

— O que tem de errado com você? A única coisa que pedi foi que ficasse quieto na maldita cozinha.

— Desculpe, ok? Pensei que fosse sua amiga. Quis dar oi. — puxei a calcinha de sua mão, apontando para a porta. — Dá o fora daqui.

— Está me expulsando? — seus olhos cresceram, depois, voltaram ao tamanho normal. — Não precisa ficar brava, gatinha. Vamos relaxar...

Antes que suas mãos tocassem minha cintura, empurrei seu corpo longe. As costas musculosas chocaram contra a parede, mas Noah não pareceu abalado.

HANDS TO MYSELF - Noart Where stories live. Discover now