Tudo Pela Promoção - CamRen

Capítulo 16

POV Camila

Passei praticamente a noite inteira ouvindo Dinah reclamar com um rapaz por causa de seu carro. Ela dizia que aquilo não deveria acontecer com ela, pois ela é uma mulher de negócios e seus veículos têm que estar em perfeito estado e um monte de blah blah blah que só me deu dor de cabeça no final, pois eu que tive que a levar a esse homem. Às vezes acho que ela é muito estranha, é uma boa amiga, mas é um pouco egoísta e pensa muito em si, literalmente.

Quando estacionei o carro no estacionamento da empresa, avistei de longe, Lauren saindo de seu carro. Eu suspirei e olhei para o relógio, notei que ela está atrasada tanto quanto eu. E que infelizmente teremos que pegar o mesmo elevador.

Saí do carro e não tirei meus óculos escuros, continuei caminhando até o elevador e senti sua presença, ela suspirou e eu apertei no botão para chamar o elevador.

- Bom dia, Camila... – Eu a olhei.

- Bom dia, e por favor, me chame de Senhora Cabello. – Voltei a fitar a botão do elevador e ouvi outro suspiro.

- Então, senhora Cabello... – Eu olhei novamente para ela. – Por que sumiu? – Ela parecia um pouco agoniada, tentou manter um sorriso, mas está nervosa.

- Acho que parei de fazer papel de trouxa! – Sorri abertamente para ela e o elevador abriu a porta. – Tenha um bom dia de trabalho, pode subir, eu o espero descer novamente. – Ela me olhou por alguns segundos, totalmente desconcertada e entrou no elevador.

De fato, eu esperei a droga do elevador voltar para poder subir. Cheguei atrasada em uma reunião que eu nem imaginava que tinha. Meu secretário que avisou assim que entrei na sala. A droga da reunião durou muito tempo, e eu fiquei com dor de cabeça. Dinah, felizmente me deu um bom remédio e me convidou para almoçar.

Ao chegarmos no local, Lauren estava lá, sozinha.

- Nem pense em voltar, ela já nos viu. – Dinah disse segurando meu braço e me empurrando para uma mesa bem próxima a dela. Caminhei até a cadeira e me sentei. Dinah pediu nossos almoços e depois riu. – Ela está te olhando tanto, tadinha. – Revirei meus olhos. – Isso é ótimo, sabe? Essa sensação de que o Paul...

- Cala essa porra de boca! – Cortei-a. – Que saco, só fala nele, só fala nela, por que você mesma não a fode? – Dinah me olhou por alguns segundos e finalmente calou-se. – Desculpe, é a dor de cabeça.

- Eu imaginei, mas é melhor deixar isso pra lá, se ela ouvir não vai dar certo. – Massageei as têmporas e olhei para Lauren, que está com seu olhar fixo em mim.

- Ela tinha que estar justo sentada de frente para mim?

- Sim, para dizer que quer te dar com apenas um olhar. – Dinah disse rindo.

- Sério, por que eu sou sua amiga? – Dinah continuou rindo. – Vou ao banheiro! – Levantei-me e caminhei diretamente para o banheiro.

Quando saí da cabine para lavar minhas mãos me deparei com Lauren e confesso que me assustei.

- Camila. – Ela disse, me olhando, suspirei e bati minha mão na torneira.

- Diga. – A fitei através do espelho.

- Já faz uma semana. – Eu movi minha sobrancelha e ela suspirou.

- Eu sei que faz. – Balancei minha mão para acabar com o excesso de água.

- Que droga, eu sinto saudade. – Eu assenti e virei-me para ela.

- Está carente, não é?! Só assim que me procura. – Ela engoliu em seco.

- Eu não estou carente, eu só quero você. – Ela me surpreendeu puxando meu rosto e colando seus lábios nos meus. No começo fiquei achando que estava tendo uma alucinação, porém acabei me entregando ao beijo, foi um dos beijos mais apaixonados que dei na vida. – Não desiste de mim. – Ela disse ao quebrar nosso beijo.

Quando ela começou a se aproximar novamente para me beijar, uma mulher entrou no banheiro, ela se afastou de mim assustada e saiu do banheiro.

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POV Lauren

Mesmo depois de eu ter tomado atitude, ela não veio me procurar, ela definitivamente desistiu de mim.

- E já se foi mais uma semana e a Camila não veio, qual a sensação?! – Veronica perguntou, lhe dei o dedo do meio. – Ah, mas sério agora. Seja ela.

- O quê?! Não entendi.

- Tenha mais atitude, chame-a para sair, vá até a casa dela, sei lá, se humilha. – Peguei meu celular e observei a mensagem que eu havia enviado, que foi ignorada.

- O negócio é que ela não me responde.

- Quer que eu tente? – Neguei com a cabeça. – Então se fode, você não quer ajuda.

- Mas eu estou tentando, ela não quer, já são duas semanas, eu estou sentindo falta dela, acredite, mais do que do Paulo.

- Ih... – Ela levantou as sobrancelhas. – Essa é lenda!

- É sério, eu não pensei que sentiria tanta falta dela.

- É, você é uma lenda, estranha pra caralho! – Vero levantou-se. – Eu vou indo, a Lucy me espera.

Ela caminhou até a porta da sala e saiu.

Olhei para tela de meu celular e resolvi ligar para Paulo, ele também não me liga há uma semana.

Eu o liguei várias vezes e não obtive nenhuma resposta.

Resolvi ser insistente e na quinta ligação, a chamada finalmente foi recebida.

- Alô?! Paulo?!

- Ele está no banheiro, quem é você?! – Ouvi uma voz feminina e senti meu corpo tremer.

- A namorada dele, e você? Quem é?!

- Sou a esposa dele. – O celular escorreu de minha mão.

Esposa?