Mina do condomínio | Loud Thurzin.

capítulo quarenta e quatro.

Agora estávamos na saída da escola, enquanto escutávamos Laís reclamar a cada passo que nós dávamos sobre: a organização das duplas.

— Mas não foi você que deu as ideias? — pergunto.

— Foi. — arregalo os olhos, me recordando dos últimos acontecimentos. — Tipo, eu mandei ela colocar você e o Arthur em dupla. Só pelo trabalho, né, claro, até porque vocês formam uma ótima dupla. — até parece. Mas eu sabia que, Laís estava envolvida nessa história toda, ela não perderia essa chance.

— E aí. — Guilherme nos cumprimenta, abraçando Laís de lado. — Ainda 'tá bravinha por causa de como a Lúcia organizou as duplas? Fica assim não, fofa. — brinca e ela revira os olhos.

— Claro que eu vou ficar, ela me colocou 'pra fazer dupla com você, né? — cruza os braços. — Primeira semana de aula e aquela 'véia já 'tá passando trabalho.

Arthur nem parecia estar prestando atenção na conversa, estava vidrado em seu celular.

— Aconteceu alguma coisa? — me aproximo mais do menino.

— Não. — olha pra mim, rindo fraco. O sorriso dele é tão, sei lá, incrível, confesso que estava com saudade de ver. — Só 'tô vendo uns negócio aqui. — põe sua mão em minha cintura.

Obviamente eu nem cogitei a possibilidade de tirar.

— Ó seu namorado vindo ali com a Alice do lado. — Guilherme aponta pra eles dois e eu rio. Ele amava irritar Laís, isso é um fato. — Laís te contou que eles viraram ficantes? Ela 'tá toda bobinha por ele, doido.

— No dia que eu enfiar um cabo de vassoura na sua guela você para de falar merda, anota aí. — bufa, se soltando de Guilherme.

— Calma, ela não vai furar teu olho que nem fez com a Ana não. — Laís encara ele. — Foi mal, Ana. — estende as mãos em rendimento.

— Nada não. — forço um sorriso sem mostrar os dentes e Arthur me olha com as sobrancelhas arqueadas.

Talvez isso tenha sido meio desconfortável.

Alice e Cauã se aproximam. Ela simplesmente não tirava o olhar de onde a mão de Arthur estava, e isso me fez lembrar de toda história.

Respiro fundo.

— Acho que meu pai chegou, 'cê quer carona? — Arthur pergunta e eu nego, tirando sua mão de onde estava.

Eu não conseguia parar de olhar pra Alice.

— Se tem alguém que shippa mais Arthur e Ana do que a Laís, é a professora de Biologia, até em trabalho, viado. — Cauã comenta e Guilherme concorda, rindo.

— E até nisso a Laís ajuda. — Guilherme completa e Laís se solta do abraço.

— Cauã, 'vamo conversar, por favor. — Laís puxa o menino pra um canto mais afastado de onde estávamos.

— Ixi, vão brigar. — rimos da fala de Guilherme.

— Então, Arthur, eu vou indo, que horas 'cê vai 'pra minha casa? — aperto os lábios, tentando ignorar a presença de Alice. Obviamente ela queria algo e não perderia a oportunidade de pedir a a ajuda de Arthur.

— Então, olha. — coça a cabeça. — Não vai dar hoje não, fi, vou fazer trabalho na casa da Ana. — olha pra mim.

Ele vai fazer trabalho na minha casa hoje e eu não sabia?

— Mas vai ser rapidinho, Thur. — insiste.

— O meu amigo Guilherme vai querer muito te ajudar nisso, né? — Arthur empurra o menino pra perto dela.

— Arthur, tudo bem, você pode ir resolver sei lá o quê a Alice queira com você. — ele nega com a cabeça, arregalando os olhos. Com certeza ele queria sair dessa situação. — Mas caso 'cê ainda queira fazer o trabalho hoje, aparece lá em casa assim que puder. — me afasto de onde eles estavam.

Às vezes eu tenho pena do Arthur agora que a Alice mais do que nunca vai querer ficar perto dele.

εïз

Eu já tinha chegado em casa faz um tempo, até então eu só tinha comparado cartolina, porque eu tenho certeza que Arthur vai esquecer desse detalhe, caso ele venha fazer o trabalho aqui hoje.

Agora só estava jogada no sofá tentando me distrair com qualquer coisa possível, inclusive, procurando alguns modelos no Pinterest e no Google para poder me basear na cartolina.

— Vou levar a Mel 'pra passear, 'tá? — Helena surge na sala, segurando a coleira da cachorrinha.

— O Arthur vem 'pra cá hoje. — ela arregala os olhos, em seguida, rindo. — Pelo menos eu acho.

— Então quer dizer que eu vou finalmente conhecer ele? — ergo as sobrancelhas, olhando pro chão.

— Talvez. — dou de ombros. — Isso se ele não for 'pra a casa da Alice.

— Da Alice? — arqueia as sobrancelhas, se sentando do meu lado no sofá. — Por que ela sempre fica no meio de vocês dois, 'hein? — solto uma risada nasal, negando com a cabeça.

— Parece que ela precisa da ajuda dele 'pra alguma coisa aí, não sei direito. — murmuro. — Na real eu acho que ele nem vem. E, possa ser que seja melhor assim.

— Cadê aquela Ana que ficava toda feliz falando dele? — cruza os braços.

— Também não sei. — justifico e ela me encara, se levantando.

— Os dois pombinhos vão fazer o quê? — umidece os lábios. — Quero só ver quando seu pai saber que eu vou deixar vocês dois sozinhos aqui 'pra ir passear com a cachorra. — ri fraco.

— A gente só vai fazer trabalho, isso se ele vir, né. — respondo. — E eu nem 'tô falando com ele direito. — revira os olhos.

— Vocês jovens de hoje em dia é uma frescura, viu? — ri. — Mas depois eu vejo isso direitinho com você. Agora eu tenho que levar a Mel 'pra passear a na volta vou passar no veterinário, sua mãe marcou uma consulta só 'pra ver como ela 'tá mesmo.

O som da campainha ecoa por toda a sala. Eu e Helena apenas nos encaramos pra saber quem vai abrir a porta, já que tinha a possibilidade de ser Arthur.

— Vai lá, vai que é o seu amado. — ela pede e eu reviro os olhos. — Nem vem, Aninha. Aliás, eu tenho que colocar a coleira na Mel, né? Acho que já estamos atrasadas. — vai em direção aos corredores até que eu perca ela de vista.

Me espreguiço, em seguida bocejando e indo em direção a porta.

Respiro fundo, abrindo a porta e vendo o menino dar um sorriso.

— É, né, eu vim.

eita glória, veio ai eles se resolvendo?

eu tenho medo que vocês comecem a odiar a ana, sem memeKKKKKKMMJJKKKKKK ela só não se prioriza em absolutamente nada e coloca a felicidade dos outros acima da dela, e ter uma melhor amiga que faz exatamente o contrário tbm não ajuda 🙉🙉🙉