capítulo quarenta e cinco.

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Apesar de tudo, eu sempre vou escolher estar com ela

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Apesar de tudo, eu sempre vou escolher estar com ela.

Por um lado, vir pra casa dela seria a oportunidade perfeita pra descobrir o que realmente aconteceu, mas caso isso não aconteça, vai continuar o mesmo climão que estamos há mais de um mês.

Ana não expressou nenhuma reação ao meu ver, além de respirar fundo.

— Vai me deixar do lado de fora mesmo, fi? — ponho as mãos na cintura, fazendo ela rir fraco e dar espaço pra que eu passe.

Sinceramente, até encontrar com o pai dela aqui seria bom desde que eu pudesse passar o resto da tarde com ela.

— Antes que estranhe o silêncio e meu pai ainda não ter vindo espiar cada passo seu, meus pais viajaram. — agora faz sentido. — 'Cê comprou a cartolina? — Puta merda, a cartolina.

Arregalo os olhos, colocando minha mochila no sofá.

— Relaxa, eu comprei. — ri fraco e eu suspiro aliviado. — Imaginei que isso fosse acontecer, te conheço, Arthur.

— Que susto, cara. — ponho a mão no peito e ela ri novamente. Pra quem tava com raiva de mim ou sei lá o quê, o negócio tá bom. — Quase morri aqui.

Parecia até que isso acontecia só quando Alice estava por perto.

— Aninha, eu 'tô indo, 'tá? — uma mulher surge com a cachorrinha de Ana nos braços, ela parecia surpresa ao me ver. — Eu não vou demorar muito, no armário tem comida e na geladeira tem suco. — assentimos e a mulher se direciona até a porta.

— Eu vou só buscar as coisas lá em cima. — assinto e ela sobe as escadas.

Eu só tirei meu estojo da bolsa e fiquei esperando a garota sentado no sofá.

— É só desenhar e pronto? — ela nega com a cabeça.

— A gente tem que escrever pelo menos um texto, né, Arthur. — solto uma risada nasal.

De acordo com ela, seria melhor trabalhar nisso na sala de jantar, e foi pra lá que nós fomos.

Lá tinha uma mesa enorme de vidro, o que facilitava com que a gente desenhasse e escrevesse.

Ela só estava fazendo uma espécie de rascunho do que iríamos de fato desenhar, ou melhor, ela iria, baseado em algumas coisas que havíamos visto na Internet.

Eu só observava o rosto dela quando estava concentrada, muito fofinha.

— Quer desenhar 'pra mim com seus magníficos dons artísticos? — larga o lápis na mesa e põe as mãos na cintura. Logo me recordo de quando ela me chamou de Van Gogh no último trabalho que fizemos juntos, então apenas nego com a cabeça, rindo.

Pelo visto ela interpretou errado o porquê de eu estar olhando ela.

— Eu não, fi, pode continuar aí. — ela revira os olhos, voltando a desenhar na cartolina. — Ana. — aperto os lábios e ela me olha, rapidamente voltando a prestar atenção no que estava fazendo.

— Diz. — solta o lápis na mesa, provavelmente pra prestar atenção no que eu iria dizer.

— Sabe aquela hora que. — dou uma pausa. — A Alice chegou? Você ficou toda estranha.

— É melhor você começar a pesquisar o texto, quero terminar logo o trabalho. — muda de assunto, colocando uma mecha de seu cabelo por trás da orelha e mexendo em alguns lápis de cor que estavam em seu estojo.

Aparentemente ela não queria tocar no assunto, mas uma hora ou outra a gente teria que conversar, ou não?

— Ana. — me aproximo mais dela. — Eu só quero saber o que aconteceu, cara.

A menina passou um tempo calada e apoiando seu rosto em sua mão, as lágrimas em seus olhos foi algo que notei quando ela se virou pra mim.

— Arthur. — murmura e eu abraço ela. — Porque tudo que aconteceu, o motivo de eu simplesmente ter me afastado de você, é a Alice.

Meu Deus, eu sou muito burro.

É claro que era a Alice, ela sempre tentava chamar minha atenção ou algo do tipo, mas eu nunca levei a sério.

E agora a Ana estava chorando, chorando por algo que eu não percebi e poderia ter consertado faz tempo.

Mesmo que a culpa não fosse só minha.

— Depois que a gente teve aquela conversa, a Laís me contou que você chorou, sendo que você quase nunca faz isso. E caralho, eu nunca me culpei tanto depois que ela me contou. — dá uma risada fraca, fungando seu nariz. — Daí depois a gente acabou brigando também, e eu fiquei sem você, sem a Alice, sem a Laís, sem praticamente ninguém. Meus pais discutiam todos os dias também, e isso só piorava minha situação.

É, isso também doeu em mim, Ana.

Escolhi permanecer em silêncio e ouvir tudo que ela tinha pra falar.

— Eu vou parecer muito idiota falando isso, mas apesar de tudo, a Alice é muito especial 'pra mim, é uma amizade de anos, você entende, né? — assinto e ela se solta do abraço, me olhando. Era óbvio que, ela não fosse trocar uma amizade de anos por um garoto que ela conhece há menos de uma ano, né? — Mas, em todo esse tempo eu percebi que a Alice nunca faria por mim tudo que eu faço por ela, então eu não posso continuar sendo assim. Eu já perdi tanta coisa por medo de perder, perder ela.

— Então você..

— Eu quero tentar de novo, Arthur. — me interrompe. — Eu não pensei em ninguém, nem em você, nem em mim. Meu foco naquele momento era a Alice, porque eu não consigo tirar ela da minha vida, porque provavelmente eu dependa emocionalmente dela.

— Mas você 'tá certa, linda. Tem que parar de ser assim e passar a pensar mais em você. — beijo sua testa. — Você só precisa esquecer toda essa história, esquecer Alice, e as coisa tudo que te deixam triste.

Ela enxuga algumas lágrimas que insistiam em descer pelo seu rosto, isso parecia realmente doer nela.

— Eu quero ser feliz com você, Arthur. — diz depois de um tempo calada e eu deixo um sorriso bobo escapar.  — E eu acho que essa seja a minha escolha, a escolha certa.

Tá, agora eu não sei nem o que falar.

— E caso você não saiba, significou muito 'pra mim ter te beijado. — rio fraco. — Eu sei que foram poucas vezes, mas foi especial, 'pra mim, e eu repetiria isso.

finalmente a ana acordou👏👏👏

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finalmente a ana acordou👏👏👏

KKKKKKKJKKKK eu sei que já tava ficando irritante por um lado, mas agora vocês entendem?

fora que ainda tem muita coisa pra vocês descobrirem e muita coisa a ser explicada, principalmente quando o assunto é: Alice.

era só isso, beijo, amo vocês <3

wavesmary dscnii oi amores, vejam se agora aparece ;)

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora