capítulo cinquenta e oito.

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Chegou a hora em que eu e Arthur não seríamos mais segredo

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Chegou a hora em que eu e Arthur não seríamos mais segredo. 

Depois de tanto tempo tentando esconder da mídia o que sentimos, entramos em um acordo. Ou melhor, a notícia praticamente vazou e a gente não teve escolha.

Nesses dias que se passaram, usamos dois anéis pra simbolizar o que tínhamos. E é óbvio que quando o Arthur foi pra São Paulo, teve a brilhante ideia de esquecer de guardar e aparecer em live e stories com o acessório — conhecendo o fandom da Loud, já é de se imaginar que em minutos eles já estavam cogitando a ideia de ser uma aliança e lembraram da minha existência.

Porém, ainda assim, ele me pediu desculpas e disse que poderíamos aproveitar a situação pra contar tudo de uma vez, porque talvez esse fosse o melhor momento. Então obviamente eu concordei, só não marcamos nenhuma data pra isso — considerando que tivemos essa conversa há três semanas.

— Sim. Eu já comi. Uhum, eu volto 'pra casa mais cedo. — concordei, falando com a minha mãe pelo telefone. Arthur me olhava de lado, sentado em sua cadeira gamer e parando de fazer o quê estava fazendo no celular.

Eu havia dito que iria ficar até tarde;

Desliguei o celular e fui mexer nas minhas redes sociais. Desde toda a polêmica do anel, não param de me marcar em qualquer publicação em perfil de fofoca.

Já chegaram a dizer até que eu estava me reaproximando do Arthur novamente, de propósito por ele estar no auge da fama dele.

Quer abrir live comigo, amor? — essa frase ficou presa em meus pensamentos assim que ele terminou de pronunciar. Eu sabia perfeitamente o que isso significava.

Ele parecia tão relaxado — com uma mão no teclado enquanto utilizava a outra pra mexer em seu cabelo — ao fazer essa pergunta e eu particularmente não sei porquê isso me deixou tão nervosa.

Até mais do que quando fomos contar pra nossos amigos — em especial, Alice. Mesmo que ela tenha falado que não tinha o menor problema por dias.

Acho que eu tinha medo de toda história se repetir.

— Quero — o menino me observou, surpreso. Mas em seguida assentiu e deu um sorrisinho, saindo do quarto.

Considerando que ele havia passado um bom tempo insistindo pra que eu participasse de alguma live dele, ele tinha razão em ficar surpreso.

Nem eu esperava isso de mim.

O barulho de rodas se arrastando pelo chão enquanto a porta é aberta, demonstra que Arthur havia ido buscar a cadeira que vinha se tornando mais minha do que do irmão dele.

Notei que em sua outra mão havia um prato branco com alguns pães de queijo, que ele deixou perto do computador.

Me direcionei até o local, me sentando ao seu lado quando o mesmo havia acabado de organizar as coisas. Respirei fundo no momento em que ele abria e minimizava algumas abas antes de iniciar, de fato, a live.

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Onde histórias criam vida. Descubra agora