capítulo trinta e dois.

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Eu tive que lidar com o fato de Alice passar a tarde toda aqui, e como eu lidei com isso: dormindo

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Eu tive que lidar com o fato de Alice passar a tarde toda aqui, e como eu lidei com isso: dormindo.

Porque talvez eu usei isso como escapatória pra os meus problemas.

Por eu ter dormido a tarde toda, agora, três e meia da manhã, eu estava encolhida no canto do meu quarto, simplesmente por não conseguir dormir.

Júlia estava em seu décimo sono, e isso estava nítido, porque a quantidade de vídeos do Tik Tok que eu ouvi no volume máximo e ela não acordou.

— Aninha? — uma voz infantil ecoa por todo quarto assim que a porta é aberta. Era o Lorenzo. — Eu tive pesadelo e não quero acordar a vovó. — sussurra, vindo em minha direção.

— Ah. — murmuro, pensando em qualquer coisa que eu poderia fazer pra que ele esquecesse isso e fosse dormir. — 'Vamo lá na cozinha comigo. — seguro em sua mão, nos guiando pra fora do quarto.

Desço as escadas ainda segurando sua mão, e assim que chego na sala dou de cara com meu pai, largado no sofá e mexendo no celular.

— Pai? — rio. — O que o senhor 'tá fazendo aqui?

— A sua mãe não deixou eu dormir hoje com ela. — gargalho.

— Tio, tio, assiste filme comigo? — Lorenzo dá uns pulinhos, empolgado, soltando sua mão da minha.

— 'Tá tarde, amigão, e o tio aqui 'tá trabalhando. — trabalhando? Uma hora dessas? — Inclusive, o que vocês estão fazendo acordados uma hora dessas?

— 'Vamo 'pra cozinha, Lorenzo. — murmuro, sem olhar pro rosto do meu pai. Ele estava escondendo algo de mim.

Seguro sua mão, nos guiando até a cozinha e ligando a lâmpada do cômodo.

— Aninha. — solta sua mão da minha novamente e eu me abaixo pra ficar em sua altura. — Você 'tá legal? — arqueio as sobrancelhas.

— Sim. — dou um sorriso. — Por que eu não estaria?

— Eu vi você chorando. — abro a boca. Meu Deus.

— Eu.. — dou uma pausa e respiro fundo. — Não 'tava chorando não.

— 'Tava sim. — insiste. — A vovó mandou eu ir buscar o protetor solar dela, porque quando a gente 'tava no meio do caminho ela foi procurar e não achou. Mas aí eu vi você chorando da porta e voltei. — eu não sabia como reagir a isso. Como eu ia convencer uma criança de que eu não estava chorando?

Mina do condomínio | Loud Thurzin. Where stories live. Discover now