Welcome Ha-Na Green Jeon.

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Aquela dor era insuportável e eu sentia Ha-na revirar dentro de mim, as minhas costas pareciam que estavam partindo ao meio, eu tentava controlar a dor mas era impossível. A minha barriga estava duro e meu corpo molhado pelo suor que escorria, apoiei meu peso na cama me contorcendo de dor.
— Como que é a dor Victoria ?
Allan disse colocando sua roupa.
— Victoria, como é a dor ?
— Só faz parar por favor.
Senti as minhas lágrimas se aproximando.
— Esta doendo muito, Allan.
Me virei e o mesmo me olhava assustado.
— Precisamos ir para o hospital.
Neguei.
— Baby, a Ha-na quer sair, não podemos fazer nada.
— Mas ainda faltam duas semanas.
Ele assentiu.
— Não Allan.
— Victoria vamos.
Senti ele colocar uma blusa em meu corpo.
— Se você demorar ela vai sair sozinha.
Arregalei os meus olhos.
— Precisamos ir.
Allan pegou as bolsas maternidade que estavam prontas a semanas no canto do quarto, naquele momento eu não estava mais raciocinando pela dor que estava sentindo, nunca senti uma dor parecida com essa eu tinha vontade de gritar, chorar e empurrar a barriga. Allan me ajudou a descer até o estacionamento, ele tentava manter a calma até porque era médico e ja fez isso milhares de vezes, mas eu não. Ele me colocou no banco de trás e eu sentei encostando a cabeça no estofado do banco, fechando os olhos tentando me concentrar para não sentir tanta dor. O carro ja estava em movimento e Allan corria em alta velocidade perguntando a todo instante como eu estava. Agradeci mentalmente, assim, que o carro parou enfrente ao hospital onde ele trabalhava, sai do carro com a sua ajuda e não demorou para adentramos o enorme prédio.
— Arruma um quarto para ela.
Ele disse enquanto me ajudava a sentar em uma cadeira de rodas.
— Baby, eu ja vou ir te ver ok ?
Ele disse passando a mão sobre meu rosto, assenti. Uma das enfermeiras me levou até um quarto, me levantei da cadeira de rodas lentamente e antes de me deitar na cama coloquei aquelas roupas próprias de hospital, depois me deitei na cama olhando para o teto tentando controlar a minha respiração, fechei os meus olhos sentindo a dor voltar cada vez mais forte, eu sentia como se tudo dentro de mim estivesse arrebentando, senti minha mão ser furada mas aquilo não era nada perto da dor que estava sentindo. A porta do quarto foi aberta, e eu abri os olhos lentamente, Allan entrou com o seu jaleco branco e um par de luvas nas mãos.
— Victoria, eu estou aqui já.
Ele disse me olhando preocupado, assenti sorrindo de lado.
— Vai demorar para a dor passar ?
Allan negou.
— Faz passar essa dor por favor.
Senti as minhas lágrimas descendo.
— Qual o intervalo das contrações ?
Allan perguntou para a enfermaria ao meu lado.
— Cinco minutos doutor.
Ela disse olhando para a máquina ao meu lado.
— Victoria, eu preciso ver sua dilatação.
Neguei chorando ainda mais.
— Vamos baby.
Ele disse de um modo calmo. Abri as minhas pernas e senti Allan penetrar seu dedo lentamente, logo ele tirou o dedo jogando a luva fora, fiquei vidrada em cada movimento que ele fazia.
— Seis centímetros Victoria, falta só mais quatro aguenta firme.
Allan pegou minha mão beijando a mesma.

ALLAN JEON POV- LOS ANGELES
   Já fiz milhares de partos mas esse era o mais importante, eu seria o primeiro a pegar minha filha no colo e o responsável por  trazê-la ao mundo, confesso que estava nervoso uma coisa que nunca fiquei antes. Ver Victoria chorando de dor estava me matando, a mesma se contorcia na cama de dor, eu queria muito fazer aquela dor passar, mas infelizmente ela ainda tinha a pior parte da dor para sentir. Estava tentando fazer de tudo para ela não ficar nervosa mas estava impossível. A mesma andava de um lado para o outro no quarto segurando a barriga, olhei na máquina e vi que outra contração estava se aproximando.
— Victoria, vem.
Segurei sua mão trazendo o seu corpo para a cama.
— Senta com cuidado.
  Comecei a massagear a sua coluna porque isso aliviava a dor, Victoria começou a gemer de dor assim que a contração chegou, ela jogou a cabeça para trás enquanto eu continuava a massagem tentando aliviar a dor, assim que a dor foi embora ela voltou a respirar normalmente.
— Pronta ?
Ela assentiu relaxando o corpo.
— Eu não vou conseguir Allan.
Victoria me encarou.
— Eu acho que vou morrer.
Vi suas lágrimas descendo como cachoeira.
— Claro que vai conseguir baby, eu vou estar do seu lado para segurar nossa filha.
   Sorri limpando as suas lágrimas, Victoria sorriu e dava para ver que ela ja estava se esgotando. Segurei em seu braço a guiando até o banheiro, liguei o chuveiro esperando ficar em uma temperatura agradável, tirei sua camisola enquanto Victoria entrava debaixo da água, ela começou a gemer de dor novamente as contrações estavam mais fortes e em um peridoto de tempo menor, a minha filha estava próximo de nascer, me aproximei massageando a sua barriga sem fazer força.
— Allan isso doe demais, me ajuda.
  Ela disse segurando o meu braço com força, os seus gemidos estavam cada vez mais agudos quase que se transformando em gritos de dor.
— Relaxa baby.
  Falei olhando em seus olhos chorosos.
— Respira fundo, okay ?
— NÃO ESTÁ DANDO PORRA.
  Arregalei os meus olhos, Victoria estava agressiva e mesmo que isso faça parte do parto, confesso que eu me assustei.
— Tira ela logo.
  Continue fazendo massagem em sua barriga que estava mais dura que o normal, Victoria estava com as unhas fincadas em meus braços, mas não liguei para aquilo porque estava mais concentrado nela e na dor insuportável que estava sentindo, eu percebi que a mesma já não estava aguentando mais, ajudei  se secar, colocar a roupa e voltamos para o quarto.
— Vamos ver a dilatação Victoria.
  Ela assentiu deitando, coloquei minhas luvas e penetrei meus dedos.
— Nove centímetros.
  Victoria colocou o braço sobre o rosto controlando a respiração.
— Amor, estamos quase lá.
— Allan ainda não esta na hora dela.
Victoria soluçou.
— Ela precisa sair Victoria.
  Passei a mão sobre o seu cabelo o colocando para trás da orelha.
— Respira fundo, você vai conseguir.
— Allan tira ela logo.
Assenti beijando a sua cabeça.
— Tira ela logo por favor.
— Falta so um pouco baby.
  Sussurrei, ouvimos um barulho alto e olhei para o chão que estava todo molhado, a bolsa havia rompido, estava na hora de Ha-na nascer.
— Allan, a bolsa.
  Victoria me olhou assustada.

Aftermath of a night!Where stories live. Discover now