Aftermath of a night!

He likes your touch

VICTORIA GREEN POV- LOS ANGELES
   Empurrei o peito de Allan para longe, ele ficou me olhando sem entender o porque fiz aquilo, antes que ele dissesse alguma coisa, eu sai do quarto. Eu realmente não entendia aquele homem, eu tento ficar o mais distante possível, mas com ele me beijando fica meio difícil.
  Fui até a sala e me sentei no sofá, liguei a televisão vendo um filme qualquer que passava na televisão, mas eu não estava prestando atenção. Eu só queria ficar o mais longe possível do quarto, não sei o que sinto por ele, mas não quero correr o risco de me apaixonar como ele mesmo disse "Não se apaixone por mim". Eu me apaixonei apenas uma vez e não foi uma experiência muito agradável.
[...]
   Desliguei o chuveiro assim que terminei o meu banho, me enrolei na toalha e abri a porta do quarto, o Allan não estava em casa e agradeci mentalmente por isso, fui até a o guarda-roupa e peguei uma roupa confortável.

   Desci as escadas e fui até a cozinha, peguei uma maçã e sai de casa comendo, eu não queria me atrasar, desci até o ponto chamando um taxi. Não demorou muito até ele parar em frente a clínica que o Allan trabalhava, paguei o homem de cabelos brancos saindo do carro. Entrei no prédio enorme, passando pela recepção.
— Boa tarde, eu tenho consulta marcada com o Doutor: Allan.
  A moça assentiu olhando no computador.
— É só esperar.
  Sorri e me sentei na única cadeira vaga. A sala estava cheia, agora eu sei porque Allan trabalha tanto, havia mulheres de todas as idades, ele parecia gostar mesmo do que faz.
— Estou ansiosa para ver o Allan.
  Ouvi uma garota sussurrar.
— Ele e muito lindo, espero o mês todo para chegar o dia da consulta.
   Não consegui conter meu sorriso, mas disfarcei olhando para a revista em minhas mãos.
— Ele nunca tocou em você?
   A outra que estava ao seu lado falou.
— não, mas ele me ve pelada toda vez e eu fico com vergonha, porque é estranho você gostar de alguém e ele te ver assim.
   Olhei para a garota que aparentava ter seus quinze anos.
— Moça sua barriga é linda.
   Sorri.
— Obrigada, eu vou ver como ele esta.
  Coloquei a mão sobre a barriga sorrindo.
— O pai não quis te acompanhar?
  Ela franziu a testa assim que percebeu que eu estava sozinha.
— O pai esta no consultório.
   A garota arregalou os seus olhos.
— Victoria Green, o doutor esta a sua espera.
   Me levantei da cadeira, indo até o consultório. Abri a porta e Allan estava usando aquele jaleco branco que o deixa maravilhoso.
— Pode entrar.
   Ele disse sem tirar os olhos do computador, assim que me olhou franziu a testa.
— Victoria? Eu achei que você fosse mais tarde.
— Você disse as três e meia.
  Ele assentiu.
— Não nos falamos muito esse mês.
  Assenti me sentando na cadeira.
— Você vomitou ?
— Não, mas estou tendo dificuldade para achar uma posição para dormir, meus seios estão muito doloridos, eu sinto muita vontade de comer e claro as minhas mudanças de humor.
   Allan assentiu.
— Você esta no quarto mês de gestação.
  Era estranho ver Allan desse jeito, como o meu médico.
— Sua barriga esta grande, seus seios maiores, seu peso tende a aumentar bem.
    Revirei os olhos.
— Pode começar a vazar e é normal, uma coisa que é muito comum também, é os corrimentos.
   Assenti olhando em seus olhos escuros.
— Você está tomando as vitaminas?
— Sim, e falando nisso precisa comprar mais.
   Allan sorriu.
— Então vamos ver esse bebê ai, pode deitar de roupa mesmo.
    Assenti. Me levantei e fui ate a maca, me deitei na mesma enquanto Allan se aproximava ja com as luvas, já disse o quanto ele fica sexy usando isso? Fiquei olhando o teto, senti ele abrir o botão do meu short, naquele momento todos os meus pelos se arrepiaram. Ah Victoria, se segura por favor...
— Vou abaixar um pouco.
   Assenti. Naquele momento, eu estava com o short e a calcinha fora de lugar, Allan levantou minha blusa até os seios, aquilo estava ficando constrangedor, muito constrangedor.
— Allan?
  Voltei meu olhar para ele.
— Hum?
  Ele disse sem tirar os olhos da minha barriga.
— Eu queria comer chocolate e não tem mais em casa.
  Ele soltou uma risada.
— Eu compro hoje.
  Sorri animada.
— Qual você quer?
— Um branco e um preto.
   Allan assentiu.
— E também queria aquelas balas de ursinhos, sabe?
— Sei Baby.
  Toda vez que ele diz isso, eu fico sem reação, droga
— Eu compro também.
   Allan tirou sua luva da mão esquerda e levou a mesma até minha barriga, assim que ele tocou senti uma coisa estranha dentro de mim, era como uma cócega interna.
— O que é isso?
  Perguntei assustada.
— Ela esta mexendo.
  Allan disse abrindo um sorriso enorme.
— Ele se mexeu pela primeira vez.
  Aquela sensação era incrível, algo que nunca senti antes, Allan tirou sua mala e então a sensação parou
— Acho que ele gosta do seu toque.
  Allan ainda sorria.
— É uma sensação maravilhosa.
  Allan pegou o gel passando pela minha barriga, aquilo estava muito gelado, eu fiz careta. Assim que. pequena tv ligou, eu fiquei olhando atenta para a mesma, assim como ele, e la estava meu filho, eu podia ver sua pequena mão, ao lado da sua cabeça. Aquilo era assustador, a partir daquele momento, eu estava completamente apaixonada por aquele ser dentro de mim.
— Ele esta enorme, olha os dedinhos.
  Allan disse apontando para a pequena mão.
— Já da para saber o sexo.
  Allan disse sorrindo de orelha a orelha.
— O que é ?
  Olhei para ele.
— Fala logo.
— É uma menina
   Naquele momento, eu não consegui segurar as minhas lágrimas. Allan também sorria.
— Nossa princesa.
   Olhei  seus olhos escuros e ele me encarava fixamente, a cada segundo ele se aproximava mais dos meus lábios, eu queria...Eu queria muito aquilo.
   Ouvi meu celular tocar, Allan se afastou enquanto eu pegava o mesmo. Droga, aquilo estragou tudo.
— Alô?
— Victoria, então me diz.
  Sorri ao ouvir a voz do Lucas.
— Lucas, é uma menina.
  Allan me olhou serio, eu confesso que me deu medo
— Eu te disse. Parabéns Vick, eu estou muito feliz.
— Eu também Lucas, estou muito.
— Eu vou passar ai para te pegar, eu ja fiz nossa reserva.
   Olhei para Allan e ele estava com a cara fechada arrumando os papéis na sua mesa.
— Eu te espero la no portão, então.
   Peguei um papel limpando todo aquele gel da minha barriga.
— Não.
   Allan me encarou.
— Você vai embora comigo Victoria, a gente já aproveita e passa no mercado.
    Franzi a testa vendo a sua reação.
— Ouvi porra?
— Eu te espero, então.
   Falei desligando o celular.
— Qual o seu problema, Victoria?
    Revirei os olhos.
— Eu acabei de falar que você vai comigo.
— Você não manda em mim, Allan.
   Sorri saindo do seu consultório.
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ALLAN JEON POV- LOS ANGELES
   Eu sentia meu sangue circulando mais rápido para raiva que eu estava sentindo agora, odeio quando Victoria faz isso, porra. Eu odeio aquele loiro de farmácia, eu sei que ele tem intenções com a Victoria, porque ele olha para ela daquele jeito, o jeito que so eu posso olhar. 
   Tirei o jaleco e peguei as chaves do meu carro, desci rapidamente até o estacionamento, pisei no acelerador ouvindo aquele ronco maravilhoso, dei a partida até em casa. Assim que cheguei, subi para a cobertura, o meu apartamento. Abri a porta e senti um forte cheiro de perfume.
   Subi até o quarto e joguei minhas coisas na cama, olhei para a porta do banheiro e senti um calor passar pelo meu corpo e parar no meu membro, Victoria usava um vestido colado no corpo, um tipo de vestido que ela nunca mais usou depois daquela noite na boate, seus cabelos estavam soltos e jogados do lado, em seu pé ela calçava um salto.
— Vai sair ?
  Franzi a testa.
— Vou jantar com o Lucas.
  Travei meu maxilar olhando em seus olhos.
— Não demoro.
— Você não pode ficar usando salto.
  Dei de ombros tirando a camiseta.
— Eu preciso ir.
   Victoria disse saindo do meu campo de visão, fechei os meus olhos tentando controlar a minha vontade de matar qualquer um.
[...]
   Desliguei a televisão e levei as coisas que sujei para a cozinha, colocando dentro da pia. Era estranho ficar nesse apartamento sozinho, era muito estranho. O apartamento ficava em um silêncio.
    Ouvi o celular tocar e peguei o mesmo que estava em meu bolso do short, olhei no visor e era um número desconhecido.
— Alô?
— Jeon, aqui é o Lucas. Eu estou no hospital com a Victoria, ela desmaiou e estava sangrando muito.