You will be Dad

736 39 14
                                    

— O que é, Debora?
  Allan olhava para a sua irmã de forma impaciente, eu sentia o meu corpo estremecer, ela não podia contar sobre o bebê.
— O que você tem que me falar?
— Allan, a noite em que vocês transaram.
  Ele arregalou os seus olhos.
— Você usou camisinha?
  Ela rolou seus olhos.
— Debora.
  Falei séria.
— Eu não lembro Debora, eu estava bêbado, mas devo ter usado.
   Ele deu de ombros.
— Mas, o que isso tem de tão importante?
— Allan, você tem que saber...Porra.
  Debora disse irritada.
— Você é médico, manda todos usarem camisinha, e esquece a droga da camisinha.
   Debora estava começando os seus surtos.
— Posso não ter usado porra, mas isso ja ten dois meses. O que você quer saber?
   Debora revirou os seus olhos.
— A VICTORIA ESTÁ GRÁVIDA.
Ela gritou e no mesmo instante o quarto ficou hm completo silêncio, Allan arregalou os seus olhos e a sua pele ficou branca, mas não o branco normal e sim um branco como se a qualquer momento ele fosse cair duro ali mesmo.
— Você sera papai.
— Você esta o que?
  Ele me olhou fixamente, droga odeio quando ele faz isso, meus hormônios já estavam a mil dentro do meu corpo.
— Grávida Allan, ela estava grávida.
Debora começou a andar de um lado para o outro.
  Então, ele colocou a mão sobre a cabeça bagunçando seu cabelo e me olhou novamente, meus olhos ja estavam cheios de lágrimas novamente, e logo senti as mesma escorrerem pelo meu rosto.
— Você tem certeza?
  Assenti, limpando minhas lágrimas.
— Foi ao médico?
— Não, eu fiz um teste de farmácia.
  Allan revirou os seus olhos.
— Esses testes costumam falhar. Eles não são confiáveis.
Eu apenas encarava ele.
— Ele esta ai?
  Assenti lhe entregando o palito em suas mãos, ele ficou olhando durante alguns segundos.
— Marca uma consulta com o seu médico.
  Séria ótimo se eu tivesse um.
— Eu não tenho médico.
  Allan me olhou assustado.
— Você não tem um ginecologista?
  Neguei.
— Ótimo, Debora vá com ela amanhã até o meu consultório.
   Allan disse saindo do quarto.
——————————————————————————
ALLAN JEON POV- CORÉIA
   Fiquei encarando a parede, processando aquela informação maluca. Como assim eu seria pai?. Um homem que nunca pensou em crianças, em ter um relacionamento sério, amar uma pessoa mais do que a própria vida, isso nunca aconteceu, quer dizer...Apenas uma vez, mas nunca mais ira cometer esse erro novamente. Como um médico esqueceu a droga da camisinha? Eu que sempre tinha quela porra na carteira, que sempre fala para Debora ter cuidado com isso. Porra, Allan Jeon.
    Balancei a cabeça tentando sair do transe. Assim que ouvi os gritos vindo do quarto ao lado, coloquei minha máscara, abri a porta e encontrei Paula deitada na cama implorando para que aquela dor passasse, caminhei até ela.
— Doutor, ela já esta com dilatação suficiente.
  Assenti aumentando a velocidade do sorro ao seu lado da maca.
— Por favor, faz essa dor parar.
   Ela gritou segundo a maca com força.
— Paula, vamos começar.
   Sentei no banquinho de frente a sua vagina ja vendo a cabeça da criança, as vezes me pergunto porque optei por essa profissão, então me lembro do amor que sinto pelo sexo feminino.
— Respira fundo...Vamos la.
   Ela começou a fazer força para que ele saísse, eu podia sentir a sua dor, devido aos seus gritos e lágrimas, mas eu sabia que depois que ela pegasse seu filho pela primeira vez no colo, a dor seria completamente esquecida.
— Força, Paula. Vamos.
   Então ele se aproximou mais, seu bebê estava a cada segundo mais próximo de vir ao mundo. A cabeça ja saiu. Um grito agudo e forte ecoou pela sala toda, peguei o menino que escorregou pela suas pernas. Um choro baixinho saiu pela sua boca, ele se contorcia em meus braços, suas lágrimas escorriam pelo seu pequeno rosto.
— Aqui esta seu meninão.
  Paula pegou seu filho chorando mais ainda, e um sorriso enorme apareceu em seus lábios. Ela parecia a mulher mais feliz do mundo.
   Em poucos meses será a minha vez, e naquela maca sera a Victoria deitada dando a luz ao meu filho, eu seria pai, e milhares de coisas irão mudar. Eu vou ser responsável por uma vida, serie exemplo para outro ser humano, um homem que sabe malema fazer um café da manhã direito. Se eu pudesse voltar atrás, naquela noite da festa.
— Doutor, Jeon.
  Olhei para Paty que sorria.
— Sua paciente já esta a sua espera.
  Assenti lavando as minhas mãos.
  Assim que terminei, voltei para a minha sala de consultório. Victoria estava parada na porta e assim que me viu sua expressão mudou, abri a porta da do espaço para que ela entrasse, enquanto ela se sentava, eu coloquei meu jaleco branco, arrumando meu cabelo.
— Bom, Victoria Green, dezoito anos ?
  Arregalei meus olhos, ela assentiu.
— Droga, ela tem dezoito anos.
  Sussurrei olhando para os papeis.
— Você nunca tomou anticoncepcionais ?
  Ela negou.
— Pode colocar o avental e se deitar na maca, tire a roupa toda.
  Victoria me olhou assustada, mas se levantou e foi até o banheiro.
   Não vou negar que uma parte de mim estava orando para que aquele teste estivesse errado, nunca confiei nele, porque muitas vezes ele ja errou. Não que eu não queira filhos, eu quero, mas não agora. Ouvi a porta se abrir, Victoria estava com o avental verde, seu cabelo em um coque desajeitado. Toda vez que olho naqueles olhos castanhos, eu sinto uma explosão dentro de mim.
— Pode se deitar, Victoria.
  Victoria se aproximou deitando na maca, sua visão foi para o teto branco.
— Coloca as pernas aqui.
   Ela fez o que pedi rapidamente. Passei a mão sobre a sua barriga sentindo a mesma dura, apertei algumas vezes sem fazer força, coloquei minhas luvas passando gel ma ponta dos dedos.
— Victoria, eu vou sentir o como do seu útero.
   Ela arregalou os olhos.
— Você vai sentir uma pressão, mas relaxa e não fica nervosa.
  Penetrei meu dedo lentamente, Victoria era tão apertada que eu podia sentir um calor passar pelo meu corpo. Se concentra, você está trabalhando. Ela mantinha os olhos fechados como se aquilo lhe incomodasse.
— Quantas relações você ja teve?
  Tirei meu dedo jogando as luvas fora.
— Uma.
  Victoria disse sem me olhar, olhei assustado para ela. Droga, ela era virgem porra.
— Então?
   Ela me olhou séria.
— Eu senti, mas preciso fazer outro exame, porque so esse não é suficiente. Você pode colocar sua roupa
   Victoria se levantou voltando para o banheiro, peguei o aparelho ao meu lado e liguei o mesmo, assim que ela saiu, fiz sinal para que se deitasse novamente na maca. Abri sua calça, descendo um pouco, passei o gel sobre a sua barriga e Victoria soltou uma gargalhada.
— Isso é gelado.
  Sorri vendo a sua reação.
  Então, o exame começou. Eu passava o aparelho por toda a sua barriga, e assim que vi um borrão as minhas pernas ficaram bambas, então ele estava ali, o meu filho, o nosso filho. Eu, Allan Jeon seria pai.
— Esta vendo? É tudo isso aqui.
  Apontei e Victoria olhou assustada.
— Ele já é um feto, já apresenta olhos, boca e orelha, mede cerca de 3cm e pesa 3g, você esta com dois meses e quatro dias de gestação.
   Parei o exame e foquei em seus olhos, então Victoria começou a chorar.
— Não vai adiantar chorar agora.
  Falei, enquanto passava um papel em sua barriga limpando todo o gel.
— Não adianta chorar?
   Ela disse séria.
— Eu estudo para conseguir viver, Allan. O meu pai trabalha dia e noite para manter a casa, ele acha que eu vou terminar a faculdade, que eu vou ser a filha que ele tanto quer, mas não...Eu estou esperando um bebê que chegara em menos de sete meses, que eu nem mesmo tenho condições de manter. E você vem me dizer para não chorar?.
    Ela nunca falava, mas quando abriu a boca.
— Victoria, eu sou homem e do mesmo jeito que fiz, eu vou cuidar, porque esse bebê também é meu e tem meu sangue dentro de você agora, então querendo ou não, eu faço parte da sua vida agora e você faz da minha.
   Olhei serio em seus olhos.
— É claro que eu não queria que fosse assim, mas já que aconteceu...
— Eu não preciso da sua ajuda.
   Ela disse pegando a sua bolsa.
— Eu vivi sempre muito bem sozinha e vou continuar vivendo.
— Victoria, a sua gravidez é arriscada. Você tem problema de pressão, então eu como médico vou acompanhar essa gravidez e como pai vou cuidar de vocês dois. Então, arrume as suas coisas que você ira para Los Angeles comigo.
 

Aftermath of a night!Where stories live. Discover now