Shut up and dance Pt.Final - Hyunjin

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Século XIX, 1813, Londres

 Narrador P.O.V.s

  O Sr. Bingley não permaneceu muito tempo empenhado em admirar os lábios da jovem moça e teve a reciprocidade dos sentimentos quando quase foi capaz de ouvir o coração de Lady White saltando por dentro do vestido que amostrava um pouco o colo e busto.

  Sem escrúpulos e tendo a confiança necessária para saber que S/N não o iria empurrar longe e gritar aos quatro ventos que aquele homem tinha tentado contra o seu pudor, levou a mão direita à cintura alheia, ocupada por um espartilho interno.

  Lady White mal soube o que sentir: as mãos suavam, o coração corria contra o tempo para bombear sangue necessário e a caixa torácica aguentava de forma débil as pancadas que recebia do pulmão com respiração entrecortada e o coração acelerado, fora o fato de que suas pernas sentiam tremores imperceptíveis a olho nu.

  Com os olhos a brilhar, confirmou o pedido quase que indecente de Hyunjin. Então o jovem que já não mais suportava ser chamado por "senhor", colou a boca nos lábios alheios de maneira hermética e Srta. White ainda que de forma hesitante tocou a bochecha do homem que enrolava para lhe beijar.

  Ambas as línguas se encontravam inerentes, dançando numa melodia calma, como se ignorasse o barulho que ambos os corações que, dada a proximidade dos corpos quase se tornavam um.

  Diz-se que quando um ósculo é bom, nenhuma das partes consegue pensar em mais nada ou fazer uma avaliação durante o beijo. E era isso que ambas as partes sentiam, S/N até tentava pensar nas circunstâncias esquisitas que a fizeram estar ali naquele momento, só conseguia, porém, sentir a mão do homem em sua cintura e os lábios de Bingley fazerem cócegas na extremidade de sua boca.

  As pontas dos dedos faiscavam ao tocar a bochecha do mais velho, e o estrangeiro sentia a mesma coisa enquanto com a mão repousada de forma afável em sua cintura.

  Aquilo para os mais velhos, seria com certeza considerado um opróbrio, uma desconsideração aos valores e pudor, e um desrespeito aos olhos dos outros. Na cabeça de ambos, porém, o mundo estava e tinha que estar em constante mudança e evolução, tendo em vista a teoria de Charles Darwin como principal ponto de partida, o mundo tinha que mudar e as pessoas deveriam deixar de censurar as outras por demonstrações de afeto em público.

  O ósculo foi interrompido pela eminente surpresa de Lady Bang ao voltar com dois grossos volumes em mãos:

  ㅡ Céus! M-me desculpem, eu... volto outra hora. ㅡ corada, gesticulou ㅡ Podem continuar o que estavam fazendo.

  Nenhuma das pessoas que há pouco foram pegas no flagra se beijando no meio da alameda teve coragem para continuar o que estavam fazendo, até porque logo a falta de ar interromperia o ósculo repentino.

  Hyunjin a chamou para se sentar num banco enquanto Ryujin bebia água para amenizar o susto e a palidez causada pelo acontecimento há pouco testemunhado. S/N só conseguia pensar que semanas atrás xingava o homem de chinfrim, vigarista, galanteador e mais epítetos de baixo calão, mas que agora o tinha beijado e já se imaginava vestida de noiva para um dos maiores casamentos do século.


  ㅡ UM BEIJO?ㅡ Sra. White acabou se exaltando um pouco.

  ㅡ Um beijo.ㅡ respondeu Elise.

  Para a surpresa de muitos, a mais nova dos White resolveu por conta própria dar um passeio a cavalo por Bridgerton, sem ter nem ideia que a irmã e seu iminente noivo estariam passeando por lá com uma das maiores escritoras da atualidade.

  A mulher chegou a abanar o rosto na tentativa de espantar o calor e a vermelhidão que habitavam seu rosto. Sentou-se e implorou por água fria. 

  Era para Sra. White, um passatempo incansável numerar os benefícios que uma aliança entre sua família e a de Bingley traria para si própria, ainda mais ao saber que a filha tinha beijado o homem mais bonito e disputado de toda a Londres. Se encontrava agora tendenciosa a ter a filha do meio instalada em Netherfield em menos de um mês.

  Naquele exato momento, S/N cruzava a porta da sala, sorridente pelos acontecimentos quentes da tarde:

  ㅡ Minha filha!ㅡ agarrou o braço da moça.ㅡ Arrume-se assim que sair da cama amanhã de manhã, temos de lhe preparar o vestido de noiva.

                                                                             FIM!

 foi uma experiência única usar essa linguagem rebuscada e respeitosa, porém temo que não iria atender às expectativas de Vossas Senhorias ao descrever um casamento de tão alta sociedade como este, então o final fica a critério de suas imaginações.

  peço perdão se em algum momento escrevi algo sem nexo e/ou decepcionei vossas expectativas, amo vocês.

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