Casamento arranjado - Han Jisung

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S/N P.O.V.s

Eu me sentia péssima, parecia uma marionete nas mãos do meu pai. Meu peito apertava, como diabos um pai faria isso com alguém que saiu de suas entranhas? Bem, melhor dizendo, testículos. Era acídia a minha vontade de fazer aquilo, outrora jamais pensara ter que fazer uma coisa dessas.

ㅡ Mas isto será bom para você, pode ter filhos, uma vida melhor, e um marido incrível.ㅡ Eddie prometeu, em falaciloquência.

ㅡ Eu estou bem assim, não quero um marido, não quero filhos e nem uma vida melhor.ㅡ refutei.

ㅡ O nome dele é Han Jisung. Aqui é o endereço postal deleㅡ jogou um papel em cima da cama ㅡ podem trocar cartas e só se verão no dia do casamento.

A figura paterna se retirou e bateu a porta atrás de si, me deixando em meu quarto com minha confusão e aquele papelzinho cortado de forma torta. Esperneei, chorei, até que uma narcolepsia tomou conta de mim.

8 meses e vinte e cinco dias depois...

Dispunha de um vestido de noiva, uma maquiagem mais elaborada, um coque enfeitado por tiara e véu longo, um buquê de rosas brancas e um terço enrroscado nas mãos. Independente da minha religião, eu passei a crer que um terço da divina misericórdia resolveria o meu problema e que em breve eu me separaria, ou que então eu abjuraria a mão do homen na frente de todos.

As portas duplas da igreja se abriram e centenas de luzes e olhares foram lançados a mim. Meus pés dançavam de um lado para outro dentro daquele sapato um tanto quanto folgado, e eu andava no ritmo da marcha nupcial enquanto sustentava meu melhor sorriso falso.

Quando cheguei próxima ao altar, algo se propagou por meu corpo, mas não era algo ruim como eu imaginava que seria, era um arrepio, um calor. Passei a crer genuinamente que houvera sido o terço, mas percebi que não.

O tal Jisung era exatamente como se descrevia nas cartas, tinha um sorriso cativante, uma leniência que abrandava tudo, olhos compenetrantes e um corpo lindo. Embora durante oito meses eu estive sendo grossa com ele, nunca me tratou mal, ainda que tenha deixado claro que também não queria aquele casamento.

Han tomou a minha mão com delicadeza, esta encoberta por delicadas luvinhas de renda. Enquanto o padre falava, não tirávamos os olhos um do outro, através de seu rosto, pude perceber que sentia o mesmo que eu, e que não sabia explicar.

[...]

Fiquei o máximo tempo possível com aqueles sapatos, até os arrancar no meio da festa, deixando em canto qualquer no salão. Na hora de sair para a Lua de Mel, chovia muito forte, e eu não queria pôr meus pés no chão:

ㅡ Eu lhe ponho dentro do carro.ㅡ Han disse repentinamente.

E aquilo fora o suficiente para que o público fosse à loucura e disparasse gritos entusiasmados em cima de nós. Antes que pudesse dizer algo, Jisung pegou-me nos braços ternos, entrando comigo dentro do carro, encontrávamos-nos protegidos sob o guarda-chuva do chofer da limousine.

Chegar no quarto do hotel foi um alívio para mim, arrancar aquele véu e tiara pesados, foi como um orgasmo para a minha cabeça. Jisung tirou o paletó e os sapatos, o mesmo me olhava de forma terna e afável, como se quisesse vir em minha direção e abraçar-me até o mundo acabar.

ㅡ O que está esperando para vir me beijar?ㅡ propûs, do nada.

ㅡ Não era você que me odiava?! Por que quer que eu lhe beije?

ㅡ As pessoas se apaixonam por motivos misteriosos. Agora eu acredito que o amor vem antes do toque, antes mesmo de se ver alguém. Amor à primeira vista existe sim, e eu concluí que te amo, Jisung.

Ele ainda ficou me olhando por um tempo, e quando veio em minha direção, eu senti-me em utopia. Han colocou delicadamente a mão em minha nuca, ainda olhando em meus olhos antes de colar nossos lábios, assim que o fez, pediu passagem com a língua. Beijava-me como quem esperava isto à muito tempo.

Mas depois o beijo ficou tão suave que fazia cócegas em meus lábios. O empurrei na cama, assim a ficar por cima de si.

ㅡ Eu acho que não temos que ir a lugar nenhum.ㅡ ele comentou, afrouxando a gravata.

Quando percebi, já estava nua o abraçando, pronta para adormecer. Era inacreditável que a pessoa que eu julgava odiar era a pessoa que eu mais mava e agora meu marido.

;;;;;;;;;;

Engraçado que há poucos minutos atrás eu postei um capítulo queixando bloqueio-criativo, mas já escrevi um imagine. Enfim, a hipocrisia. Depois ponho uma fotinha dele na mídia pra ficar bonitinho.

tava vendo a quantidade de leituras dos outros capítulos, será se eu sou famosa???


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