Shut up and dance- Hyunjin

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Século XIX, 1813, Londres

Narrador P.O.V.s

  ㅡ S/N, minha filha, o Sr. Bingley é um ótimo par para a sua dança, e quem sabe até um par para dançar a vida toda aos pés da lareira.

  Srta. White dispensou o chá que a criada oferecia, apenas para explicar-se à mãe, esta que só falava do jovem herdeiro dono de uma fortuna de 12 mil libras.

  ㅡ Mamãe, sinto muito em contrariar a senhora, mas o vizinho de Netherfield é nada mais do que um vigarista absorto. Bingley? Hyunjin Bingley? O tal cavalheiro do qual tanto você se gaba por conhecer a cunhada, mudou o nome coreano apenas para ficar esteticamente bonito em Londres.

  Elizabeth White fechou o livro no qual tentava se concentrar, ainda chocada com a aleivosia da filha. S/N era diferente de suas três irmãs: não corria atrás de homem nenhum e se dedicava inteiramente aos cuidados da casa e seus estudos.

  ㅡ Querida, você não pode se esquecer de que além das 6 mil libras anuais, ele tem ao menos cinco carruagens, cavalos de alto porte, é estudado, gentil e cortês.

  Sr. Bingley era de fato tudo isso. Fruto de uma pequena imigração coreana apenas da alta classe para Londres, em questões territoriais, era vizinho de Longburn. Tinha a própria biblioteca em Pemberley, embora não tenha lido e nem vá ler sequer metade dos exemplares exclusivos que existem lá à sua disposição.

  Há um mês, se estabelecera com a irmã Yeji, o cunhado Bang Chan, também a irmã deste último e mais três amigos. A propriedade tinha cinco mil hectares e pelo menos 147 funcionários, que trabalhavam à sua disposição o tempo todo, mas que ele preferia fazer as coisas por conta própria a explorar pessoas para fazer coisas que a população pobre de Londres sabia muito bem fazer.

  ㅡ Ah, mamãe. Do que adianta ser um completo cavalheiro se a irmã é uma presunçosa? 

  ㅡ Sr. White? Tem notado a aleivosia contundente de sua filha?

  O homem carrancudo, que entrava pela porta, tirou o chapéu após retornar de um longo dia de trabalho na propriedade de Longburn. Apoiou o objeto surrado e cheio de furos sobre a mesinha de centro:

  ㅡ Elizabeth, quantas vezes terei que explicar que não faço a mínima objeção da pessoa que S/N se case seja lá quem? É sua incumbência casar as nossas filhas, a minha é apenas cuidar da fazenda e impedir que o primo Collins tome nossas terras.

  ㅡ Adam? Tomar nossas terras? O que foi que você não me contou?

  Sr. White bateu a mão na testa, denunciando que havia falado a pior das besteiras na pior das horas. Lavou as mãos e se sentou próximo à lareira:

  ㅡ Há algumas semanas, o cavalheiro e estranho primo Collins enviou uma carta. Por certo, ele é o parente mais próximo com direito a herdar Longburn.

  Sra. White apertou os punhos, quando aborrecida imagina-se que estressada ficava e mais três rugas surgiam em seu rosto. Sua cultura era medíocre e a inteligência notoriamente defasada, o gênio era mais instável do que a estrada para Bridgerton. Lhe animava fazer visitas e saber das novidades, vulgarmente falando, era a mais fofoqueira de toda a Londres.

  ㅡ Este homem nunca nem foi visto por ser vivo ou sobrenatural que habite esta casa, como pôde ter coragem de enviar uma carta nababesca dessas para dizer que vai roubar nossas terras sem reembolso? Longburn é de nossas filhas!

  Era perspícuo que a mulher estava irritada, tanto que apertava a carta escrita à mão entre os dedos, de forma a amassá-la superficialmente.

ㅡ Não acho que ele seja alguém de tão mau caráter assim.

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