Gripe pt.2 - Han Jisung

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  S/N P.O.V.s

  ㅡ Então... eu vou tomar um banho.ㅡ disse ao ver explicitamente "19:03" no relógio digital da sala.

  ㅡ Tudo bem.

  ㅡ  Se precisar de alguma coisa, me grita.

  Jisung assentiu e eu dei um sorriso sem graça,  achei que se passássemos a tarde vendo série, pintaria um clima e talvez pudesse acontecer algo a mais, só que era mais uma das minhas imaginações idiotas. Droga de cabeça!

  Peguei uma calça moletom cinza, que eu costumava usar para dançar, e também uma camiseta mais larga que eu comprei e não lembro o motivo. Entrei no banheiro e me despi, assim abrindo o chuveiro para começar a tomar um banho quente.

  As gotas quentes caíam em minha pele gelada e faziam meus pelos se levantarem em revolta contra o choque térmico. Uns dez minutos depois e eu me sentia tentada a aumentar o preço da conta de água e energia apenas para ficar ali debaixo por mais um tempo, mas eu realmente precisava sair e fazer alguma coisa para comer. Desliguei o chuveiro e senti o frio percorrer por meu corpo, arrepiei-me e após me secar logo vesti o conjunto que havia pegado.

  Prendi o cabelo num rabo de cavalo, mesmo odiando, eu precisava o fazer para conseguir cozinhar sem que precisasse comer fios de cabelo e fingir que era um tempero especial. Saí do banheiro e pendurei minha toalha num varal de chão que ficava no corredor, voltei para a sala, esfregando as mãos:

  ㅡ Eu vou fazer um jantar.

  ㅡ Seu pai ligou.ㅡ disse, como quem quase esquecia de tal detalhe.

  ㅡ Sério? E o que ele disse?

  Pus as mãos nos bolsos da calça.

  ㅡ Que não volta hoje, tem uma cirurgia de emergência.

  Meneei a cabeça, um pouco atordoada com a notícia. Conseguiria mesmo cuidar de um doente sozinha? Deixei os pensamentos de lado e resolvi focar na galinhada.

  Fui até a cozinha e comecei a fritar os cubinhos de peito de frango que estavam guardados no freezer, enquanto fritavam já comecei logo a cortar legumes para refogar e depois colocar o arroz.

  ㅡ No que eu posso ajudar?ㅡ Han apareceu.

  ㅡ Não pode ajudar em nada, você está doente e precisa de repouso.

  ㅡ Ah, por favor S/N...

  Fez bico. Jisung se aproximou num lampejo e começou a pegar os pratos para pôr a mesa:

  ㅡ Pode parar por aí.

  Largou o prato.

  ㅡ Ok, eu faço outra coisa.

  Vi que não teria outra forma, pus as mãos em seu peito e comecei a o empurrar, totalmente em vão, visto que o mesmo estava cravando os pés no chão e rindo com desdém do meu esforço:

  ㅡ Tem noção de que está tocando o peitoral de um homem?

  Senti as bochechas queimarem, mas não tocaria o rosto para ter a certeza de que estava corada, tirei rapidamente as mãos dali, arrancando um sorriso do mesmo. Voltei para a bancada como se nada tivesse acontecido e tratei de escolher e lavar o arroz para o deixar pronto logo.

  [...]

  Han fez questão de lavar a droga da louça, mesmo comigo tendo insistido para que ele deitasse no sofá e descansasse. Mas já que a cozinha estava arrumada, iria o dar uma recompensa em forma de remédio: chá de hortelã.

  Ali na bancada havia um vidro com balas caseiras de morango que minha avó havia feito da última vez em que veio do Brasil. Aquelas balas olhavam para mim, e eu olhava para elas, e sem esforço nenhum me faziam lamber os lábios.

  Tirei a tampa e enfiei o braço até o fundo do pote, pegando uma das três balinhas que restaram ali. Enquanto o chá cozinhava, eu me deleitava com aquele gosto de morango que invadia minha boca, quando me dei conta, estava pronto.

  Desencostei o quadril da bancada e coloquei o chá numa xícara apoiada por um pires pequeno. Caminhei com cuidado até a sala, entregando a xícara para o mais velho:

  ㅡ Por que isso?

  Me sentei ao seu lado, ligando a televisão.

  ㅡ Recompensa por ter lavado a louça.

  Deu um gole no chá.

  ㅡ Acho que vou lavar a louça amanhã no café da manhã também.ㅡ sorriu sugestivo.

  ㅡ Nada disso.

  No mesmo instante, começou a chover brandamente, fazendo com que uma brisa gelada entrasse pela janela.

  ㅡ Já volto.

  Fui até meu quarto e peguei uma manta, voltei à sala e joguei por cima das pernas de Jisung, em seguida me sentando sob a coberta também.

  Olhei para a xícara vazia na mesinha de centro:

  ㅡ Você bebeu muito rápido.

  ㅡ Estava gostoso.ㅡ justificou. 

  O frio sobre os braços apertou, me aproximei um pouco mais de Jisung, prestando a atenção em seu rosto. Me atentava os detalhes com minuciosidade e certamente um olhar brilhante, num átimo, se virou e não pude nem desviar o rosto:

  ㅡ Por que está olhando assim pra mim?

  Limpei a garganta e desviei o olhar para meu colo, quando o elevei novamente, ele estava com o rosto mais próximo do meu. 

  Não consegui fugir de seus olhos, eu falhei na minha promessa. Promessa esta tal que eu fiz quando comecei a gostar de Jisung, prometi que se ele olhasse alguma vez em meus olhos, eu desviaria porque tinha medo de meu coração não me obedecer e fazer alguma besteira, mas ali quando aconteceu, tudo foi por água abaixo e nem razão existia mais, nem mesmo promessa. Eu só queria parar o tempo e continuar presa naqueles olhos jabuticaba para sempre.

  Han levou a mão ao meu pescoço, com leniência:

  ㅡ Eu vou te beijar, posso?

  Meu corpo estremeceu. Meu coração disse "Sim", meu cérebro disse "Não". E minhas pernas insistiam: "Não levante, senão vamos cair".

  Eu ouvi minhas pernas e meu coração, talvez o cérebro tivesse se equivocado desta vez. Achei fofo da parte dele perguntar aquilo, então pensei que não fosse me magoar. De forma tímida, balancei a cabeça.

  Com cuidado, Jisung colou nossos lábios. Era tão macio, tão fofo, tão...Han Jisung.

  Eu ficava frequentemente imaginando o dia em que aquilo aconteceria, e não sei como eu tinha a certeza de que seus lábios eram tão macios e que ele tinha tanto cuidado ao beijar alguém.

  Em alguns segundos, sua língua quente separou meus lábios e entrou em contato com a minha, que começou a fazer movimentos circulares de forma lenta e suave. Finalmente criei confiança e toquei seu maxilar, acariciando a área macia de suas bochechas.

  De modo a se vangloriar, a infortúnia falta de ar nos separou. Dei um sorriso tímido:

  ㅡ Eu acho que morango e hortelã são uma ótima combinação.ㅡ Jisung disse ao acariciar meu rosto.

  Envergonhada, ajeitei meu corpo e recostei a cabeça em seu ombro. Quando acordei de madrugada, estávamos ambos deitados no sofá e ele me abraçava pela cintura.

  :::

  Uma única pessoa me pediu uma continuação e eu resolvi fazer, espero que tenha ficado legal.

  Vão lá ler o imagine do Jijico e obrigado pelos 19K!

  Beijos minhas estrelinhas!

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