Christmas - Changbin

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       S/N P.O.V.s

        Era dia 24 de Dezembro, minha família viria ceiar aqui em casa hoje à noite, e nem árvore de Natal eu tinha montado ainda, vagava de um lado para o outro pelo quartinho de bagunça, sem achar a caixa onde descansavam os galhos da tal árvore artificial e ainda alguns enfeites natalinos.

         Lá a avistei: em cima de uma estante, subi em uma cadeira para ficar mais alta e conseguir alcançar o topo da estante. Mas antes de fazer isso, não tinha me dado conta do peso que a caixa tinha, meus pés se desequilibraram sobre a cadeira e senti meu corpo pender para trás, mas ao invés de sentir o chão sob minhas costas, senti braços fortes envolvendo meu tronco:

        ㅡ Peguei você.ㅡ afirmou Changbin, com uma risada.

        Changbin era meu namorado, e tinha vindo morar comigo há aproximadamente uns dois meses, ainda não tinha me acostumado a morar com meu namorado, mas estava me adaptando aos poucos.

        O mesmo me pôs no chão e tomou a caixa de minhas mãos:

        ㅡ Deixe que eu levo para você, ou vai acabar caindo quando descer as escadas.

        ㅡ Você é incrível...ㅡ afirmei balançando a cabeça.

        Eu tinha uma casa de dois pisos, morava na Coreia do Sul por conta do trabalho e faculdade, fazia relações internacionais e trabalhava na embaixada do Brasil na Coreia do Sul, e minha família chegaria hoje de lá: Brasil, meu país natal. 

         Entretanto não era uma pequena parcela da minha família, como apenas meu pai, mãe e irmãos; era a minha família INTEIRA. E eu já me sentia envergonhada pelo tio que fazia a piada do pavê, a tia que sempre perguntava das namoradinhas, o primo atentado, o arroz com uva passa e a prima bem-sucedida que fica se gabando... Espera! Eu sou a prima bem-sucedida, sou eu quem fala mais de três línguas, e eu que moro em outro país. Uma preocupação a menos.

           Ainda eram nove da manhã, e além de decorar a casa, eu precisava temperar o tal peru para pôr a assar.

            ㅡ Binnie, vai montando a haste da base da árvore enquanto eu vou temperar o peru e adaintar a ceia, pode ser?ㅡ pedi, quase que implorei, pois tinha medo de não conseguir fazer tudo.

           ㅡ Claro, meu bem!

           Suspirei aliviada. Me dirigi à cozinha e comecei aquele trabalho que de nada me agradava. Ao terminar, já era meio-dia e Binnie ainda se estrepava com os galhos da árvore de natal. Resolvi o ajudar, não por ato de caridade ou algo assim, mas por preferir decorar a casa do que cozinhar um peru enorme de pele gélida e gosmenta. 

           [...]

           Estávamos nas últimas decorações e a mais temida era a estrela do topo. O porquê: nossa árvore era bem alta, e nenhum dos dois alcançava ao topo da mesma, Changbin não tinha tamanho, e eu também não. Suspirei,  faltar a estrela no topo, era motivo de briga para a minha mãe.

          ㅡ O que foi meu bem?ㅡ Chanbgin questionou, passando a mão em meus cabelos.

          ㅡ Não alcanço no topo da árvore.

          Sem aviso prévio, Changbin me levantou pelas pernas, me fazendo ficar exatamente à altura da árvore, coloquei a estrela no topo e agora me sentia completa, tinha agora um motivo a menos para minha mãe vociferar comigo. Ao me colocar no chão, sorri e entrelacei meus dedos atrás de seu pescoço, e ele repousou suas mãos em meu quadril, dei um longo selinho no mesmo e fomos comer um lámen. Entre uma garfada e outra, tentávamos fazer as iguarias de natal, desta vez eu não iria colocar uva passa, apenas porque ninguém da família suportava.

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