Capítulo 57 - Eu não sou criança.

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Demi Lovato POV

Faziam mais ou menos duas horas desde que saímos da academia. Mad, está empolgada, dançando mais que nunca e eu percebo o olhar de insatisfação pelo namorado dela. Minha mãe diz que é coisa da minha cabeça. Já passei por isso e consigo ver os traços de possessividade e ciúmes excessivo, mesmo em relacionamentos próximos. Aquela é a minha irmã, da qual, não vou deixar que abandone os seus sonhos por conta de atitudes de homens machistas. Ela marece muito mais que isso. Saber que ele é o namorado dela, parece que tomei um soco no estômago.

Contei a mesma coisa que vi para Henry, afinal, ele é homem e pode conseguir perceber as coisas que estou percebendo. O mesmo ficou de olho nele. Shawn que está dentro dessa casa, as vezes dá uma escapada e olha para a minha irmã, sem contar que ele fica brincando com Scar e correndo atrás dela. Henry não fica para trás, ele apenas parou um pouquinho para comer algo. Eu prefiro ficar quietinha e conversar com a minha mãe sobre os últimos acontecimentos que mexeram no coração dessa família. Eu peguei eles à fundo com essa notícia da gravidez.

- Eu quero ver o meu netinho no exame logo logo. - Minha mãe dispara e o meu olhar volta para ela. - Deixa de suspeitas Demi... Arthur é um bom rapaz. - Ela retorna a comer uns pedaços de carne.

- Pode ser até um bom rapaz... pessoas mudam mãe. - Digo.

- Está trazendo o que aconteceu com o Wilmer à tona? Sabe muito bem que não gostei dele muito antes de você ter começado a se interessar por ele.

- O amor cega.

Minha resposta mais viável para aquele momento.

Óbvio que falei para a minha mãe o meu interesse nele e ela foi totalmente contra mandar uma mensagem e começar a relação de amizade. Eu que era imatura demais e não enxerguei os pontos soltos na história.

- O amor cega os olhos mais fracos. - Ela deixa claro.

Por minha mãe ser escritora, muita das vezes, ela tem a resposta na ponta da língua. Isso aconteceu agora mesmo e eu fico calada.

Retorno a olhar minha irmã e o tal Arthur que estão abraçados.

- Shawn está interessado na Mad. - Falo sem pensar.

- Que? - Minha mãe quase cospe o suco dela. É tão difícil de imaginar? - Ele também não anda metido em tudo aquilo?

O engraçado de minha mãe, é que ela não consegue falar a palavra Máfia.

Acabo rindo dos termos gigantes que ela mesma faz para se referir.

- É apenas o segurança. - Pego um pouco das batatas e molho no ketchup. Levo essa combinação perfeita até a boca e como.

- Mesmo assim Demetria. - Minha mãe diz com medo no olhar.

- Eu até acho que eles ficam lindos juntos. Mas o Arthur é o impecilho no caminho dos dois. - Digo completamente insatisfeita. - A gente não escolhe em quem vai se apaixonar. - Deixo bem claro.

- Concordo com isso minha pequena. - Ela volta a utilizar esse apelido. - É só que, desde que eu soube com o que o Henry trabalha, além de uma vasta franquia de restaurantes... não dormi direito... sei o que pode acontecer, e sei que vocês estão rodeadas de seguranças por toda parte... mas, a todo momento, fico com a sensação que pode acontecer alguma coisa. - Ela desabafa.

- Te entendo completamente. - Pego a mão dela e faço carinho. - Henry nunca deixaria que algo acontecesse e nem a família dele.

- Pelo menos você se meteu em uma família boa e se eles estivessem com sangue nos olhos? - Acabo rindo da possível imaginação dela.

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