O Dragão

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[...]

Eu havia terminado de vestir o meu uniforme verde com preto do Torneio Tribruxo e conversava no vestiário dos campeões com as meninas de Beauxbatons, Kim Lip e Gowon que me contavam sobre estarem com medo desde a repentina morte de Somi.

Isso fez meu corpo travar uns segundos, era um tópico que eu não me perdoaria nunca.

Ter deixado ela morrer assim sem conseguir ajudar em nada.

— O que aconteceu com o seu nariz? Pobrezinha – Kim Lip me perguntou curiosa fazendo biquinho.

— Não foi nada – sorri e vi a garota corar colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Espera, ela 'tava flertando comigo?

Não tive tempo de descobrir, pois logo ouvi a voz que fez meu sangue congelar no bom sentido.

— Sana, posso falar com você em particular? – Kim Dahyun apareceu já vestida com o uniforme vermelho e preto da Grifinória para o Torneio.

Ela havia ficado tão linda assim.

Eu assenti e fomos até uma tenda reservada para descanso dos campeões.

— O que você quer? – perguntei.

Dahyun amarrou a 'porta' da tenda e pulou nos meus braços, sem me dar espaço pra dizer nada ela me encheu de beijos rápidos por todo o meu rosto, parando uns segundos a mais na minha boca.

Nos abraçamos por uns segundos que mais pareceram horas de tão bom que foi o abraço caloroso dela, então ela se afastou o mínimo só para olhar o meu rosto.

— Me desculpa, eu fui uma babaca com você ontem a noite – acariciou meu queixo com o polegar.

Senti mil borboletas no estômago, eu não ia me acostumar nunca com esse sentimento.

Ter Dahyun nos meus braços era o melhor dos mundos.

— Você me magoou de verdade – confessei —Eu odeio ser comparada à minha família.

Ela assentiu calada.

— Você não teria como saber disso, afinal nunca demonstrei me importar de ser a malvada de Hogwarts – continuei — Mas não quero passar essa imagem logo pra você.

— Desculpa, eu fiz o que mais odeio que façam comigo – Dahyun tinha os olhos cheios de lágrimas — Julguei o livro pela capa.

— Eu aceito suas desculpas – respondi.

Com isso Dahyun sorriu com os olhos apertadinhos e isso me fez sorrir junto automaticamente.

Era tão bom estar com ela, não consigo nem descrever.

— O que você quis dizer com aquilo de passar essa imagem logo pra mim?

Dahyun me pegou no pulo e eu senti meu coração acelerar, eu definitivamente não 'tava pronta pra revelar os meus sentimentos por ela.

Afinal, eu nem sei direito o que estou sentindo pela grifana.

— Um dia eu te falo isso – beijei a ponta do nariz dela — Me beija mais um pouquinho.

— Seu desejo é uma ordem – Dahyun brincou e me beijou novamente.

[...]

Nos estávamos deitadas na pequena cama de solteiro que havia dentro da tenda enquanto conversávamos sobre qualquer besteira e ela me fazia rir pelas idiotices que falava, quando Dahyun apoiou a cabeça na mão para me olhar nos olhos.

Amortentia - SaiDaWhere stories live. Discover now