Seção Restrita

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[...]

Chegando onde Dahyun estava, eu a vi ressonar cansada.

Meu estômago revirou.

Ela era irritante até quando dormia pacificamente.

De repente os olhos da grifana se abriram e eu a vi dar um pulo de susto colocando a mão sobre o peito.

— Que isso? – ela perguntou assustada — Por que você 'tava me observando dormir?

Virei os olhos impaciente.

— Obvio que eu não 'tava observando você dormir.

Ela me olhou confusa respirando fundo.

Meu corpo parecia doer mais na presença dela, com certeza era o efeito colateral da poção.

— Então há que devo sua ilustre presença aqui com uma sangue-ruim? – ela debochou cruzando os braços e sorriu.

— Eu vim me certificar que você não se meta mais comigo – respondi firme sentando ao seu lado.

Dahyun levantou um sobrancelha curiosa.

— Me meter com você nem sequer está nos meus planos, eu não ligo para você – ela riu me olhando nos olhos.

Eu senti meu estômago revirar de raiva.

Como assim?

Ela não tinha um pingo de consciência do que o meu sobrenome representava no mundo bruxo?

Tinha que ser uma sangue-ruim mesmo.

— Se diz isso então por que me dopou na festa da Chou? – perguntei com certa raiva.

Minhas bochechas começavam a arder.

— Eu não te dopei – respondeu simples me encarando de volta.

— Eu não acredito em você, Kim! – me exaltei levantando da cadeira.

Ouvimos logo um 'shhh' de um aluno presente ali perto e o encarei de volta em ameaça, fazendo o mesmo se encolher na cadeira e enfiar a cara de volta nos livros.

Otário.

— Eu já disse, não ligo para você – ela se levantou para me encarar novamente.

Essa garota tinha coragem, realmente.

Eu me cansei desse joguinho de acusações e logo fiz o que faço melhor.

Peguei Dahyun pela gola do casaco e encostei a minha varinha na garganta da garota.

— Me fala agora porque fez isso e eu não te machuco – ameacei entredentes.

Dahyun não tremeu um músculo, apenas me encarou de volta mordendo o maxilar.

— Sinto te informar, mas pessoas que você confia estão agindo de má fé com você – Dahyun falou mais uma vez segura de si.

Confusão.

Era tudo que tinha na minha cabeça agora.

— Eu não acredito em você! – apertei mais a gola da grifana.

Ao invés dela sentir medo, ela apenas sorriu debochada.

— Não é da minha conta, mas como você 'tá me acusando de algo que não fiz... – Dahyun segurou meu pulso com força me fazendo soltar sua gola — ...Eu vou te contar o que sei.

Amortentia - SaiDaWhere stories live. Discover now