Amortentia - SaiDa

O Banho

[...]

Desci as escadas dormitório depressa passando por Nayeon que sorriu sugestiva pra mim enquanto eu só dei de ombros pra ela e segui até a saída da sala comunal da Grifinória, onde me deparei com Sana encostada no parapeito de mármore da grande escada que dava para o lobby do castelo.

Minha respiração acelerou quando ela me viu e o seu lindo rosto iluminou sorrindo pra mim.

Eu sorri de volta e vi Sana morder os lábios como se estivesse sem graça por algo.

Esses momentos pequenos fazem meu coração pular como louco e não entendo como nunca havia sentido algo assim antes por ninguém.

Eu estou completamente ferrada, sei disso.

— Oi, Kim – Sana me cumprimentou com um beijo no rosto quando me aproximei.

— Oi, Minatozaki – olhei dentro dos olhos dela e vi como o brilho deles era lindo.

Dahyun, pare de ser cadela!

Sana se aproximou do meu ouvido colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e sussurrou suave.

— Senti sua falta – acariciou a minha bochecha — Do meu sorriso favorito.

Meu deus?

Imediatamente eu senti meus joelhos moles e meu coração bater como louco com essas simples palavras dela pra mim.

— Eu também senti a sua falta – confessei sentindo minha bochecha queimar.

Porém, rapidamente um fato me veio à cabeça e voltei a encarar Sana.

— Está ficando com a Myoui também? – perguntei sentindo meu corpo vibrar pela ansiedade da resposta.

Se ela realmente tivesse ficando com a Myoui eu ia ficar bem mal.

De repente Sana levantou uma sobrancelha curiosa e gargalhou alto chamando atenção da mulher do quadro na entrada da Grifinória, que reclamou por ser acordada do seu cochilo.

— Que besteira, Dahyun – negou com a cabeça — Aquilo que você viu foi apenas uma encenação para enganar o meu pai.

— Estou ouvindo – cruzei os braços ainda insegura.

— Por Merlin! – Sana virou os olhos —Eu 'tava protegendo o que nós temos, Mina teve que inventar que eu e ela namoramos.. meu pai é um psicopata caso ainda não saiba.

— Eu imagino que seja – me senti culpada por desconfiar dela — Desculpa, é que vocês meio que nos pegaram de surpresa.

— Eu sei, foi uma droga vocês terem visto aquilo – Sana torceu os lábios.

— Tá tudo bem agora – me aproximei encaixando meu corpo junto dela num abraço — Você voltou.

Por uns milésimos de segundos, Sana ficou imóvel sem me abraçar de volta, mas logo respirou fundo e me apertou junto dela.

Ali, nesse momento só nosso eu senti que daqui pra frente seria eu e ela contra todos que se opusessem a isso que estamos tendo.

— Eu consigo sentir o seu coração bater forte – Sana disse ainda abraçada a mim.

Droga! Ela me pegou no flagra.

— Err, eu.. – tentei me explicar mas ouvi a risada leve dela de novo.

— Dahyun, não precisa dizer nada – ela se afastou sorridente — Olha eu vim aqui te dizer algo importante sobre o Torneio.

Isso, salve a minha pele e impeça que eu revele meus sentimentos tão prematuros por você, Sana.