Amortentia - SaiDa

Feliz Natal

[Dahyun]

— Sana, você fez mesmo magia fora de Hogwarts? – perguntei enquanto brincava com Ari e ela jogava videogame.

Ela gargalhou assentindo.

— Fiz sim, isso não é um problema para mim – respondeu sem tirar os olhos do monitor.

— E por que não?

— Bom, meu pai comanda praticamente tudo dentro do Ministério da Magia, então o sobrenome dos Minatozaki está fora do Departamento de Regulamentação da Magia.

Mas é claro que o pai corrupto dela faz tudo para sair impune.

— É injusto – torci os lábios.

Sana deu de ombros ainda concentrada no jogo.

— É melhor do que ter que lavar louça – riu me provocando.

Virei os olhos incrédula com a audácia dela.

Logo, algo que 'tava na minha cabeça tinha um tempinho veio à tona e resolvi desembuchar.

— Você 'ta mesmo gostando de passar tempo no mundo trouxa?

Perguntei insegura para uma Sana que jogava concentrada no meu PlayStation, é claro que eu não sabia o que pensar sobre isso, afinal era tudo novo para ela.

Talvez ela estivesse falando que 'tava amando tudo somente para me deixar feliz.

— Dahyun, como eu passo dessa maldita fase? – Sana respondeu encarando irritada para o controle — Esse tal de Crash Bandicoot não pula e não obedece quando eu mando ele quebrar a caixa!

Ela fez um bico irritado e eu sorri de leve.

Sana tinha mesmo ignorado minha pergunta?

— Sana, você ouviu o que eu perguntei?– me sentei ao lado dela no chão e peguei o controle — É assim ó.

Rapidamente eu passei da fase que ela tinha ficado presa e vi Sana levantar a sobrancelha incrédula.

— Primeiro, esse jogo me boicotou! – ela protestou — Segundo, eu ouvi você sim e a resposta é...

Ela pegou o controle da minha mão, colocando-o na mesinha de cabeceira da minha cama e puxou meu queixo me dando um beijo suave porém cheio de carinho, senti meu sorriso alargar nos lábios dela.

— Acredita em mim? – ela me olhava dentro dos olhos — Eu nunca estive tão contente, juro.

Meu deus eu vou surtar!

Respira, Dahyun.

— Isso me deixa incrivelmente feliz, sabe? – acariciei a bochecha fofa dela — Sempre que você precisar de um refúgio pode vir pra cá e estará segura.

Vi os olhos de Sana se encher de lágrimas e a sonserina virou o rosto assentindo.

— O que foi? – puxei o queixo dela para me olhar novamente — Falei algo errado?

Sana me olhava em silêncio quase que me analisando por inteiro e então sorriu com a bochecha corando.

— Você não falou nada de errado, linda – colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha — Dahyun, eu...

Ela deu uma risadinha nervosa.

— Sim?

Meu coração disparava acelerado em expectativa com essa cena dela me olhando tão intensamente dessa maneira.

Sana engoliu seco aparentando nervosismo e então respirou fundo sorrindo.

— Dahyun, eu te amo.