Amortentia - SaiDa

Aniversário

[Sana]

Uma coisa diferente estava acontecendo há alguns dias desde que eu havia vindo para a casa dos Kim, algo inédito para mim.

Eu consegui dormir algumas noites inteiras sem ter crise de ansiedade ou algum pesadelo.

Seria o efeito Kim Dahyun em mim?

Não sei dizer ainda o que anda acontecendo entre nós duas, mas uma coisa é certa.

Eu estava curtindo acordar todos os dias ao lado dela.

Falando em Kim Dahyun, essa foi mais uma manhã que eu acordava sentindo os beijos dela subirem pelas minhas costas nua antes mesmo de pensar em abrir os olhos com a claridade lá fora anunciando o raiar de um novo dia.

Era o nosso último dia aqui antes de voltarmos à Hogwarts.

Sorri pequeno ainda de olhos fechados quando minha pele se arrepiou ao sentir os lábios suaves dela passando devagar pela minha nuca e seguindo os carinhos até minha orelha.

— Feliz Aniversário, meu bem – sussurrou baixo.

— Obrigada –  respondi sonolenta — Com certeza esse é o melhor feliz aniversário que eu já ganhei.

Senti as mãos dela começarem um carinho ousado pelo meu corpo ainda despido pela noite anterior.

Passaram-se poucos dias da nossa primeira vez após a festa da amiga dela e desde então não havíamos parado de repetir o ato.

— Meus pais saíram para visitar os meus avós – Dahyun anunciou claramente com segundas intenções.

Eu me virei na cama para então ver Kim ainda nua também da noite anterior, o cabelo levemente bagunçado e na pele branca dela haviam algumas marcas que eu havia deixado sem pensar no resultado do dia seguinte.

Ela sorriu para mim com o sorriso que me desmonta, aquele com os olhos.

O meu sorriso.

— Se eles chegarem no meio do nosso...? – corei sem graça — Você sabe.

Dahyun gargalhou subindo em cima de mim e nos cobriu com o edredom, o sorriso suspeito ainda nos lábios dela.

— Eu nunca imaginei que ia conhecer o seu lado medroso – provocou se encaixando no meio das minhas pernas.

Fechei os olhos com a ótima sensação dos nossos corpos despidos assim juntos um do outro.

— Dahyun, é sério – segurei com força a cintura fina da grifana e a vi sorrir satisfeita.

— A gente pode fazer rapidinho – sussurrou com os lábios nos meus.

Suspirei fundo sentindo que ia acabar sucumbindo aos encantos da grifana.

Não sei o que tinha acontecido com a Dahyun tímida e insegura de antes, mas espero que ela nunca mais volte.

— Minha linda, a gente nunca faz rapidinho – respondi depois de uns beijos na boca irresistível dela e a vi sorrir largo.

— 'Tá reclamando? – ela se ergueu sentando no meu colo cruzando os braços — Se a gente tivesse começado quando eu falei já estaríamos terminando.

Como ela é abusada, isso me fez gargalhar.

— Você acha que eu sou uma máquina? – perguntei rindo.

— Bom, esse é o boato que rola pela escola – Dahyun respondeu sorrindo de canto.

— É? – me sentei abraçando ela pela cintura — Na escola eu não repito a transa com a mesma garota por três noites e quatro dias seguidos.