10: conjuntivite

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#coisachata

Na segunda-feira, Jimin acordou mais cedo que o de costume, e se sentando na mesinha de estudo, apoiou um espelho pequeno na parede e abriu a bolsinha de maquiagem. Não, não se maquiava para sair, mas dessa vez

Durante o final de semana até foi fácil, porque não precisara sair de casa, mas agora tinha aula. E abrindo uma necessaire miúda, tirou um batom vermelho de dentro, e o passou abaixo do olho direito, pois vira no youtube que isso ajudava a disfarçar o tom arroxeado. Esfumou e depois passou um corretivo, cerca de duas camadas.

Tinha manchas roxas nos braços também, mas essas podia cobrir com uma blusa.

A conversa com a mãe não foi boa, e só de lembrar do tom de voz dela, lhe perguntando: você quer acabar com a minha vida, Jimin?, enquanto lhe acertava cintadas na perna, com ele encolhido no sofá, tentando proteger o rosto. Lembrava de ouvir Soobin pedir para a mãe parar, mas ela, cega de raiva, só continuou.

Jimin gritava e chorava, sentindo a dor e ardência aumentar a cada golpe desferido, até que o cinto escapou e ela continuou com as mãos, o segurando pelo cabelo quando acertou seu olho direito, fazendo o garoto escorregar do sofá e cair no chão, tremendo enquanto sentia uma imensa dor de cabeça e a visão falhar, tudo ficando preto muitas vezes.

Jimin não era fraco, ele gostaria que entendessem isso, mas a mãe era uma alfa no auge de sua fúria, só os seus feromônios já eram suficientes para fazer Jimin sentir um medo absurdo. Nunca retrucaria um alfa nesse estado.

Ela saiu de casa em seguida, dizendo que precisava sair antes que fizesse algo pior. Soobin ajudou Jimin a se levantar e o levou para um banho, antes de acompanhá-lo até a cama e trazer remédios, gelo e até mesmo band-aids para os cortes feitos com o cinto e arranhões das unhas dela.

No domingo já estava bem, quero dizer, a dor estava pior na verdade, mas o choque e a lentidão já haviam passado. Tipo, no sábado ele nem falou, nem tomou água, nem comeu, nem fez necessidades, nem pensou direito, havia um zumbido no ouvido, muito enjoo e dor de cabeça, ardência nos olhos, só. Mas não se lembrava de ter muitos pensamentos, apenas da dor, e de sentir o corpo tremer.

No domingo, entretanto, se levantou e andou até o banheiro, enquanto o dia amanhecia ainda, e a casa estava silenciosa. Se olhou no espelho pela primeira vez, e se assustou com o inchaço no olho, no canto da boca, e todos os hematomas nos braços, nas pernas. Foi feio, pensou. Tomou alguns remédios, mas vomitou em seguida, muito enjoado por causa dos socos que levou no abdômen. Mais tarde a mãe lhe fez levantar da cama e arrumar a cozinha, porque era domingo afinal, ela nunca fazia nada em casa em seu dia de folga, ainda mais as tarefas domésticas, quais pra ela, eram claramente responsabilidade dos ômegas.

Mais tarde Jimin percebeu que cortara o dedo enquanto fazia o almoço, algo que nem tinha notado no momento, já que a dor era mínima comparada às outras que sentia.

Estava tudo bem, ele já sabia que ia ser assim. Digo, dessa vez foi bem forte, mas sempre piora mesmo.

Enfim, chegando na faculdade, ele tentou aparecer o menos possível, como sempre, mas dessa vez, menos ainda. Passando todos os períodos sem se manifestar. No intervalo, entretanto, uma colega de classe se aproximou, dizendo: - Jimin você está com conjuntivite? Vejo que seu olho está inchado e vermelho

Ele não soube o que responder, mas pensando bem, era melhor estar doente do que estar machucado, então assentiu. - Acordei assim

- Oh, devia pôr um tapa-olho, pode acabar passando pra alguém - ela aconselhou, enquanto se afastava um pouco. - Procure a enfermagem.

Toca Do Coelho {jikook}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora