Uber

By Lalalayet

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Onde Hansol estava atrasado para um compromisso e pede um Uber. Ou entรฃo, Uma histรณria repleta de one-shots... More

Ata, moรงo
3 estrelas
Dor de barriga e salgados de queijo
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Minivan
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C-corpo?

214 31 20
By Lalalayet

Moço, tem problema eu levar um corpo?

Como assim corpo? Alguém morto?
[Visualizada 20:56

Sim, mas ele cremado.

Ah sim, sem problema
[Visualizada 20:56

Seungkwan sentiu sua alma sair do corpo por alguns segundos. Como assim levar um corpo? Tinha desistido de dirigir ali mesmo, mas ao entender do que se tratava ligou o carro e continuou até chegar numa casa mal cuidada quase que caindo aos pedaços e encontrou uma moça não muito mais velha que si com um pote grande que mais parecia uma espécie de jarra ou vasilha em mãos. Provavelmente se tratando das cinzas de alguém. 

ㅡ Boa tarde, a senhora me assustou ㅡ tentou brincar um pouco logo de cara e ela sorriu leve. O que estava pensando em brincar com ela levando alguém cremado em mãos, muito burro.

ㅡ Eu devia ter sido mais específica, não é? ㅡ riu de leve para descontrair e ficaram em silêncio por alguns poucos minutos, estavam quase no destino indicado no gps quando a mulher falou novamente. ㅡ Escuta, você faz viagens?

ㅡ Viagens? A senhora diz para longe?

ㅡ Sim, tipo para a praia


ㅡ Infelizmente não, nunca fiz ㅡ respondia sossegado, pensando que ela só estava puxando assunto.

ㅡ O que acha de me levar? ㅡ Perguntou realmente ansiosa e parecia entusiasmada de repente, surpreendendo Seungkwan.

ㅡ Moça, eu não posso.

ㅡ Por favor, são só quatro horas de viagem. ㅡ disse como se não fosse nada e o motorista riu.

ㅡ Quatro para ir e quatro para voltar, né.

ㅡ Qual é, eu vou pagar.

ㅡ E por que deu um endereço diferente se queria descer para o litoral? Devia ter lido na descrição se estava disponível para viagem fora da cidade ㅡ o carro estava parado na frente de uma casa com todas as luzes acesas e Seungkwan estava firme em negar, mesmo que com medo de estar sendo meio grosso e talvez apático com a mulher na situação em que se encontrava.

ㅡ Porque eu deveria entrar lá e encarar minha família toda me desejando sentimentos depois de um ano, mas não quero isso, quero fazer algo bonito, meu pai merece!

Àquela altura, a moça se encontrava em lágrimas e explodindo num desabafo repentino com o rapaz em sua frente, que simplesmente ouvia calado e suspirou quando ela terminou.

ㅡ A noite hoje vai estar bonita, tomara que seu pai goste de ver isso onde ele estiver então ㅡ comentou, ligando o carro e fazendo um sorriso bonito e sincero de agradecimento surgir no rosto da mulher.

Estava mesmo caindo na estrada no meio da a tarde de uma segunda-feira. Se amaldiçoou inúmeras vezes e se perguntava se não deveria simplesmente largar ela numa rodoviária ou algo assim, mas não o fez.
Parou duas vezes no caminho para irem ao banheiro e comerem, conversaram um pouco sobre o clima e sobre o pai falecido da moça, que descobriu se chamar Yoohyeon e desceram sem problemas ao litoral.

Parecia ter sido uma viagem mais curta do que realmente fora e chegaram quase que nove da noite. Observaram a praia com algumas pessoas aleatórias passando enquanto dirigia até a moça dizer que estava bom e parou perto de umas pedras bonitas.

Ela saiu do carro logo indo em direção à beirada da pedreira e Seungkwan encostou no capô do carro, aproveitando o vento gostoso e o cheiro de mar que não sentia há muito, observando a cena de longe, quieto. Respeitando o momento da moça, mas tinha algo errado.

Estranhou ao ver a moça rindo e puxando seus cabelos para trás, mas não fez nada. Apenas quando ela pegou o pote aberto largado no chão e se preparou para tacá-lo inteiro no mar, Seungkwan se aproximou gritando para que ela não o fizesse.

ㅡ Me perdoa interromper e não sei se é um ritual da sua religião ou algo assim, mas acho que não deva jogar o pote junto, moça ㅡ alertou preocupado olhando em volta se não tinha algum guarda ou algo assim, levariam uma boa multa. Ela riu, mas só estava sem palavras, na verdade.

ㅡ Então olha e me diz que não quer quebrar essa merda na minha cabeça ㅡesticou o pote em sua direção e ele recuou de primeira, mas pegou e percebeu o que acontecia.

Tinha suco de morango quente na vasilha e Seungkwan olhava o objeto em suas mãos e para a moça, alternando como estivesse digerindo ainda o que tinha acontecido.

ㅡ Seu pai devia estar aqui, não?

ㅡ É, não faz parte da minha religião fazer suco com as cinzas dos nossos parentes ㅡ dizia irônica, com as mãos puxando o cabelo para trás novamente em frustração e gritou um "inferno" aos ventos como se fosse lhe acalmar da raiva que mostrava, mas na real não sabia onde enfiar a cara e só queria pedir mil desculpas para o rapaz e chorar até o dia seguinte.

ㅡ An, e agora? ㅡ Perguntou.

O que fazer numa situação dessa? Ainda que ela estivesse sofrendo o luto ou que tivesse conseguido despejar as cinzas como queria, mas uma situação tão desgraçada assim nunca tinha rolado consigo e nem em filmes, não sabia o que fazer.

ㅡ Agora voltamos.

No carro, a moça chorava quieta no banco de trás e Seungkwan dirigia em silêncio o caminho de volta. Não sabia o que e nem se tinha o que dizer, então não arriscou. Quando pararam no posto de gasolina para abastecer o carro, ela se prontificou a pagar e compraram algumas coisas para comerem na estrada, estavam famintos.

Ela chegou a dormir um pouco e Seungkwan se mantinha concentrado na estrada, mas sentido o cansaço pegando pesado consigo. Estava com medo de dormir dirigindo sem nenhuma distração, até que ela resolveu dizer algo ao acordar.

ㅡ Acho que não era pra ser mesmo, né ㅡ soltou despretensiosamente, esperando que o motorista simplesmente ignorasse, mas ele olhou pelo retrovisor, esperando uma conclusão.

ㅡ Por que diz isso? Além de ter confundido e levado suco ao invés do seu pai?

ㅡ Ele disse que queria ser jogado na cidade natal dele. Que eu fizesse uma viagem legal e conhecesse os lugares que ele mais gostava, mas até hoje não consegui dinheiro ㅡ fez uma pausa para encher a boca de salgadinhos e mastigava devagar, engolindo o nó na garganta junto. ㅡ Não consegui fazer a viagem antes de dar um ano que ele morreu e sei lá, acho que pareceu uma boa jogar no mar, mas já tinha dado merda quando eu peguei o pote errado sem ver. Eu tinha que levar o suco pra reunião e meu pai pra casa da minha tia depois, então deixei eles juntos e não tenho culpa que era um jogo de pote tudo parecido.

Seungkwan não conseguiu evitar rir da última parte e ela o acompanhou, se sentindo mais leve por colocar para fora e por ele não estar bravo por ter feito uma viagem longa e cansativa para nada.

ㅡ Talvez não fosse mesmo pra ser. Porque você vai conseguir o dinheiro um dia, não importa quando, e vai fazer isso como ele disse e se sentir bem, não fazendo por desespero, sabe? E eu mesmo me proponho de te levar ao aeroporto, porque é só o que as minhas costas vão aguentar depois de hoje ㅡ brincou, talvez não tanto assim, e ela riu, parecendo um pouco melhor.

Mais um bom tempo de viagem até chegarem na casa dela e já era madrugada, mas pelo menos tinham chego. Ela saiu do carro depois de pagar e agradecer inúmeras vezes antes de entrar cambaleando pelo cansaço na casa acabada e escura e o motorista esperou as luzes acenderem para ir embora.

Não sabia se ria pela situação desgraçada ou se chorava de dor nas pernas e costas por uma longa viagem assim que deitou em sua cama, mas simplesmente tinha feito e não tinha volta ou o que fazer agora. A não ser talvez fofocar um pouco.

ㅡ Você não vai acreditar na loucura que eu fiz hoje, Hansol.

!

!

!

Minha intenção era fazer um especial de Halloween aqui e um especial de HP, mas obviamente deu errado, então fiquem com esse cap que eu não entendi o que escrevi pq tô com sono u.u

E é cada print de mensagem de uber que eu me impressiono, meudeus

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