Pequenas mentiras

By Inangell

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★ SEGUNDO LUGAR EM ROMANCE NO RAPOSA DE OURO ❦❦❦❦⚀❦❦❦❦ Mary Angel é uma jovem estudiosa e reservada. Não... More

Personagens
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Bonus
XLVII
XLVIII
XLIX
L
LI
LII
LIII
LIV
LV
Bônus
LVI
LVII
LVIII
LIX
LX
LXI
LXII

XLIV

588 46 7
By Inangell

        
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Ele me ama?

Eu estava com medo de iniciar uma conversa como a senhora Ashworth, ainda mais se tratando sobre Adam, na qual eu nunca sabia como iria reagir.
Conversar sobre aquele assunto específico, ainda mais com a mãe do problema, me dava dor de cabeça .

— Eu sei o que você sente por ele, todos os sentimentos. E você pode ter toda a certeza do mundo, que eu sinto que você é a pessoa certa para o meu filho. — eu arregalei os olhos e por um momento, minha respiração falhou. — Não estou falando da boca para fora! O Adam é difícil de ler, nunca sabemos o que ele está sentindo ou o que está passando, mas ele é um bom garoto. Debaixo daquelas tatuagens que fazem qualquer um ter medo, reside uma boa pessoa, mas poucos conhecem esse lado dele. E você pode ter certeza, você conheceu.

Você conheceu... Eu conheci? Não, eu não me lembro de ter conhecido. Ele era indecifrável, eu realmente não sabia diferenciar o lado bom e o lado ruim dele. Adam instalava tantas confusões em mim que eu estava desistindo dessa história. Mas com as palavras da mulher que conhecia ele muito bem, da mãe dele, algo dentro de mim estava acendendo novamente, me fazendo questionar sobre o modo que eu estava agindo... O Adam tinha me pedido para ficar do lado dele, mas eu recusei e agora, o arrependimento me assombrava da pior maneira.

— Não... Claro que não conheci... — neguei com a cabeça a encarando, e meus olhos estavam embaçando por conta das minhas lágrimas. — E ele é namorado da Hanna, ela é a pessoa certa para o Adam. — engoli em seco, tentando acreditar nas minhas próprias palavras.

— Não, ela não é. Eles estão juntos porque o Bryan queria. Mas o Adam não gosta dela de verdade, e nunca vai gostar. — suas palavras saíram doces e lentas, para que eu pudesse entender o que ela queria me passar. — Mary, eu te peço que me entenda. Você é uma excelente menina, uma pessoa incrível, muito estudiosa, ama romances clichês e adora chocolate. — a olhei, surpreendida. Como ela sabia aquelas coisas sobre mim? — Eu sei o que passa na sua cabeça, querida, e você sabe a resposta. É assim que o Adam te descreve! Você é a garota dos sonhos. E meu filho, por mais que não demonstre, ama você.

        E enfim, as lagrimas caíram, rolando pela minha bochecha e me tornando vulnerável demais. Meu coração batia muito rápido, eu mal conseguia acompanhar. As palavras de Diana ecoavam e ecoavam na minha mente. Eu não conseguia ouvir mais nada e enxergar mais nada, apenas um vazio.

        O Adam me amava? Não poderia ser! Ela estava mentindo para mim... Todos mentem para mim, sempre foi assim. Por que eu deveria acreditar nela? Por que? Ele não amava ninguém, nem a si mesmo! Imagina me amar. Com toda certeza, Adam estava manipulando a mãe dele, para que eu pudesse voltar para o que éramos antes, mas eu não poderia cair nesse joguinho horrível dele... Mas uma parte de mim, estava começando a acreditar em tudo, que Adam realmente me amava e que poderíamos dar certo. Todos sabiam que eu estava apaixonada por ele e era vulnerável a qualquer coisa que envolvesse o Adam. E agora, sabendo que supostamente ele me amava, eu estava mais ofegante e confusa, sem escolha.

         Eu queria pedir desculpas para o Adam e falar para ele que eu também... o amo. O amo muito! E isso me assustava da pior maneira. Por que tinha que ser complicado? Seria tudo mais fácil se não tivesse o Lyan e a Hanna.

         — E você o ama... — Ellie disse com a voz baixa e suave.

         A minha expressão apenas confirmou a teoria de Ellie que suspirou baixinho. Eu estava com medo de tudo. Eu estava com medo do que poderia acontecer... Me levantei rapidamente e quase caí, peguei meu celular.

— Me desculpem, mas... eu preciso ir. — minha voz embargou tanto que eu fiquei mais assustada com o meu desespero.

Algumas pessoas me encararam, certamente curiosas. Ignorei-as e sai andando do restaurante, sem saber para onde ir e como ir. Eu precisava de um tempo para raciocinar e foi o que fiz, saindo daquele lugar, comecei a andar pelas ruas movimentadas de Nova York, me espremendo entre as pessoas atrasadas e cansadas. E eu estava fugindo de mim mesma, dos meus sentimentos, de tudo.

Essa sensação que eu sinto no peito, me sufoca e faz com que eu fique maluca, sem saber o que fazer. O fato do Adam talvez me amar e eu acabar de descobrir que eu o amo é tão assustador quanto parece.

Eu sonhei e desejei a minha vida inteira que eu iria encontrar o homem certo e amá-lo de vez, pois só se tem um amor a vida inteira e, de fato, nunca sabemos quem são essas pessoas.

          As pessoas me olhavam, querendo saber o que estava acontecendo comigo, mas eu continuei andando, sem rumo. Peguei o meu celular sem pensar duas vezes e disquei o número do Lyan, e no primeiro toque ele atendeu.

          — Oi, meu anjo!

          — Lyan... você pode me buscar? — minha voz falhou.

O que aconteceu? Você está chorando?

Eu estou em frente ao Central Park, no lado ao contrario do Pop's restaurant,— olhei em volta mais uma vez. — no número 22.

Estou indo, não saia daí.

Murmurei um "okay" e ele desligou. Fiquei parada, encostada em uma pilastra, olhando para o nada e perdidas em pensamentos, perdida em olhos azuis.

Quando o carro do Lyan parou em minha frente, eu contornei o carro para ir ao banco da frente, porém Adam estava lá, com o cotovelo apoiado na janela e me encarando. Abri a porta de trás e entrei, sentindo o banco fofo embaixo no meu traseiro.

             Eu deveria ter pedido ao Lyan para que viesse sozinho, mas acabei por esquecer e estava arrependida por isso. A última pessoa que eu queria ver no mundo estava ali, próximo a mim. Ninguém disse nada, talvez por respeito à mim e a minha cara inchada de choro. Bom, até o meu celular vibrar e eu ver que era uma mensagem de Adam.

          "Senhor arrogante: o que houve?
Sei que você foi almoçar com a minha mãe..."

Eu realmente não queria responder sua pergunta, mas quando eu vi, já tinha enviado.

"Não te interessa, Adam. Minha vida não interessa à você."

" Senhor arrogante: Você sabe que eu me preocupo com você, anjo.
Não se faça de arrogante"

" Para com essa merda!
Tudo é sua culpa! Qual é o seu problema?
Por que você faz isso comigo? Eu estou tão cansada de você, Adam. Me deixa em paz!"

Algumas lágrimas rolaram em meu rosto e eu as limpei rapidamente. Ouvi o suspiro forte do Adam e bloquei o celular, quando ele guardou o seu no bolso da calça jeans.

Eu não entendi muito bem assim que levantei o rosto e estávamos parado em frente à uma casa enorme e creme.

— Aonde estamos? — perguntei baixo.

— Na minha humilde fraternidade. — Lyan respondeu com um sorriso de canto, tentando descontrair. — Adam, leva a Mary lá para dentro enquanto eu estaciono o carro.

Engoli em seco e respirei fundo, tentando não enlouquecer. Eu me prometi que nunca frequentaria uma casa de fraternidade desse tipo, e cá estou. Sai do carro e respirei fundo, encarando os meus pés. Adam não disse nenhuma palavra, apenas me guiou pelo jardim da casa até a porta. O jardim era perfeito para ser de uma casa onde só vivia garotos, porém eles devem pagar alguém para fazer isso.

— Mary... — Adam sussurrou assim que abriu a porta. — Podemos conversar? — seu tom saiu fraco e baixo. Ignorei-o e passei pela porta da casa. — Tem como me responder?

— Responder o que? — virei-me para o mesmo que fechava a porta. — Que você só sabe me deixar confusa? O que você sente por mim, Adam? — minha voz já estava ficando embargada.

Ele ficou calado, respirando fundo algumas vezes e sua cabeça estava baixa.

— Eu não sei. Eu estou confuso... — disse ainda em um tom baixo.

— Eu nunca tive dúvidas do meu sentimento por você. Adam, você chegou e bagunçou a minha vida, me fez sentir coisas que eu nunca senti. E poxa, eu só tenho 18 anos, se for para que eu ame alguém que valha a pena, não quero continuar amando uma pessoa que não sabe o que quer, e... — me cortei quando o mesmo levantou o rosto, com uma expressão surpresa e chocante.

— Você disse que me ama? — ele disse mais surpreso do que parecia. — Você me ama, Mary?

Quando eu ia responder ele, a maçaneta da porta girou e Adam se afastou da mesma, e assim a figura do Lyan apareceu, deixando a pergunta do Adam sem resposta e seu rosto um misto de confusão.

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