Saia, coroa de flores e batom

By GlauciaCousseau

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Harry sempre fora um menino um tanto quanto diferente. Gostava de saias, coroa da flores, ursinhos de pelúcia... More

Recadinhos inicias
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Recadinhos parte 2
Tweeter
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Leiam, por favorzinho
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Playlist + explicações
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Atenção ⚠️
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 12

210 17 19
By GlauciaCousseau

OIOI pessoinhas 🌹
Eu podia jurar que hoje era terça, por isso não postei ontem. Desculpa kkkk enfim..
Comentem e deixem a estrelinha ⭐
Boa leitura ❤️

Ansioso. Essa era a palavra que melhor descrevia Harry nesse momento.

No meio de uma aula de biologia, sua matéria preferida, e ele estava com os pensamentos longe dali. Queria prestar atenção na aula, mas não conseguia.

Seus amigos perceberam que tinha algo errado logo cedo. Harry estava calado, sem aquele sorriso contagiante que sempre trazia consigo, mesmo dizendo que estava tudo bem. O caminho até a escola foi feito com menos diálogo possível e quando Niall perguntou o que ele tinha, só respondeu que estava cansado e com desânimo. Já era a terceira aula e ele não tinha conversado direito com ninguém ainda. Estava tão concentrado em seus pensamentos que nem percebeu o professor parado ao seu lado lhe chamando.

- Harry? Querido... Você está bem?

Claro que o professor tinha percebido que havia alguma coisa errada com seu aluno. Ele sempre gostou de Harry, era seu aluno mais dedicado. Quando começou o semestre e ele viu que Harry estava diferente, nada mudou para ele. Era o mesmo aluno dedicado que ele conhecia. Sabia que o menino teria que enfrentar muitas coisas para ser ele mesmo, mas ele estaria ali para ajudá-lo no que ele precisasse.

- Oi?

- Harry, eu percebi que você está longe daqui... aconteceu alguma coisa?

Harry sentiu-se corar, não achou que estava distraído o suficiente para o professor percebeu. Olhou os outros alunos e viu que todos estavam com uma folha em cima da carteira, concentrados respondendo algo. Viu também que Niall e Zayn não tiravam os olhos de si.

- Desculpe professor, acho que me perdi nos meus pensamentos, mais do que eu queria.

- Tudo bem, você quer sair tomar uma água, respirar um ar fresco?

- Mas eu vou perder a atividade...

- Não tem problema, você não iria conseguir fazer agora pois é sobre o que eu acabei de explicar.

Harry suspirou pesado e falou um "desculpe" super baixo, que se o professor não tivesse agachado do seu lado nem teria escutado.

- Não se preocupe querido, não estou bravo nem chateado com você. Eu sei que está passando por uma fase difícil, sei também que ainda precisa curar seu psicológico de algumas coisas, então não se sobrecarregue por causa de um simples trabalho, sim?

Harry concordou, sentindo seus olhos cheios de lágrimas. O que apertou o coração do professor.

- Venha, vamos no banheiro, você passa uma água gelada no rosto, depois vou contigo na secretaria pedir um copo de água com um pouco de açúcar para você se acalmar.

Harry levantou e seguiu o professor até a porta, sentia que a qualquer momento ia desabar.

- Turma, eu vou sair por alguns minutos, quando eu voltar quero todos comportados como estão até agora.

Claro que o professor viu que Niall e Zayn estavam muito preocupados com o amigo, mas não podia falar com eles agora. Por isso só os olhou e sorriu, tentando passar a mensagem de que tudo ficaria bem.

Como o professor falou, levou Harry até o banheiro e fez ele lavar o rosto com água gelada. Ele já tinha percebido que desde que Harry levantou ele estava tremendo, aquilo estava deixando ele preocupado. De certa forma sabia que era resultado da agressão que sofreu mais a ansiedade.

Quando foram pegar a água com açúcar na secretaria o professor pediu para a secretária mandar algum professor substituto ou que estivesse com horário vago para sua sala. Explicou que ele precisava conversar com Harry e que precisava de um professor para ficar de olho na turma, que estava fazendo trabalho. A secretaria viu que Harry estava quieto e meio encolhido, sabendo dos últimos acontecimentos ficou preocupada e só concordou com o professor. Depois disso Misha conduziu Harry para o pátio, onde sentaram embaixo de uma árvore que havia lá.

- Sabe, quando eu ainda estudava aqui nessa escola eu amava sentar aqui e ficar observando a saída do colégio e da faculdade. Como meu ônibus só passava vinte minutos depois do término das aulas eu tinha que ficar esperando, enquanto isso eu sentava aqui e ficava vendo as meninas do colégio e da faculdade.

Harry percebeu que o professor estava tentando distraí-lo, só não entendeu o porque. Mas olhou para o professor prestando atenção no que ele falava.

- Só que eu sempre fui um menino quieto, sabe? Eu era totalmente na minha. Não que eu fosse anti social, ou coisa do tipo. Eu só não gostava muito das pessoas que me cercavam. Mas um dia eu conheci uma menina especial, eu estava no primeiro ano da faculdade e ela estava no último ano da escola. Eu estava saindo da faculdade e indo pra casa. Na esquina da escola tinha uma menina encolhida no chão, ela chorava de soluçar. Me sentei ao lado dela e comecei a falar que tudo ficaria e que era pra ela chorar tudo o que ela precisava. Claro, isso depois de eu demonstrar que eu não faria mal algum a ela.

O professor percebeu que tinha toda a atenção de Harry em si e que o garoto não tremia mais.

- Depois, quando já conseguia controlar o choro, se virou pra mim e sussurrou um obrigado. Ela parecia estar quebrada, como se o mundo dela estivesse desmoronando. Fiquei com ela até ela estar bem calma e quando perguntei se ela queria conversar sobre o que havia acontecido ela falou que não podia contar. Fiquei preocupado com ela e deixei meu número, caso ela precisasse de alguma coisa, e fui para casa sem nem poder fazer nada por ela. Dias depois ela me mandou mensagem agradecendo pelo apoio que eu a dei naquele dia e desde então fomos virando amigos. Um mês depois eu já tinha conquistado a confiança dela e ela resolveu me conter o que estava acontecendo. Com o tempo fomos ficando cada vez mais próximos e hoje ela é minha esposa, estamos até pensando em ter filhos.

- Sem querer ser intruso, mas o que tinha acontecido com ela?

- Seu pai era um homem machista e conservador, controlava ela e sua mãe em tudo o que elas iam fazer. Naquela semana ela havia discutido com ele porque ela queria fazer faculdade de Artes e ele falou que não ia permitir ela fazer uma faculdade que não dava dinheiro, ela respondeu ele e ele bateu nela.

- Eu sinto muito, desculpa, você não precisava ter me respondido....

- Calma Harry, tá tudo bem. O que eu queria te dizer com tudo isso é que pode ser difícil, até mais do que você possa esperar, mas no final você consegue. Eu sei o que Nick e os meninos da faculdade fizeram, e eu já percebi que você está escondendo dos meninos que você não está bem. Você sabe que eles te amam e fariam de tudo para você ficar bem, se permita ser verdadeiro com eles, assim, dias como hoje serão mais fáceis.

- Okay, eu vou tentar.. é só que está tudo tão confuso na minha cabeça, e está difícil aguentar tudo isso.

- Você quer me contar?

- Você não precisa voltar pra sala?

- Um outro professor foi ficar com a turma e depois é intervalo, podemos conversar com calma.

- Tudo bem... - Harry suspirou, sabia que ia entrar em colapso se não conversasse com alguém. Sabia também que iria na psicóloga a tarde, mas não sabia como iria ser, então preferiu falar com o professor. - Harry suspirou profundamente antes de começar a falar.

- Pode levar o tempo que precisar, ok?

- Niall e Zayn não sabiam que eu gostava de usar roupas femininas. Nessas férias eu decidi que eu merecia e deveria ser eu mesmo e parar de ficar me escondendo. Eu contei e mostrei minhas coisas para eles e eles aceitaram super de boa sabe?! Eles me incentivaram ainda mais a ser eu mesmo. E por saberem dos riscos que eu corria por ser assim eles sempre estão comigo, onde eu vou, eles vão junto. Aquele dia que o Nick e os outros meninos me bateram foi o único dia que nem Zayn nem Niall puderam vir. Depois daquele dia eu fico com medo até de ficar sozinho em casa. Na semana do acontecimento minha irmã ficava comigo pela manhã e à tarde os meninos me faziam companhia e me passavam as coisas da escola. Eu decidi voltar pra escola pra Gemma poder voltar ao trabalho, não queria que acabasse sobrando pra ela. Desde o dia que voltei a vir, estou tentando ignorar pensamentos ruins, comentários ruins, as fofocas erradas do que aconteceu, só que é difícil... - Lágrimas escorriam de seus olhos. - eu achei que eu estava conseguindo lidar com tudo, os meninos, minha mãe e a minha irmã acham que eu estou indo bem. Claro, sabem que eu preciso ir na psicóloga e preciso de ajuda profissional pra melhorar, mas eu consigo disfarçar um pouco. Só que estou me sentindo no limite. A gente saiu duas vezes desde o acontecido, Niall, Zayn, os meninos que me ajudaram aquele dia e eu. Todos eles me encorajam a ser eu mesmo e a lutar contra tudo isso, e eu sei que se eu falar tudo o que eu estou sentindo, eles vão entender e me ajudar. Mas todos eles têm suas vidas próprias e eu acabo me sentindo um fardo.

-Querido, a última coisa que você poderia ser para seus amigos é um fardo. Eles só querem te ver bem e feliz.

- Nesses últimos dias eu tenho sentido tanto medo, parece que em lugar nenhum eu estou seguro. Parece que a qualquer momento alguém vai invadir meu espaço pra me fazer algum mal. - Harry não queria chorar, mas era inevitável. Estava tão cansado.

- Calma querido, respira fundo. Quando se sentir melhor pode continuar falando.

- Eu sei que eu deveria falar à minha mãe, à minha irmã e aos meus amigos o que eu estou sentindo. Eu sei que eles iriam conseguir me ajudar e eu estaria melhor. Mas eles já estão preocupados comigo o tempo inteiro, eu não queria dar mais preocupações ainda. Eles precisam viver a vida deles também, e se eu for ficar chorando e desabafando o tempo todo, eles não vão conseguir fazer as suas próprias coisas. E tem meu pai também, eu não consigo conversar com ele desde que tudo aconteceu... eu me sinto tão envergonhado.

- Mas se você contasse a verdade sobre o que você está sentindo, não acha que eles podendo te ajudar, você ficaria melhor e eles mais tranquilos? Quando a gente sabe o que a outra pessoa está realmente sentindo, a gente consegue tratar melhor e de uma forma mais certa a pessoa. E sobre seu pai, se ele te apoia, a última coisa que ele vai sentir é vergonha mas sim preocupação.

- Faz sentido isso. Mas eu sinto que estou incomodando eles. Toda vez que eu penso em desabafar, contar tudo o que se passa no meu coração, tem uma voz na minha cabeça que diz que eu estarei usando o tempo deles com coisas desnecessária.

- Harry, em hipótese alguma é isso que eles irão pensar. Eles te amam mais que tudo, eles sempre estarão dispostos a te ouvir e te ajudar.

- Um lado meu sabe disso professor. Mas esse outro parece falar mais alto e a minha insegurança acaba vindo à tona.

- Tudo bem, isso é uma coisa que você pode melhorar com terapia. Você já está vendo uma psicóloga para ir?

- Sim, a mãe encontrou uma. Eu vou ir hoje, mas eu tô com medo de como vai ser. Eu já fiz terapia antes, sei como é. Mas eu fico apreensivo de não pegar confiança ou de abrir feridas que já estão criando casquinha, essas coisas.

- Compreensível, ainda mais agora que o assunto é mais delicado. Mas você sabe que ela é profissional e tem que seguir as normas dela, então esse negócio de confiança não precisa ter medo.

- Uhum.

- Você quer me contar mais alguma coisa? Tem mais algo que estava roubando sua concentração daquele jeito?

- Na verdade tem sim. O professor de história, ele tem agido estranho ultimamente.

- O que tem o Simon?

- Bom, eu não quero falar se isso vai interferir de alguma forma no seu relacionamento com ele na escola...

- Não vai não, pode ficar tranquilo. O que você falar fica aqui.

- Ok. Bem, nós sabemos que ele é uma pessoa mais conservadora e tals. Ele era um dos meus principais medos sobre eu assumir ser quem eu sou. Depois da volta das aulas ele nunca mais falou diretamente comigo e vive me encarando. Teve um dia que até me deu um calafrio de medo. Eu acho que por ele ser meu professor ele não fará nada, mas eu não consigo ignorar esse medo que eu tenho dele.

- Simon é uma pessoa muito complicada de se lidar. E se você tem medo é porque seu eu está com receio das ações que ele pode vir a ter. Nunca ignore esse tipo de medo. Mas sim, por ele ser seu professor ele tem várias regras a cumprir e ele sabe que ele se fizer algo com algum aluno ele pode ser afastado do cargo dele e várias outras consequências. Vou ficar atento ao que ele diz e faz, tudo bem? Qualquer coisa comunicamos a diretora.

- Obrigado por isso professor!

- Não precisa agradecer, eu só quero ver você bem e feliz. Quer falar mais alguma coisa?

- Não, acho que podemos voltar para a sala.

- Então vamos que daí dá tempo eu recolher os trabalhos. E pra você, eu te mando a folha do trabalho e você pede ajuda ao Zayn e ao Niall.

Harry estava muito aliviado de ter conversado com alguém, ainda mas que esse alguém é o professor que ele mais confia. Quando estavam entrando na sala de aula, Misha sentiu que Harry travou no lugar. Olhou para frente e viu que quem estava o substituindo era o professor Simon, de quem acabaram de falar. Até Misha se arrepiou da forma que Simon encarava Harry e ele.

- Bom dia professor Simon! Obrigado por ter ficado com meus alunos enquanto eu tive que me ausentar.

- Bom dia professor Misha! Achei que seu trabalho era dar aula e não sair da sala para ficar conversando com algum aluno.

- E eu achei que eu só tinha pedido para um professor vir cuidar da minha turma, e não ficar se metendo na minha forma de trabalhar. Se você não se importa sobre como seus alunos estão, eu me importo. Sempre que algum aluno meu estiver dando sinais de que não está bem, e eu puder de alguma forma ajudá-lo, eu farei com o maior prazer do mundo.

- Mas e precisava ser no meio da aula?

- Sim, precisava. Eu sei controlar meus alunos. Dei um trabalho a eles e sei que se não tivesse nenhum professor para ficar no meu lugar, eles teriam feito o trabalho igualmente. Então sim, eu podia e precisava conversar com o Harry agora. Agora, me faça um favor, não se meta mais na forma com que eu trato meus alunos. Se eu estiver fazendo algo errado a Diretora vem falar direto comigo.

A turma toda encarava os dois professores discutindo. Misha sabia que não deveria discutir na frente deles, mas depois do que Harry contou e já estando cansado das ideias machistas e preconceituosas daquele professor, não conseguiu se segurar.

Misha olhou para Harry e viu que ele ainda estava meio petrificado e pálido. Sabia que Harry precisava urgentemente começar um tratamento com uma boa psicóloga.

- Niall, você pode vir aqui rapidinho, por favor?

Na hora Niall levantou e foi até o professor.

- Querido, vá com o Harry até a cantina e peça um lanche pra ele e fiquem por lá, sim? Logo peço para Zayn ir chamá-los.

- Tudo bem professor.

Depois que Niall e Harry saíram da sala, Misha se voltou para Simon.

- Agora você se retire da minha sala, por favor. E se tiver algo a reclamar sobre a minha forma de tratar meus alunos peço que você reclame com a Diretora e ela toma a decisão se deve vir falar comigo ou não.

Simon bufou sabendo que nada do que ele falasse iria afetar o professor, por isso só foi saindo da sala. Antes dele fechar a porta Misha ainda falou:

- Obrigado por ter ficado de olho nos meus alunos! - Depois que Simon estava longe o suficiente da sala para não ouvir nada, Misha começou a falar com seus alunos. - Turma, me desculpem por essa saída que eu tive que dar e me desculpem por essa discussão. Eu não gosto nem um pouco de discutir, independente de quem seja. Mas o professor Simon estava desrespeitando a minha forma de trabalho, e disso eu não gosto.

Misha estava tenso, no pouco que viu foi o suficiente para entender o medo de Harry. De alguma forma sabia que tinha que ter mais cuidado com o garoto. Mas sabia também que não poderia ser invasivo em nada.

- Agora sobre a minha saída. Não é normal eu sair no meio da aula para conversar com algum aluno. Vocês sabem que eu faço isso, mas só quando é realmente necessário. Vocês sabem também tudo o que vem acontecendo com o Harry, sabem as dificuldades que ele vem enfrentando por querer ser ele mesmo. Eu como professor e vocês como colegas e amigos devem apoiar ele nas decisões que ele toma para a vida dele. Ele não estava muito bem e eu fui conversar com ele, assim como qualquer um de vocês devem fazer quando veem que algum colega não está muito bem.

- A gente entende professor. A maioria aqui não é próximo do Harry e nós sabemos que ele só confia no Zayn, Niall, Zendaya, Billie e Cara. Mas alguns de nós super apoiamos ele a ser quem ele é. Nós sabemos das dificuldades que ele tem com isso, mas queremos vê-lo feliz. Claro que tem um aluno ou outro que não gosta e é contra a decisão dele, mas cada um tem que respeitar as diferenças e pronto. Não se preocupe por ter se ausentado por alguns minutos.

- Obrigada Selena! É dessa compreensão e do apoio de vocês que o Harry precisa para ter forças de lutar pela felicidade dele. Agora eu quero que vocês vão passando os trabalhos pra frente que eu pego com o primeiro de cada fila. Zayn, você pode ir chamar o Niall e o Harry para voltarem que logo vai bater o sinal. O restante, estão liberados.

Conforme a turma ia saindo da sala, Misha sentou na sua cadeira, colocou os cotovelos na mesa e se escorou nas suas mãos. Sabia que Harry demoraria para ficar bem, sabia que o professor Simon só iria atrapalhar esse processo, mas sabia também que por enquanto não poderia fazer nada diante disso. O único que poderia fazer algo é o próprio Harry, contar à Diretora sobre o seu medo, mas Misha sabia que justamente o medo não o deixaria contar.

- Professor... professor... você está bem?

- Oi Cara, desculpa. Não vi que vocês continuaram na sala.

- Tudo bem, não se preocupe. O senhor está bem?

- Estou sim, só com um pouco de dor de cabeça.

- Quer remédio? Eu tenho na minha mochila.

- Não precisa, eu já vou ir pra sala dos professores. Só vou esperar o Harry voltar para ver se ele está bem.

O professor Misha mal terminou de falar e viu Niall, Zayn e Harry entrando. Harry estava com olhos vermelhos e inchados, sinais claros de que esteve chorando.

- Ei Harry, está melhor? Precisa de algo?

- Estou melhor sim e não preciso de nada não. Obrigado pelo que o senhor fez por mim.

Misha sabia que ele não se referia exclusivamente a conversa, mas também à discussão que teve com seu outro professor. De certa forma Misha tinha o ajudado.

- Não a de que. O que você precisar eu estarei a disposição. E seus colegas também, pode contar com eles.

Ao ver que Harry realmente estava mais calmo, Misha saiu da sala e foi para a sala dos professores. Estava precisando realmente acalmar seus sentimentos.

Enquanto isso, na sala de aula, Harry contava a seus amigos como tinha sido a conversa com o professor. Ainda escondendo algumas coisas, não estava preparado para se abrir totalmente.

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