Pedido da T-Challax
Quantidade de Palavras: 892 Palavras
Boa leitura!
Narração
Aquele poderia ser considerado mais um dia normal em La Push. Entre os transmorfos, patrulhas e mais patrulhas, e como sempre, no final, todos se reuniam na casa de Sam e Emily. Mas aquele dia específico poderia mudar a vida de um único transmorfo.
Laissa
Respirei fundo, me encostando na parede do banheiro enrolada com uma toalha. Encarei o teto enquanto me lembrava da morte de minha família, no Peru.
Dois vampiros os mataram, e apenas eu consegui me transformar a tempo e fugir. Corri muito, até ser parada por outros vampiros — os Cullen — e descobrir que estava nos Estaods Unidos. Graças aos céus eles me disseram que havia outras duas matilhas de lobos por aqui.
Em geral eu era uma quileute nômade, meus antepassados saíram da tribo e desde então estivemos vagando por aí. E agora, talvez eu ficasse presa na reserva.
— Laissa? Você está viva nesse banheiro?
Suspirei e abri a porta, saindo do cômodo. Seth e Leah me encaravam de forma preocupada, com pena talvez. A mais velha tinha uma muda de roupa nas mãos, já que tínhamos o mesmo biotipo.
— Vista isso e desça. As matilhas vão se reunir para discutir sobre você. — ela falou, me entregando as roupas.
— Mas eu não fiz nada! — exclamei confusa — Porque querem discutir sobre mim?
— É só para saber aonde vai ficar. Não precisa ficar exaltada. — Seth respondeu, estranhando minha reação.
Suspirei pela terceira vez no dia e assenti, abraçando a roupa contra meu próprio corpo. Os dois irmãos saíram do quarto, me deixando sozinha. Tranquei a porta e tirei a toalha do corpo, me vestindo com as roupas que Leah me dera. Eram simples, um short jeans gasto e uma regata branca.
Respirei fundo e abri a porta, indo até o corredor e descendo as escadas. Podia ouvir a conversa claramente com minha audição de lobo. E era sobre mim.
— Os Cullen disseram que ela é uma quileute.
— Então por que não está na tribo?
— Talvez seja uma nômade, ou sei lá mais o que.
— O jeito é esperar ela dizer.
Essa última voz era firme e autoritária. Ao ouví-la, senti algo estranho dentro de mim. Era como se, de repente, eu estivesse sendo atraída por essa voz. Estranho.
Continuei descendo as escadas até chegar na sala, onde tinha vários quileutes de dois metros. Me coloquei ao lado de Leah e Seth, que estavam de pé ao lado da escada. Um dos quileutes, o que parecia ser um dos líderes, me observou atentamente antes de se levantar.
— Qual o seu nome, garota? — perguntou, mas sua voz soou como uma ordem.
— Laissa. — respondi com firmeza.
— Falar de maneira branda ajudaria e muito, Sam. — Leah reclamou, se intrometendo — Não ligue pra ele, Laissa. É melhor você saber logo quem é quem aqui.
Seth foi me apresentando a cada um. Embry, Jared, Jacob — o líder da outra matilha — e só faltava um, que estava de cabeça baixa e não encarava ninguém.
— E por fim, esse é o Paul. Ei, cara. Levante a cabeça. — pediu, cutucando Paul.
Paul ergueu a cabeça e me encarou. Nisso, tudo parou para mim. Senti meus olhos dilatarem e algo diferente dentro de mim; era como se a gravidade não existisse mais, e cordas imaginárias estivessem me ligando ao quileute à minha frente.
Ele era basicamente igual a todos. Pele morena, olhos e cabelos escuros, grande e com um sério problema em usar camisas. Mas algo nele me chamou atenção. A maneira como seus olhos também dilataram, ou o olhar sério que ele possuía.
Eu não sabia ao certo o que era, mas sabia que eu não seria mais a mesma depois disso.
Paul
Um anjo. Esse era o único termo que eu poderia usar para definí-la. Seus olhos, em um tom perfeito de verde amadeirado, brilhavam e estavam dilatados. Seus cabelos molhados, escuros e curtos, não chegavam abaixo de seus ombros, mas eram perfeitos. Suas bochechas estavam ligeiramente rosadas, a deixando fofa.
Mas tinha algo a mais. Algo em mim. Alguma coisa me puxava para ela, como se minha vida dependesse dela. Eu sabia o que isso era, mas não queria acreditar.
Narração
Ambos os lobisomens haviam tido um imprinting. E não era qualquer tipo, era compartilhado por ambos, um tivera com o outro. Isso era algo bom, afinal, aparentemente não teriam problema algum de reciprocidade, mas a realidade era diferente.
Tanto Paul quanto Laissa eram pessoas orgulhosas. Tinham medo de ter o imprinting por razões simples: Não queriam se sentir presos a ninguém e, muito menos, ter que ser o cachorrinho da outra pessoa. Por esses motivos, mantiveram o imprinting em segredo, sem o revelar para ninguém.
Mas Laissa não poderia evitar o aperto no peito que, naquela noite, ela sentia. Deitada na cama do quarto de hóspedes da casa dos Clearwater, sentia uma dor no peito ao pensar no moreno. Já não aguentava ficar longe, e ela ansiava em saber como era um abraço seu. Mas como sempre, o orgulho tentava fazer com que ela tirasse isso da cabeça.
Não era muito diferente com Paul. Ele rolava de um lado para o outro da cama, mas nada do sono vir. Ele não tinha sono, e seus pensamentos estavam unicamente na garota nômade. Imprinting. Ele sabia que as coisas só iriam piorar dali para frente.
Algo que, era para ser uma coisa boa, estava começando a parecer um fardo para ambos.
Imagine corrigido e Revisado dia: 25 de junho de 2022