Um Jeito Estranho de Amar + C...

By autoracarolsilva

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Threesome, Poliamor, LGBT, Barriga de Aluguel, Fast Burn, Trisal, Ménage à Trois, Grumpy e Sunshine 🔥📸🩺🤱 ... More

NOTA DA AUTORA
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46

CAPÍTULO 32

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By autoracarolsilva

APOLO


Terminei de colocar a travessa no forno, depois me recostei à bancada da ilha da cozinha, cruzando os braços sobre o peito, meio pensativo. Não me encontrava nem um pouco arrependido pelo trato que eu havia proposto para Thea, até porque isso a tinha deixado muito feliz.

Entretanto, eu estava meio nervoso, porque não fazia a mínima ideia de como agir, pois com certeza um namoro homossexual era diferente de um namoro entre héteros. Nós, às vezes, fazíamos brincadeiras, gestos ou carinhos que provavelmente um homem e uma mulher em um namoro não faziam.

"Por que não fui como os outros garotos da minha idade na época do colégio? Por que eu não tentei ficar com meninas que queriam dar para mim? Assim eu pelo menos teria algo para me basear. Mas, não posso desistir agora. Tenho que tentar" pensei e me virei de frente, inclinando-me sobre a bancada, me apoiando pelos antebraços, deixando minha mente vagar para época em que eu e Jacob namorávamos.

Me sobressaltei minutos depois, quando escutei Theodora me chamar, fazendo-me olhar para o lado, a tempo de vê-la adentrar a cozinha, vestida em um dos roupões atoalhados de banho e com o semblante triste.

— O que foi, amor? – perguntei, já me aprumando, assumindo o papel de namorado de mentirinha.

Ela fez um bico e se aproximou, recostando-se a mim, afundando o rosto no meu braço, que logo o ergui, fazendo Thea se aconchegar ao meu corpo, abraçando minha cintura meio de lado.

— Estou com os braços doendo de tanto ficar desembaraçando o meu cabelo – ela murmurou contra o meu peito, meio dengosa.

— Oh, minha querida. Por que não me chamou? Eu teria ido te ajudar – falei, afagando seu ombro.

Theodora ergueu o rosto e me encarou, franzindo o cenho por alguns segundos, então aproveitei a posição e beijei sua testa, fazendo um tímido sorriso aparecer nos lábios dela antes da mesma voltar a recostar sua cabeça em mim.

— Estou com muita fome, amor. O que você fez para a gente comer, que tá um cheiro maravilhoso desse?

— Sanduíche de Forno – informei, já me desvencilhando dela.

Pedi para Thea colocar um descanso de panela sobre a mesa enquanto eu abria o forno e ela assim o fez, então levei e coloquei a travessa quente em cima do suporte de madeira. Theodora logo apareceu ao meu lado, com dois pratos e alguns talheres.

— Isso tá com uma cara muito boa – ela comentou, literalmente lambendo os lábios.

Sorri e nos sentamos à mesa.

— A gente vai de barco até em casa e de lá pegaremos o carro para irmos até a cidade. Almoçaremos em um restaurante, que eu acho que você vai gostar, e depois iremos até o supermercado, fazer uma pequena feira para passar o final de semana – informei minutos depois, olhando-a, e ela assentiu dizendo um "Ok" de boca cheia.

"Thea e seus modos. Nunca mudam" pensei balançando a cabeça, sorrindo, já voltando a comer.



— Não estou indo de biquíni não, amor – escutei ela dizer atrás de mim, enquanto eu terminava de colocar a mala na parte de trás do meu carro.

Me afastei, aprumando-me e fechei o porta-malas, depois me virei, a encarando e sorrindo quando a vi usando o chapéu de praia personalizado com o seu nome que havíamos comprado de presente dias atrás.

— Você está linda, querida. Gostou do chapéu?

— Sim. Eu amei, amor. Obrigada – Theodora disse, vindo logo me dá um beijo na bochecha – Agora voltando ao que eu estava dizendo... Não estou indo com o biquíni por debaixo da roupa, não. Coloquei ele aqui dentro da bolsa. Não tem problema, tem?

— Tem não, amor. Vamos?

Ela assentiu, então a acompanhei até a porta do passageiro e a abri para que Thea entrasse, mas a mesma ficou me olhando meio desconfiada.

— Sou um namorado à moda antiga, mas não tão à antiga assim – comentei dando uma piscadinha, fazendo ela rir.

— Ok, vovô.

Agora foi a minha vez de cair na risada.

— Eu não sou tão velho assim – rebati quando entrei no carro, após ter ido fechar a casa – Tenho só trinta e quatro anos.

— Se comparado a mim, que tenho dezenove, você é um velho. Um tiozão gostoso.

A encarei rindo por uns segundos, depois voltei minha atenção para a direção, finalizando a manobra no carro, já seguindo rumo ao nosso destino.

— Quanto anos o Ursinho tem? – escutei Theodora perguntar alguns minutos depois.

— Nascemos no mesmo ano, mas ele faz aniversário primeiro que eu, então o Ursinho já tem trinta e cinco.

— Eita, dois tiozões gostosos só para mim. Acho que ganhei na loteria e nem percebi, né? – ela disse rindo, fazendo-me dar um sorriso.



— Nossa! Que lindo! – Thea exclamou, quando paramos ao lado da nossa lancha.

A ajudei a entrar e mostrei rapidamente o interior do barco, antes de eu começar a desamarrar as cordas e preparar para sairmos. O tempo todo, Theodora ficou a me observar, sentada na cadeira do piloto, então quando terminei de soltar o barco, me aproximei dela e a mesma se levantou.

— Vão ser quase três horas de barco até Bowen Island, então se quiser dormir um pouquinho na cabine ali, o tempo vai passar mais rápido para você, minha querida – informei, repousando minhas mãos em sua cintura, e ela negou com a cabeça, à medida que me enlaçava o pescoço com seus braços.

— Vou ficar aqui, olhando o capitão bonitão pilotar o barco.

Thea aproximou seu rosto do meu, selando nossos lábios por alguns segundos para depois afastá-los novamente, porém me vi erguer os braços, segurando seu rosto entre minhas mãos, enquanto a encarava fixamente, desviando o olhar um pouco para seus lábios meio entreabertos.

Quando dei por mim, estava descendo minha boca contra a dela, a beijando tão intensamente quanto eu beijava o Jacob. Segundos depois, separamos nossos lábios à procura de ar e recostei minha testa na dela, fechando os olhos.

Em minha mente, pensamentos confusos logo surgiram, mas eu não queria me fazer aqueles questionamentos, então tratei de guardá-los para outro momento. Respirei fundo e ergui um pouco o rosto, beijando a testa da Thea, que me abraçou fortemente pela cintura, recostando-se em meu peito.

Entretanto, ela se desvencilhou um pouco de mim, quando sentimos um pequeno movimento entre nós.

— A bebê chutou – Theodora murmurou, acariciando a barriga.

Fiz um carinho também e me afastei, sentando-se na cadeira do piloto.

— Acho que você deveria começar a dizer "Nossa filha" ao invés de "A bebê", porque você também vai cuidar dela e ela vai te chamar de mamãe, então não tem por que continuar esse distanciamento – comentei a vendo se sentar no outro banco.

— Você tem razão – ela disse e olhou para baixo, segurando a barriga – Nossa filha.

Dei um sorriso e voltei minha atenção para o painel, já ligando o barco, saindo em seguida do porto.




THEODORA


Depois de um tempo, comecei avistar uma linda casa no alto de uma pequena encosta, em meio à floresta e rochas. Apolo logo reduziu a velocidade, manobrando e parando a lancha em um píer, à alguns metros de distância da encosta.

Após prender o barco, ele me ajudou a sair, pegando depois a mala e a minha bolsa, entregando a mesma para mim. Começamos a andar, lado a lado, um do outro e eu fiquei meio hesitando em pegar na mão dele.

Entretanto, Apolo logo tomou a iniciativa por mim e segurou a minha, fazendo-me sentir bem mais à vontade com relação a como agir no nosso namoro de faz de contas, então mudei a posição de nossas mãos, entrelaçando meus dedos aos dele, que virou o rosto para mim, olhando-me por alguns segundos e me dando um meio sorriso.

Ao pé da encosta, o píer se estendia se formando um deck, onde havia duas cadeiras de madeiras, pintadas de azul-escuro, que logo minha mente conseguiu imaginar Jacob e Apolo sentados ali, vendo o pôr-do-sol ou o amanhecer.

Alguns metros à frente, do lado esquerdo, existia uma escada que levava até a uma pequena praia. Seguimos escada acima e quando finalmente chegamos no pátio da garagem da casa, eu me encontrava morta, quase literalmente.

— Vocês podiam instalar... uma escada daquelas de shopping... não é? – comentei ainda meio ofegante enquanto via Apolo rir da minha cara.

— Deixa de ser preguiçosa, amor. Exercício faz bem, principalmente para você que está grávida – ele disse, já me puxando pelo braço, ignorando os meus resmungos.

Apolo abriu a porta e logo foi me mostrando a casa. A mesma era bem moderna e arejada, com enormes janelas em ambos os lados. A sala e a cozinha eram uma coisa só, divididas apenas pela mesa e pelo sofá em L de couro preto.

Apolo me informou também, que havia dois quartos, um em cada extremidade da residência, mas como eu dormia com eles, só iríamos usar a suíte principal. Ele então abriu uma porta que dava para um pequeno hall onde existiam mais duas portas, uma de frente para a que o mesmo tinha aberto e uma à direita.

— Essa porta aqui é a do banheiro – Apolo falou apontando para a porta à nossa frente, depois foi para perto da outra – E este aqui é o nosso quarto.

— Nossa! Que vista linda! – exclamei, admirada com a paisagem que dava para se ver das paredes de vidro do cômodo e também da ampla varanda, que se estendia ao redor do quarto e ia até a sala de estar, dando acesso a ela.

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