Um Jeito Estranho de Amar + C...

By autoracarolsilva

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Threesome, Poliamor, LGBT, Barriga de Aluguel, Fast Burn, Trisal, Ménage à Trois, Grumpy e Sunshine 🔥📸🩺🤱 ... More

NOTA DA AUTORA
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46

CAPÍTULO 14

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By autoracarolsilva

APOLO


— Porque você tinha que fazer aquilo, seu idiota? – inquiri socando a parede ferozmente e só parei quando não senti mais os nós da minha mão esquerda.

Quando terminei de banhar, fiz um curativo na mão que ainda sangrava um pouco e sai do banheiro entrando no closet, me recusando a olhar para a cama. Só vesti uma cueca boxer azul escuro e desci para a cozinha a fim de tomar um remédio para dor.



Me encontrava sentado à mesa, pensando na vida e bebendo um pouco de café que eu havia feito para mim, quando Jacob entrou pelado na cozinha, me dando bom dia e indo até a geladeira.

— Bom dia – respondi sério, seguindo-o com o olhar depois retornei à atenção para a caneca em minha mão.

— Não te vi na cama então pensei que estivesse aqui preparando um café delicioso, quer dizer, um almoço delicioso para nós.

— Não vou preparar almoço delicioso para ninguém. Se quiser, peça para sua nova companhia – comentei e sorvi mais um pouco do meu café.

— Eita que tem gente que acordou de mau humor hoje – ele disse rindo vindo me abraçar por trás, por sobre meus ombros, já me dando um beijo na bochecha.

— Principalmente, quando a pessoa vê o próprio marido dormindo agarradinho com outra.

— Então está de mau humor porque me viu abraçado à Theodora? Amor, ela teve um pesadelo com o ex dela e acordou assustada e chorando, então me pediu um abraço. Você não viu por que dorme igual a uma pedra. O que houve com a sua mão? – Jacob perguntou tentando ver, mas me saí e me levantei da cadeira.

— Nada que seja do seu interesse.

— Apolo, se estou perguntando é porque é do meu interesse sim. Te ver machucado, me doe também.

— Então porque você me machuca, hein? – acusei enquanto deixava a caneca sobre a bancada da ilha da cozinha.

— Eu te machuco? Como?

— Com aquela garota, que se não fosse pelo bebê, ela nem estaria aqui.

— Thea! – ele exclamou olhando para além de mim então me virei e a vi parada na entrada da cozinha, de camisola e com os olhos já querendo se encher de água.

— Eu pensei que estava tudo bem com a gente, mas vejo que me enganei.

Observei ela respirar fundo e começar a se aproximar, mas Jacob passou por mim e a deteve segurando seu ombro. Eu percebi que ele já estava muito à vontade na presença dela, que nem se importava se estava pelado ou não.

— Theodora, fica calma, por favor – Jacob pediu e ela segurou no braço dele.

— Não, Jacob. Eu preciso falar o que está entalado aqui na minha garganta – Thea me encarou e se terminou de se aproximar, parando a minha frente – Você tem medo de que eu roube o Jacob de ti, mas é você mesmo que vai acabar afastando-o e aí você vai sentir um pouco o que é estar na minha pele, porque agora você não sabe o que é isso, pois sempre teve tudo. Tem pais que te adoram, uma irmã super mega legal e amigos maravilhosos e eu não tenho nada e ninguém. Eu só queria ter amigos, Apolo. Amigos que me amassem e se importassem comigo.

Ela começou a chorar e Jacob a puxou para os braços dele.

— Apolo, por favor, sai daqui – ele disse me olhando com o semblante sério.

— Está me mandando embora de casa?

— Não. Estou mandando você sair da cozinha porque a Theodora está nervosa por sua culpa.

— Não se preocupe, Jacob. Eu que vou embora da casa de vocês – ela disse se desvencilhando do peito dele.

— Thea...

— Pode, por favor, me colocar em algum hotel para eu poder passar o resto da gestação, porque eu não quero mais ficar nessa casa.

Jacob me olhou com a cara fechada então sai da cozinha e fui para o nosso quarto, emburrado.



— Jacob... – comecei a falar assim que o mesmo adentrou o nosso quarto, minutos depois.

— Não fala nada, Apolo. Eu não quero ouvir suas desculpas – ele me interrompeu entrando no closet e eu o segui até lá.

— Você está apaixonado por ela, não é? – indaguei enquanto o via se vestir.

— Não! Eu não estou apaixonado pela Theodora, mas sim, eu gosto muito dela. Assim como eu gosto da Leila, do Ravi, do Ethan, da Karina, do Rayson, da Naomi, do Alexos, da Filipa e do Adrian, porque são meus amigos e a Thea, assim que entrou em nossa casa e nos permitiu conhecer sua história de vida, ela se tornou uma grande amiga para mim e eu vou fazer qualquer coisa pelo bem-estar dela e, principalmente, pelo bem-estar da nossa filha que ela carrega.

Observei Jacob tirar uma mala de viagem do armário e minha respiração parou por alguns segundos.

— Vai me deixar então?

— Mesmo se quisesse, eu não poderia – ele disse e aquilo foi como se Jacob tivesse pegado uma faca e enfiado em meu peito – Todo dia, o meu cérebro me alerta que esse seu ciúme pode acabar com o nosso casamento a qualquer momento, mas meu coração é que manda no meu corpo. Eu te amo demais para te deixar, Apolo, então sigo os dias tentando ignorar suas atitudes idiotas causada por esse ciúme extremamente idiota que você tem e vou mantendo esse casamento o mais intacto que consigo. Agora, se me der licença, eu tenho uma amiga que precisa de mim.

Ele saiu me deixando sozinho no closet e eu me segurei para não chorar de novo.




JACOB


Enquanto seguíamos rumo ao centro de Shoreline, notei que Theodora estava muito quieta e só observava a paisagem que passava pela janela dela, porém eu não a culpava por estar triste, pois me encontrava do mesmo jeito.

Dizer aquelas coisas para o Apolo sobre o ciúme dele foi doloroso, principalmente quando vi o seu olhar antes de eu sair do closet, mas aquilo tinha sido necessário.

— Você vai ficar no Hotel Mônaco, que foi o hotel onde eu e o Apolo passamos a nossa noite de núpcias – anunciei, quebrando o silêncio fúnebre de dentro do carro.

— Só espero que Apolo não me odeie por isso também – Thea resmungou sem olhar para mim, porém vi quando ela limpou o rosto e respirou fundo.

— Ele não te odeia. O ciúme dele é que faz o Apolo ficar chato às vezes.

— Pois ele que fique chato bem longe de mim. Sinceramente, não sei como você aguenta.

— Casamento é assim mesmo, Theodora. Tem seus altos e baixos. E se você realmente ama aquela pessoa ao seu lado então terá que fazer certos sacrifícios, engolir muitos sapos e relevar várias coisas que a outra pessoa faz. Tenho como exemplo, a relação dos meus pais. Mamãe amava tanto o meu pai que preferiu ignorar o fato de que ele teve várias amantes ao longo do casamento. Ela só se separou dele quando o mesmo morreu, após o tempo ter vindo cobrar os anos de abuso de bebida e cigarro.

— O tempo matou seu pai? Tem certeza de que não foi sua mãe mesmo que matou ele?

— Mamãe não teria coragem de fazer isso não. Ela é um doce.

— Até o doce mais doce de todos fica ruim às vezes.

— Não me faça ficar desconfiado da minha mãe, criatura de Deus. Senão eu não durmo de noite, só pensando nela fazendo uma cara de psicopata para cima do meu pai e com aquela musiquinha sinistra de filmes de terror tocando num fundo – comentei rindo, fazendo Thea rir também – AEEEEEE! ELA SORRIU FINALMENTE! – gritei batendo as mãos no volante como se estivesse batendo palmas e ela rolou os olhos ainda rindo.

— Besta.

Depois disso o clima ficou mais agradável dentro do carro então resolvi parar em uma loja de eletrônicos e acabei comprando um notebook e um celular para Theodora, ambos da cor rosa, para que a mesma não ficasse muito entediada durante sua estadia lá no hotel.

Ela ficou tão animada com os presentes que desatou a conversar sem parar durante o resto do caminho.

— Chegamos – comuniquei minutos depois, estacionando em frente ao hotel.

Saímos do carro e, assim que peguei sua mala e as sacolas, adentramos o prédio, cumprimentando o rapaz que abriu a porta de vidro para nós. Tive que fazer a reserva do quarto em meu nome, devido o problema da Thea com a sua ausência de documentos.

"Tenho que providenciar isso depois" pensei enquanto pegava a chave do quarto que a recepcionista estendia em minha direção, depois dispensei o rapaz que veio pegar a mala e as sacolas e conduz a Theodora até o elevador.

— Tudo é tão lindo aqui – ela disse olhando ao redor, admirando os quadros do corredor à medida que eu abri a porta do quarto.

A chamei e Thea adentrou. Assim que coloquei as coisas sobre o sofá do quarto, me virei encarando-a.

— Acho melhor eu ir, senão vou chegar mais atrasado no trabalho do que já estou – comentei, mas lá no fundo eu não queria ir e deixar ela sozinha ali – Quer passar o dia comigo? Bom... Não necessariamente comigo, porque eu vou trabalhar, mas você poderá ficar na praça de alimentação ou no pátio arborizado que tem lá e conversar com o pessoal enquanto eu tiver ocupado. É que eu não quero te deixar sozinha aqui.

— Eu vou ficar bem, Jacob – Theodora disse dando um sorriso – Vou ficar fuçando nos meus presentes. Tô fascinada por eles.

Sorri.

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