Sou: Um mundo de cultivo

By Marcellocas

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Yanluo foi criado desde pequeno no caminho do cultivo, crescendo sendo evitado, até mesmo odiado, devido ao s... More

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Ano 983 – Verão – Muralha Antiga

A segunda noite chegou, e com ela, os agentes da ruína, o exército de abominações. As nuvens negras com raios permaneciam no céu, apesar de terem diminuído e a chuva ácida cessado.

– Os demônios não estão entre eles, e faltam quatro generais. – Comentou Boseph, com ele e outros cultivadores protegendo o centro da enorme muralha.

– Pai, veja! – Amen Daiyu apontou para o oeste, no outro extremo da muralha, onde uma chama foi acesa no topo de uma das torres que suportavam as catapultas – O inimigo está atacando pelas laterais e tentará contornar a muralha!

– Ambos os lados. – Disse Mailie ao acenar com a cabeça para o lado leste da muralha.

Amen Bai respirou fundo e empunhou a espada, a erguendo ao alto ao ver Houly tomando a frente do exército inimigo, já preparando suas flechas novamente.

– Defesa!! – Gritou.

– Defesa! – Repetiu um soldado no pátio.

Xiahou Mina e Chen Hua coordenaram os mestres de talismãs, criando uma formação rápida com as mãos apontadas para a muralha.

– Aqui. – Bu Qingqi foi até as duas e lhes derramou um tônico, em pequenos goles, na boca – Vai ajudar a manterem a força. Boa sorte. – Ela saiu, voltando para a enfermaria para cuidar dos feridos, sendo, não a única, mas a mais talentosa alquimista na muralha.

Como no primeiro ataque, as flechas de Houly voltaram a fazer o trabalho inicial, se chocando contra a barreira que os mestres de talismãs mantinham.

Na parte oeste, os demônios contornaram o limite da muralha, sendo recebidos por flechas, virotes e os disparos das armas de cerco.

– Continuem atirando! Não deixem que se aproximem! – Comandou Ma Shao.

– Os generais apareceram! – Gritou Jong Kong ao ver Tian e Xing avançando.

Tian parou o avanço e se agachou, como se para alongar as pernas, mas deu um pulo alto que pareceu voar, saltando por cima do fosso com as estacas que os demônios estavam chegando, caindo sobre uma catapulta, a destruindo.

– O detenham! O detenham, rápido!! – Gritou Ma Shao, para então olhar para frente e ver os demônios, que avançavam rapidamente com escudo à frente, chegarem ao fosso, onde começaram a jogar os escudos dentro dele para formar uma pilha alta, até conseguirem passar sem serem pegos pelas estacas afiadas.

Jingjin e Shasha correram em direção a Tian, que destruía as armas de cerco uma a uma, matando todos os soldados que entravam em seu caminho.

– Arte do céu, nível dois! Fênix Caída! – Shasha deixou dois dedos tomados por energia laranja que parecia chamas, e saltou por trás de Tian.

O general foi perfurado pela espada de Shasha, que a afundou por completo nas costas dele, e então lhe atingiu a nuca com os dois dedos, fazendo Tian cambalear, antes de virar rapidamente. Shasha pulou de cima dele para fugir, mas Tian conseguiu a pegar pela ponta do pé, a jogando com força contra o chão.

Tian ergueu o pé para esmagar a cabeça de Shasha, que ficou um momento estirada, se recuperando do choque.

Investida do Guerreiro! – Jinjing acertou o demônio com o ombro com tamanha força, que o derrubou para o lado – Shasha, levante! – Disse ele ao puxá-la pela mão.

Tian pegou o corpo de um soldado morto e o jogou contra a dupla, que desviaram, com Jingjin avançando novamente contra ele.

– Humanos... Tolos. – Disse Tian ao levantar, sendo atacado por vários lanceiros.

Com um braço, ele varreu os soldados, girando então com os dois braços abertos contra Jingjin quando ele o atacou.

– Gh! – Jingjin esbanjou agilidade ao conseguir passar pela defesa do demônio e afundou a espada na lateral do torso dele, fazendo Tian se contorcer de dor, para então pular recuando, antes de firmar os pés novamente – Ar Espiral! – Ele ficou rodeado por um redemoinho e foi mais rápido que uma flecha contra o demônio.

Tian tentou o acertar com um soco no ar, mas não foi rápido o bastante, sendo atingindo em cheio no rosto.

– GRRWAA!!! – Ele soltou um rugido de dor ao cair sentado.

– Haa!! – Jingjin pegou a lança de um soldado morto e saltou com ela apontada para baixo contra o general demoníaco.

Shasha, que não encontrou uma abertura para entrar na luta devido a ferocidade dos ataques do companheiro, viu um machado passar girando cortando o ar.

– Não... Jin..! – antes que ela pudesse completar a frase, o machado partiu Jingjin ao meio no ar. Shasha olhou em direção de onde veio o machado, vendo Xing já conseguindo cruzar o fosso junto com os demônios, entrando em luta de mãos livres, usando os punhos. Ela então olhou para o corpo de Jingjin no chão, partido em dois, e chorou – HAAA!!! – Shasha pegou duas lanças do chão e avançou contra Tian quando ele levantou, as afundando no peito dele.

– GRWA!! – Tian conseguiu a afastar com um tapa, a fazendo cambalear no chão.

O demônio tirou as lanças de seu corpo, fazendo jorrar sangue.

Flechas de Hidra! – ela fez os pingos de sangue no ar que jorraram dos ferimentos de Tian, se tornarem agulhas de sangue, e então lançou a mão à frente, fazendo as agulhas o atingirem em cheio – Grraa!! – Ela levantou e avançou correndo.

– Pegue! – Um soldado jogou o machado de Xing para ela.

Tian desferiu vários socos contra o chão, o fazendo tremer.

– HAAAA!!! – Shasha saltou com o machado erguido sobre a cabeça, o descendo contra o general.

Tian foi atingido na cabeça, mas não apenas seu crânio foi partido, como a metade de seu corpo, com Shasha caindo em uma cambalhota no chão ensanguentado ao deixar o machado preso no corpo do demônio, que tombou morto.

– Lanças à frente! Arqueiros, recuem para as plataformas superiores! Força!! – Comandou Ma Shao, com os demônios cruzando o fosso e entrando em combate direto contra os defensores.

No pátio, os mestres de talismãs foram desmaiando um a um.

– Kh... A-ah... – Xiahou Mina também desmaiou.

A barreira enfraqueceu. Houly disparou outra flecha, que parou na barreira, mas, Chen Hua, voou para longe no pátio ao não ter mais força, com a barreira se desfazendo.

– Disparem tudo que temos!! – Ordenou Amen Bai, com as armas de cerco, arqueiros e besteiros começando os trabalhos quando os demônios começaram o ataque com as tropas.

No lado leste, os demônios também tentaram contornar a muralha, sendo recebidos por flechas de fogo, além dos disparos das armas de cerco.

– Óleo! – Ordenou Mo Zui, então derramaram barris de óleo no fosso com as estacas. Mo Zui pegou uma tocha e a jogou, fazendo labaredas subirem altas, como se criasse uma parede flamejante entre eles e os demônios.

As tropas vibraram, até que vários animais de energia surgiram por entre as chamas, mas o que calou as tropas, foi o dragão, também de energia, que passou voando sobre eles, cuspindo um fogo verde.

– Sheng... – Sussurrou Taishi Zhenji ao franzir a testa e ranger os dentes.

– Terceira fileira, continue disparando! Primeira e segunda fileira, as armas!! – Ordenou Mo Zui.

– Zhenji! – Sun He tentou impedir a companheira, quando ela correu e pulou pelas chamas, indo ao encontro dos inimigos do outro lado.

– Ela vai atrás do maldito que mantém esse dragão! – Disse Jia Ran ao segui-la, acompanhado por Han Bi.

– O que estão fazendo?! – Mo Zui ergueu a mão – Cessar disparos!

As duas primeiras linhas de demônios começaram a disparar flechas contra os defensores, enquanto o trio que saltou pelas chamas, entrou em meio a eles abrindo caminho com tudo que tinham. Zhenji fazia mais o trabalho, manejando duas esferas de energia roxa de um lado para o outro e a sua volta, abrindo um corredor entre os inimigos. Jia Gai já usava técnicas mais destrutivas, causando explosões de energia, enquanto Han Bi apenas os seguia, usando as poucas agulhas que tinha com sabedoria, dando mais utilidade a sua espada.

– Se abaixe! – Gritou Jia Gai ao criar uma barreira de energia sobre ele e Mo Zui quando o dragão passou cuspindo o fogo verde, matando vários soldados em volta, deixando outros gritando em agonia enquanto se debatiam sendo consumidos pelas chamas.

– Temos que acabar com essa criatura, ou será nosso fim! – Disse Mo Zui.

Do outro lado, Wusun caiu de pé na frente de Taishi Zhenji, descendo seu porrete espinhento contra ela. Jia Ran saltou por cima dela, lançando uma lâmina de energia da ponta de sua espada que desviou o ataque do demônio.

– Continue!! – Gritou ele.

Zhenji assentiu e seguiu correndo.

– Pela Aliança. – Disse Han Bi ao parar ao lado de Ran.

– Pela Aliança. – repetiu ele – Haa!! – Os dois avançaram contra o general demoníaco, que rugiu e foi de encontro a eles.

Zhenji correu até se deparar com demônios maiores, de três metros de altura, com uma armadura pesada negra com veias vermelhas e escudos enormes. Sabia que não conseguiria passar correndo por eles, mas não diminuiu a corrida, saltando no ar e pairando, batendo as mãos juntas.

Uma labareda de chamas roxas se ergueu em um círculo, os desestabilizando. Ela então abriu os braços e bateu novamente as mãos juntas à frente, fazendo uma enorme bola de fogo cair entre os demônios, para então dançar com as mãos no ar, criando um círculo de energia a sua frente, de onde saíram mais de trinta esferas de energia, que foram contra os demônios de forma certeira, os atravessando e voltando para atingir novamente, até que explodiram uma a uma.

Zhenji desceu, voltando a correr logo ao tocar o chão, deixando vários corpos de demônios estirados pelo chão após sua sequência de ataques. Ela puxou o leque com desenhos de borboletas de entre as vestes ao avistar Sheng, sendo ele sua reserva de energia, recuperando um pouco após tantas técnicas seguidas.

No centro, o exército inimigo não se jogou contra a muralha sem pensar como da última vez. Os demônios menores e esqueletos ficaram na metade do caminho, disparando flechas contra os defensores na muralha, enquanto os monstros atacavam o portão e mortos-vivos atacavam a muralha.

Amen Daiyu arremessou uma estaca de gelo entre os arqueiros inimigos, que se desfez no chão, apenas para criar uma nevasca entre eles, com uma área sendo tomada por vento forte e pequenos pedaços de gelo, congelando alguns deles e ferindo outros devido os pequenos pedaços de gelo serem afiados.

– Eles são muitos!! – Gritou Chow, com, novamente, os mortos-vivos criando um monte de corpos rente a muralha, pelo qual começaram a subir nela.

– Espadas!! – comandou Amen Bai. – Armas de cerco, não parem de disparar!

– Eu protegerei desse lado, você proteja as do outro. – Disse Mailie a Bo Qan, com ela indo para a direita e ele para a esquerda para protegerem as armas de cerco.

Na parte leste, Sheng arregalou os olhos ao ver Zhenji conseguir se aproximar. Ele tentou fugir, mas uma labareda de fogo se ergueu a frente dele, o detendo.

– Ouvi falar que você é bom em invocar animais poderosos. Vamos ver se consegue fazer algo por si próprio! – Ela avançou.

Sheng parou e a encarou. Ele parou com uma mão na altura da barriga e outra na altura da boca, com dois dedos erguidos em cada, fechando os olhos. Uma onda de energia dourada começou a pulsar em torno dele.

Cada passo de Zhenji ficou mais difícil, até que ela parou, quase chegando no general. Seus sentidos começaram a falhar, sentindo um conforto que a fez sorrir de leve, por lembrar de quando era criança e deitava com a cabeça no colo de sua mãe para ela acariciar seus cabelos.

– Você não precisa mais lutar. Durma. Descanse. Deixe para trás a dor e sofrimento que não precisa carregar. Descanse. – Disse Sheng em tom suave.

Vários demônios foram até Zhenji e a atravessaram com suas lanças e espadas, mas ela continuou com o olhar reto e um sorriso de paz, como se não tivesse sentido a dor.

– Eu... – lembrar da mãe, a fez lembrar de como ela a perdeu. Sua mãe foi morta por um praticante de arte demoníaca que fazia parte de um culto obscuro – Eu não vou deixar que vocês tomem o meu mundo. – disse ela, para espanto de Sheng. Zhenji juntou as mãos diante do peito e baixou a cabeça, como se orasse – Arte Sagrada da Luz. penas brancas de pavão se abriram atrás dela, emanando uma a luz tão forte que fez os demônios se afastarem – Agora é com vocês... Obrigado... e adeus... meus companheiros. – Ela estendeu os braços à frente, mas não de forma brusca, mas sim, como uma mãe chamando o filho para o abraço.

As penas brancas se tornaram guerreiros alados de pura energia branca e grandes asas, que saíram dizimando os demônios. Dois desses guerreiros foram contra Sheng, o atravessando diversas vezes até a luz branca emanar de dentro dele, o consumindo de dentro para fora, o destruindo.

Wusun viu suas forças sendo dizimadas pelos guerreiros de luz se apagando aos poucos, que pareciam não sofrer nenhum tipo de ataque. Sem escolha, ele soou a retirada, com os inimigos batendo em retirada do leste.

– Acabou... – Suspirou Mo Zui, cansado.

Jia Ran, tendo o braço esquerdo quebrado, foi até Han Bi estirada no chão. Ele se abaixou ao lado dela e passou os dedos em seu rosto, fechando os olhos da companheira que foi morta. Ele levantou e foi então até Taishi Zhenji, que morreu de joelhos, com um sorriso.

– Descansem, santas. – Disse ao fazer uma oração rápida, voltando para junto de suas tropas.

A batalha foi mais cruel do que a anterior, mas novamente, os defensores conseguiram repelir os demônios, mas as baixas haviam sido altas.

Amen Bai foi direto para seu quarto no segundo andar no interior da muralha após a batalha, onde tirou a armadura e sentou na beirada da cama, limpando sua espada. Amen Daiyu entrou em seguida, sentando ao lado do pai, ficando um momento em silêncio.

– Pai, temo quando os outros generais demoníacos decidirem entrar na batalha. Talvez... não tenhamos força o bastante para os derrotar.

Bai não parou de limpar sua espada.

– A força de alguém está muito além de sua energia, Qi ou nível de cultivo. Do que adianta ter um cultivo alto quando não se sabe nada além. Quanto maior o nível de cultivo, mais avançadas as técnicas, e quanto mais avançadas as técnicas, maior é o desgaste de Qi, quanto maior o desgaste de Qi, mais rápido o cultivador fica sem energia. Por isso os grandes cultivadores escondem suas técnicas mais poderosas, as usando apenas quando realmente necessário. Muitos ignoram o treino em artes marciais, erro fatal.

– Ou seja, ter o cultivo alto é apenas uma vantagem, não torna ninguém indestrutível. É isso que está querendo me dizer?

– Exato. Os demônios podem ser fortes, mas nós também somos. Os únicos a quem devemos temer, que seu cultivo faz real diferença, são os que passaram pela tribulação e receberam o favor dos deuses ou, no caso dos inimigos, do rei do inferno. Eles, que são Imortais perante o tempo ou Deuses perante o mundo, são seres sem igual, de imenso poder. Apenas um Imortal para derrotar um Imortal. Apenas um Deus para derrotar um Deus.

– Mas, tem algo além disso que me incomoda. – Daiyu se jogou para trás na cama, ficando com os braços abertos, encarando o teto de pedra – Aquelas duas bestas divinas que se juntaram a nós. Elas não pareciam tão fortes.

– Eu conversei com a sobrevivente logo após a batalha da noite passada. A besta divina mais forte entre elas, era nível Sábio. Uma águia branca que reinava nos céus e era a guardiã da montanha, protegendo o portão para ninguém tentar abri-lo, como aconteceu.

– Oh, então...

– O portão do inferno foi aberto. Não diga isso a mais ninguém.

– E onde estava essa águia guardiã, que não impediu que o portão fosse aberto?

– Perguntei a mesma coisa, mas fiquei sem respostas. Tudo que sei, é que o poder das bestas divinas se perdeu com o tempo de reclusão em que mantiveram sua força reprimida para não atraírem atenção indesejada. Foi uma faca de dois gumes. Conseguiram ficar indetectadas, mas sua força foi diminuindo de acordo a reprimiam. – Amen Bai terminou de limpar a espada, a guardando – Nunca esqueça. Seu nível de cultivo não faz de você invencível, mas lhe dá uma grande vantagem. Termina a batalha antes de terminar sua energia, ou se verá dependendo de suas artes marciais como um soldado comum.

– Compreendo pai. Então os demônios não são imbatíveis.

– Enquanto o próprio rei do inferno não aparecer, temos chance. – Brincou.

Daiyu deu um sorriso curto, satisfeita com a segurança que o pai lhe passou. Estava precisando reafirmar suas esperanças.

Cidade Kong

Long Mu e Chiaer se apresentavam no centro do grande jardim da mansão de Jun Bei, com vários convidados presentes, sendo a maioria pessoas de alto nível e comerciantes importantes que mantinham a moeda circulando na cidade. A festa, não era para comemorar nada, mas sim para tranquilizar as pessoas devido a debandada em peso dos caçadores que partiram com Liu Hao, deixando a guilda praticamente vazia, com menos de dez caçadores.

Deixo minha casa para trás

Exploro o grande mundo a minha frente

Com coragem vários caminhos trilharei

A lua prateada me guia na noite

O sol rei me aquece quando frio

Saudades de casa não tenho, mas dos bons momentos

Lua e sol, o casal perfeito

Agora acompanham meus passos ao relento

Enquanto corremos por nossas vidas contra o tempo

Lutamos agora pelo que é nosso

Medo não há em nossa causa justa

Nós nunca fugiremos dessa luta

...

– Ela é boa.

– Nunca a vi antes.

– Eu tenho a impressão de já ter visto a que está tocando zheng antes. – Comentavam os convidados entre si.

Liying estava sentada sozinha, degustando um bom vinho. Jun Bei não economizou na quantidade e qualidade da bebida.

– Senhorita Liying, poderia eu lhe fazer companhia?

Ela olhou para o lado, levando um tempo para reconhecer Tao Bohai. Ele estava com roupas novas, o cabelo estava bem penteado e tinha um leque em mãos. Não que ele fosse sujo antes, mas estava com aparência de limpo. Parecendo um jovem mestre.

– Bohai... Ah, pode sentar, claro.

Ele sentou junto a ela, largando o leque e servindo um copo de vinho para ele, com movimentos graciosos.

– Está uma agradável manhã, não?

– Bohai, o que está tentando fazer?

Ele riu, relaxando, dando fim a pose refinada.

– Jun Xiong me "adotou" como discípulo, depois de uma competição de Qi. Ele é forte, mas eu quase o venci.

– Cultivadores e suas competições entre si.

A garota ficou surpresa quando Bohai a acariciou no rosto.

– Você está linda.

Ela corou, mas quando abriu a boca para falar algo, gritaram do outro lado do jardim.

– Bohai! Venha! – Chamou Jun Xiong, já bêbado, para o jovem sentar junto a ele e o irmão que estava dando a festa, Jun Bei.

Bohai levantou e saiu, deixando Liying para trás com vontade de continuar com ele. Ficaram o resto da festa trocando olhares, mas acabaram se desencontrando por ela ter ido embora e ele ter ficado preso na festa devido a Xiong não o deixar ir.

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