Destiny - Shawn Mendes

By acmend3s

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[COMPLETA] [•••] Kayra viajou para o Canadá para começar a fazer um curso de teatro, além de querer fugir da... More

Prologue
Chapter I
Chapter II
Chapter III
Chapter IV
Chapter V
Chapter VI
Chapter VII
Chapter IX
Chapter X
Chapter XI
Chapter XII
Chapter XIII
Chapter XIV
Chapter XV
Chapter XVI
Chapter XVII
Chapter XVIII
Chapter XIX
Chapter XX
Chapter XXI
Chapter XXII
Chapter XXIII
Chapter XXIV
Chapter XXV
Chapter XXVI
Chapter XXVII
Chapter XXVIII
Chapter XXIX
Chapter XXX
Chapter XXXI
Chapter XXXII
Chapter XXXIII
Chapter XXXIV
Chapter XXXV
Chapter XXXVI
Chapter XXXVII
Chapter XXXVIII
Chapter XXXIX
Chapter XL
Chapter XLI
Chapter XLII
Chapter XLIII
Chapter XLIV
Epilogue
SEGUNDA TEMPORADA

Chapter VIII

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By acmend3s

Escutei barulho de algo cair e me remexi na cama, me virei e abri os olhos para ver o que estava acontecendo, Lena estava parada curvada como se fosse pegar algo no chão encarando minha cama, ela ficou me observando como se tivesse com medo da minha reação.

-Bom dia. - Eu murmurei abrindo um sorriso enquanto me sentava me espreguiçando.

-Bom dia? - Ela perguntou meio confusa me encarando. Olhei para a parede cinza e suspirei, minha mente me levou à noite passada e eu abri um sorriso sem perceber. - Tá se sentindo bem, Kay?

-Mais que bem, estou esplêndida. - Praticamente cantei e me levantei indo até ela abraçá-la.

-O que aconteceu no seu jantar com o Philipe ontem? - Senti minha animação sumir por um tempo, eu nem lembrava mais daquele jantar. - Pelo visto não é por esse motivo que você está assim! O que aconteceu?

Abri a boca como se fosse contar a deixando na expectativa, fechei a boca novamente sorri dando de ombros e me tranquei no banheiro. Ela socou a porta para que eu abrisse e eu apenas gargalhei.

-Não tem graça Kayra Sampaio! - Ela disse do outro lado da porta enquanto eu apenas ria. - Você não vai fugir quando nos encontrarmos com Max. Vai contar tudinho!

Fingi que não a estava escutando e me olhei no espelho, eu estava péssima mas ao mesmo tempo radiante. Meus olhos brilhavam como nunca havia brilhado antes, um sorriso idiota estava estampado no meu rosto como se fosse uma tatuagem. Toquei meus lábios e senti o formigamento de ter os lábios do Shawn junto deles, fechei os olhos deixando que minha mente divagasse para algumas horas atrás e automaticamente senti o perfume dele. Levei meu casaco ao meu nariz e o perfume do mesmo ainda estava lá se misturando com o meu, a partir desse momento os nossos perfumes juntos passou a ser o meu perfume favorito.

Me despi devagar e entrei embaixo do chuveiro morno. Eu não fazia ideia do horário, mas decidi fazer tudo calmamente. Quando saí do banheiro Lena já não estava mais no quarto, coloquei minha lingerie, uma calça jeans cós alta, uma blusa soltinha cheia de coração com a manga que ia até um pouco antes do cotovelo, calcei um par de tênis preto qualquer e fiz um coque bagunçado no cabelo, eu não estava afim de penteá-lo mesmo.

Passei uma base para tampar as olheiras profundas e um rímel para elevar os cílios, me olhei no espelho e me achei ótima, se não tivesse ótima ninguém se importa.

Meu celular estava carregando ao lado da cama, o peguei e não tinha nenhuma mensagem do Shawn. Eu resolvi mandar, até porque ele tinha mandado ontem e eu não respondi.

Kayra: Bom diaaaa, como dormiu? Dormi maravilhosamente bem e por incrível que pareça nem reclamei por ter acordado cedo, estranho. Enfim, espero que tenha um ótimo dia, beijos.

Me preparei para bombardeio de perguntas, e saí do quarto bem na hora da primeira aula. Só tinha uma coisa que acalmaria os nervos de Lena e Max, e eu daria o que eles mais queriam.

Entrei na sala e os dois já estavam sentados, eles me encararam e cochicharam para eu ficar nervosa e perguntar sobre o que era, mas me limitei a sorrir e sentar no meio dos dois.

-Bom dia. - Abracei Max que olhou para Lena com um ponto de interrogação estampado no rosto.

-O que deu em você? - Max foi direto ao ponto. - Está sempre de mau humor de manhã e do nada acorda toda feliz. Pode contando.

-Ai, não posso mais acordar de bom humor?! - Perguntei batendo na perna. - Que saco, se continuarem eu nunca mais trato vocês bem de manhã, nem quando eu tiver de bom humor.

-Vamos ser sinceras, amiga, - Lena murmurou baixou para o professor não escutar. - normal não é.

-Que saco, vocês dois hein. Meu Deus.

Virei para frente e prestei atenção no professor que começou a explicar as diferenças entre o cinema e o teatro. Anotei o que eu considerava importante.

Aqui a gente tem aulas práticas e aulas teóricas, geralmente elas vão variando um dia inteiro de aulas práticas e o outro inteiro de aulas teóricas. As aulas teóricas até que davam para suportar, depois das dez da manhã e praticamente quando está dando a hora do almoço porque depois disso estamos livres, mas hoje especialmente tava interessante. Até os professores que eu não suportava estavam conseguindo atrair a minha atenção, no momento ninguém consegue ser mais insuportável que Lena e Max que toda hora jogavam piadinha e davam risadinhas.

Quando as aulas terminaram definitivamente fui ligar para a minha família pelo Skype, eu sempre fazia isso por causa da diferença de horário, aqui ia dar meio dia e no Brasil ia dar três horas da tarde, horário acessível para todos.

Quem atendeu foi o meu irmão, Alexandre.

-Kayra, e aí me conta as novidades. - Dei um sorriso de lado porque as únicas coisas que eu tenho para contar, são as que eu não posso. Se minha família descobrir que eu estou dando um jeito de morar aqui, surtam de vez e se minha mãe descobrir sobre o Shawn ela surta mais ainda achando que eu já dei para ele ou algo do tipo.

-Tenho novidade nenhuma, já conheci vários lugares e vocês sabem disso porque eu já contei. No momento, estou focada mais nas aulas e no trabalho. - Dei de ombros desembaraçando meu cabelo.

-Duvido muito. - Escutei a voz da minha mãe e suspirei.

-Oi, mãe. - Ela apareceu na tela do notebook ao lado do meu irmão e eu deu um sorriso murcho. - Como vocês estão?

-Estamos bem, mas até parece que você se preocupa com a gente. - Revirei os olhos, e meu irmão deu um jeito de se despedir e sair do lado dela.

-É claro que eu me preocupo!

-Você não faz questão de falar comigo e eu sou a sua mãe!

-Eu ligo todos os dias e na maioria das vezes você diz para o meus irmãos dizer que você não está! - Toda vez é a mesma coisa, ela se faz de coitadinha sendo que quem tinha que ser a vítima sou eu. - Eu to tentando viver minha vida, você não poderia ficar feliz por mim?!

-Claro, vivendo sua vida longe da sua família, assim ninguém fica vendo as merdas que você faz né?!

-Eu nunca fui de fazer merda. Você que sempre viu algo que não existia, não importa o que acontecesse eu sempre fui mal vista por você e só por você. - Minha mãe sempre viu o pior que nunca existiu, mas o engraçado é que só ela via. As pessoas diziam que ela tinha sorte por ter um filha calma como eu que quase não saía de casa, não bebia todos os finais de semana e não aparecia com um namorado diferente a cada semana, ela concordava e tudo, mas chegava em casa dizia que eu era tudo de ruim e que ela nem queria que eu tivesse nascido. Uma relação de mãe e filha bem tóxica, mas sempre que ela precisava era eu quem estava lá para carregar os meus problemas e a metade dos dela.

-Eu espero que você esteja focando nos seus estudos mesmo e que não me apareça grávida sem saber quem é o pai, porque eu sei muito bem que você fica saindo com esses seus amigos todos os finais de semana.

-Tá bom, mãe.

-Ah, e não vem pra cá doente não, porque eu não vou cuidar de ninguém. Já tenho seus irmãos que são menores e precisam de mim mais do que você.

-Nunca precisei da senhora, sempre me virei muito bem sozinha. - Senti meus olhos queimar e as lágrimas quererem descer, ela conseguia sugar todos e qualquer vestígio de felicidade de mim. - Já que eu sei que estão todos bem, eu preciso ir.

-Não gosta de ouvir a verdade, né?! - Mordi minha língua para não chorar e não gritar com ela. - Quero você aqui no aniversário da Milena, não me importa como virá.

-Tá bom, mãe. - Repeti dando por encerrado o assunto. - Tchau.

Fechei o notebook com força enquanto sentia as lágrimas descendo pelo meu rosto, eu não entendi porque ela não podia simplesmente se sentir feliz por mim, e tudo era motivo para ela me tratar mal. Me agarrei ao meu travesseiro e coloquei meu rosto no mesmo, tentando não ouvir minha respiração descontrolada e meus soluços constantes fazendo com que tudo saísse abafado, em um ataque de raiva soquei a parede algumas vezes e voltei a chorar descontroladamente.

Não sei quanto tempo fiquei deitada chorando, mas tenho certeza que não foi nem uma hora. Meu celular tocou e eu o atendi sem nem olhar quem era.

-Alô. - Limpei meu rosto e me sentei encostada na parede.

-Kay, tudo bem? - Era a voz de Shawn, e logo depois de escutar a pergunta comecei a chorar novamente. - O que aconteceu?

-Nada, não aconteceu nada. - Soltei um suspiro. - E com você aconteceu alguma coisa?

-Não, claro que não.

-Então, por quê me ligou? - Eu não quis ser grosseira ou algo do tipo, eu só estava surpresa porque ele nunca ligava.

-Não sei também. - Fechei os olhos escutando a voz dele tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. - Do nada me deu uma sensação estranha e eu tive que te ligar, atrapalho?

-Não, nunca. - Funguei um pouco e olhei a hora no relógio, faltavam 15 minutos para o meu expediente começar. - Tenho que ir trabalhar, mas a verdade é que eu queria te ver.

-Posso buscá-la no trabalho, se quiser! - Ele respondeu prontamente e eu sorri fracamente. - Que tal você jantar comigo?

-Ah, Shawn... eu adoraria, mas ainda não quero ser vista com você.

-Então faremos assim, eu te busco e a gente janta no meu apartamento. O que acha?

-No se-seu apar-apartamento? - Gaguejei e ele riu.

-Sim, no meu apar-apartamento, - Fiquei pensando se aquilo seria uma boa ideia. - relaxa, não vou te obrigar a fazer nada que não queira. Assim você pode me contar o motivo de estar chorando.

-Eu não estava chorando!

-Ah, Kayra, eu reconheço a voz chorosa de alguém quando eu escuto. - Fiquei olhando para o nada e mordi o lábio inferior. - Por favor, confia em mim e deixa eu cuidar de você. - A voz dele saiu como um sussurro e eu assenti com a cabeça mesmo ele não me vendo.

-Tudo bem. Eu saio às 6:40 PM. - Quando eu respondi foi super no automático. - Te mando o endereço por mensagem, preciso realmente ir, beijo.

-Tudo bem, beijo e bom trabalho.

Ajeitei meu rosto que estava uma mistura péssima de base e rímel, peguei minhas coisas e saí correndo do quarto, eu iria chegar atrasadíssima e Sophie ia ficar falando no meu ouvido, encontrei Max e Lena conversando com Suzana.

-Oi pessoal, - Murmurei assim que me aproximei. - os dois engraçadinhos podem passar no meu trabalho depois?

-Por que? - Perguntaram em coro.

-Porque eu preciso falar com vocês. - Respondi como se fosse óbvio. - Ótimo, estou atrasada, tchau.

Quando cheguei na loja, Sophie estava atendendo uma cliente e me olhou como se fosse me matar.

-Boa tarde, desculpa a demora. - Eu murmurei passando pelo balcão, eu estava atrasada quarenta minutos.

Ela terminou de atender a mulher, e veio até mim. A loja estava com poucas pessoas.

-Está atrasada! - Ela disse assim que se aproximou de mim, soltei um suspiro.

Até parece que eu não tenho relógio., pensei e fiquei calada.

-Eu sei, desculpe. - A encarei querendo mostrar que estava realmente arrependida. - Não vai mais acontecer.

-Eu espero que não. - Ela soltou um suspiro. - Por que está com o rosto inchado como se tivesse chorado? Estava chorando?

-O quê? Não, cochilei no ônibus, só isso.

-Ah, tá. - Ela continuou meio desconfiada mas não insistiu e voltou ao trabalho.

Lena e Max apareceram quase cinco e meia da tarde, mas eles sabiam que nesse horário a loja ficava mais vazia e Sophie saía para lanchar, o bom era que eu poderia contar a novidade sobre a loja sem que alguém me interrompesse ou Sophie escutasse e surtasse.

Escutei o barulho da porta da frente se abrindo e depois se fechando e levantei meus olhos para os meus dois amigos que adentravam a loja com sorrisos irônicos nos lábios.

-E aí dona felicidade, o que tinha para falar de tão importante? - Max perguntou se sentando em cima do balcão.

-Desce daí, aqui ainda tem câmera, seu abusado.

-Que bipolaridade, - Lena resmungou. - hoje de manhã estava toda sorridente como se tivesse fazendo comercial para pasta de dente e agora virou o Ranzinza da Branca de Neve.

-Ah, combina com você que tal montarmos uma peça e você ser o ranzinza? - Max falou antes que eu pudesse falar qualquer coisa.

-Dá para os dois insuportáveis parar, por favor? - Eu falei alto suficiente para que as clientes que estavam na loja olhar para nós três, dei um sorriso amarelo e me desculpei meio sem jeito. - Não querem saber das novidades, então podem embora.

-Ah, então agora você vai contar o que aconteceu para a sua felicidade repentina?! - Lena perguntou com um pouco de sarcasmo na voz mas pude notar sua curiosidade.

-Mais ou menos. - Eu murmurei tentando fazer suspense e reclamando em seguida porque Lena me deu um beliscão no braço, só pelo fato de eu ser pálida naturalmente aquilo vai ficar uma mancha roxa. Passei a mão pelo braço e xinguei ela na minha cabeça. - Então, é o seguinte...

Contei tudo para ela, da ideia que eu tive de fazer uma surpresa já que eles estavam tão empolgados assim com a loja, da ajuda que eu pedi para Philipe, que nunca estive apaixonada por ele, que eu nunca tive realmente um encontro com ele, da proposta que o mesmo me fez e no fato de eu ter aceitado, menos sobre o Shawn. Isso eu guardei inteiramente para mim, naquele momento.

Nunca vi esses dois mais felizes em toda a minha vida, pularam, dançaram e começaram a planejar tudo ali mesmo como se as coisas simplesmente fossem aparecendo conforme eles iriam falando. Depois de cinco minutos aquilo me irritou.

-Tá bom, gente. Chega, né. - Soltei um suspiro, eles me encarram revirando os olhos mas pararam. - Ele disse que viajaria e que resolveria tudo com a gente quando voltasse.

-Ai tenho tantas ideias! - Max murmurou como se tivesse no paraíso.

-Primeiro nem sabe qual é o tamanho da loja, nem como ela é desenhada e já estão nessa.

-Estamos sendo precavidos, obrigada. - Me deu vontade de dar um soco em Lena, mas me contive.

-Beleza, vocês cuidam de tudo e eu desenho e costuro as roupas, beleza?

-Tudo bem, senhora. - Max fez sinal de sentido e eu revirei os olhos pela bobagem. - Temos que sair para comemorar depois do seu expediente!

-Não! - Falei imediatamente, eles dois me olharam chocados. Respirei fundo encontrando alguma desculpa válida. - Hoje é segunda, amanhã temos aula de manhã! Ninguém quer ir de porre para a aula, né?!

-Podemos nos divertir sem beber. - Max deu de ombros, como se ele fosse conseguir.

-Bom, vão vocês. Eu estou muito cansada, obrigada.

-Tem certeza? - Dessa vez foi Lena, assenti com a cabeça e logo depois de um longo suspiro ela concordou. - Tudo bem então, nos divertiremos por você mais tarde.

-Obrigada. - Nos despedimos e eles se foram alegremente.

Lena é sustentada pelos pais já que é filha única, já a família de Max tem dinheiro o suficiente para manter eles e as duas gerações futuras. Eu sou a amiga pobre dos dois, e eu amo o fato deles não se importarem com isso.

Conforme os segundos iam passando, eu ia ficando cada vez mais ansiosa para encontrar o Shawn. Sinceramente, eu nem sabia se meu coração iria aguentar até a hora do meu horário de saída de tão nervosa que eu estou. Nos beijamos ontem, trocamos carinhos inocentes e foi apenas isso, não estamos em um relacionamento, eu acho. Se estivéssemos acho que ele me falaria, ou por ser mais antiquado, certeza que me pediria em namoro.

Quanto mais eu queria que a hora passasse, mais ela demorava me deixando com raiva. Parecia que eu não ia sair nunca daquele lugar, decidi me manter ocupada até dar a hora de ir embora.

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