Olá queridos!!!
Antes de conferir o capítulo, deixo-vos uma grande novidade: "Debilitado" pode ser adquirido DE GRAÇA até amanhã (17/07/2017) pela Amazon em e-book. Além de ter a bela história do livro 1 para sempre, ainda poderão conferir uma versão inédita e exclusiva com o irmão mais velho tão comentado por Adriel - o Maciel.
Enquanto estão lendo este capítulo, acionem o vídeo que está no topo da página!
Excelente leitura!!!
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Opressivo diário: Eu não preciso mais de você. Eu quero e anseio apenas por ele!
Não esbarrei com o meu pai, mas ele me deixara um aviso na porta do meu quarto, pelo lado de fora. Por certo, ele percebera que eu havia lido a carta enviada por minha mãe e disse que estaria disposto a falar comigo a qualquer momento. Ele me vira dormindo e não quis me acordar. Sorri ao ler. Eu sabia que sempre podia contar com o meu pai... Eu não conseguiria julga-lo por mim mesma.
Peguei uma maçã na cozinha e saí por lá mesmo. Eu quase não havia comido naquele dia, fora o ensopado de abóbora que o Natiel me fez de manhã... Ele era tão maravilhoso! Como eu podia tê-lo esquecido, ainda que de forma não consciente? Como pude deixar o cansaço me tomar quando eu sempre ansiei por viver o que estava vivendo? Não era tempo para sonhar mais... Também não era tempo para incertezas. Eu precisava tomar as rédeas da minha vida e, com firmeza, partir para as decisões que, por certo, me mudariam por completo.
Enquanto caminhava de forma apressada, tentei lhe ligar, mas ele não atendia. Liguei então para a Estela. Será que ela estava no clube também? De súbito me lembrei da indiscrição que eu havia cometido na conversa com o Adriel, no dia anterior. Eu precisava falar com ela urgentemente.
***
O Czar estava lotado como sempre naquele horário. Mesmo sendo terça-feira, não havia dia ou tempo ruim para aquele lugar. Ele era mágico, intenso, enigmático, atraia como um imã, inebriante... Era como o Natiel para mim. Por assim ser, não era o clube que me atraia ou mesmo me importava, então me desviei de qualquer distração e fui em busca do que realmente me arrebatava. Minha visão ainda estava tentando se acostumar com todas as luzes, quando consegui me direcionar ao Sérgio, o atendente que me ligara.
– Onde ele está?
Não vou negar que eu temia, e muito, encontra-lo como da outra vez... ou seja, com outra! Aquilo, por certo, me desestruturaria por completo e acredito que, desta vez, não seria remediável. Mas, eu precisava dele como sempre precisei... Minto! Precisava a cada instante mais.
Sério como sempre, ou talvez até mais, e sem me falar nada, Sérgio me apontou para a outra ponta do balcão. Estranhei sua atitude fechada, mas eu não tinha tempo para sondá-lo. Natiel era muito e o mais importante! Fui o mais rápido que pude e quase não acreditei no que estava presenciando.
– Natiel? O que você está fazendo?
Com dificuldade e semi-cerrando os olhos, se voltou para mim e cantarolou:
– Por que você me deixou?
– Você está bebendo?! – Gritei, me aproximando. Havia alguns copos de bebida próximos dele e pude sentir, mesmo à distância, o cheiro. – O que está acontecendo com você?
Cambaleante ele se inclinou para mim e se apoiou em meus ombros. Pouco seguro voltou a cantarolar:
– Eu não sei o que fazer para não te perder.
Com a aproximação pude sentir seu hálito. Eu nunca vira o Natiel embriagado... Na verdade, poucas vezes o vi beber.
– Do que você está falando? – Segurei-o pela cintura, para que não caísse do banco, mas desviei um pouco meu rosto do dele.
– Você me abandonou, oras – falou, um pouco mais alto, com fala ébria e se empertigou, se desviando de mim e voltando a atenção para a frente do balcão. Apoiou os braços sobre a mesa e continuou: – Você me deixou hoje de manhã, não me atendeu à tarde, não veio se encontrar comigo como combinamos... Eu fui abandonado!
Parecia falar como se eu nem estivesse ali. Boquiaberta, sentando ao seu lado, falei-lhe:
– Eu estou aqui Natiel. Eu jamais te abandonaria...
– Mentirosa – contestou-me, olhando para mim ainda inseguro. – Você fez isso uma vez e vai fazer de novo.
Abri a boca para falar, mas me segurei. Seria verdade? A minha ida no passado o havia afetado tanto assim? Natiel havia lido o diário opressivo, compartilhava de minhas inseguranças, de minhas mágoas, mas parecia não fazer ideia do profundo amor que eu sempre nutri por ele. Por que ele estava tão inseguro quanto a nós? De qualquer maneira, eu não poderia discutir com ele naquele estado.
– Natiel? – O chamei.
Ele se virou para mim parecendo emburrado. Sorri e perguntei:
– Vamos para a minha casa?
Parecia em dúvida, curioso talvez... Então acrescentei:
– Você está precisando de um banho frio.
Ele sorriu animado com a ideia e se inclinou para sair do banco, quando o interpelei rindo:
– Acalme-se, deixe que eu ajude você!
Natiel alargou o sorriso e permitiu ser abraçado por mim. Acho que eu deveria me zangar com ele, mas o que posso fazer se não consigo? Eu o amo tanto!
***
– Ah, isso foi terrível – murmurou, enquanto enxugava os cabelos com uma toalha. Eu queria fazer aquilo, mas não era o momento...
– Já está sóbrio? – O provoquei, perguntando alto.
Natiel fez uma careta levando as mãos as têmporas e falou, ainda baixo:
– Não precisa gritar, eu estou bem. Mas, não vou negar que já estive melhor.
Estávamos no meu quarto. Eu estava sentada na cadeira próxima à mesa de trabalho e ele se sentou na minha cama. Eu havia lhe arranjado algumas roupas do meu pai que quase lhe eram sob medida, mas não eram muito do seu estilo. No entanto ele parecia cada vez mais bonito aos meus olhos. Ainda sem me fitar, e com a cabeça um pouco baixa, Natiel falou incomodado:
– Precisava ser banho frio mesmo? Ainda se você tivesse entrado comigo...
Pigarreei e comecei a questioná-lo, tentando não me deixar atrair tão logo pelas suas provocações:
– O que foi tudo isso, Natiel?
Ele se voltou para mim, apoiando a toalha sobre a cama. Deslizou os dedos pelos cabelos, como para traçar uma saída. Engoli seco e cruzei as pernas. Eu precisava me concentrar! Disse:
– Eu sou um tolo, eu sei... Tenho medo de não ser suficiente para você.
Inclinei-me atordoada e indaguei irritada:
– Como pode pensar isso? Sou eu quem sempre teve motivos para desconfiar de você.
Ele me olhou sobressaltado, suspirou e falou:
– Por isso posso não lhe ser o suficiente.
Senti meu coração congelar.
– Você.. pretende me deixar? – Perguntei hesitante.
– Eu não farei isso – pareceu dizer mais para si mesmo. Porém, voltou a me fitar e acrescentou: – Eu sempre soube que, a partir do momento em que eu me envolvesse com e por você, eu não conseguiria voltar atrás e isso me faz seu dependente. Tinha medo de me envolver, agora tenho medo de te perder.
Fiquei mais estarrecida. Não parecia certo, mas ainda assim, era a melhor coisa que eu já havia ouvido. Natiel olhou para mim triste e falou hesitante:
– Quando você não respondeu minhas ligações eu pensei que... Você não quer mais saber de mim?
Aproximei-me dele, sentando ao seu lado, me inclinando para ele, peguei em sua mão e falei:
– Eu jamais faria isso. Eu te amo Natiel e tudo o que eu mais quero é não mais me afastar de você. Por favor, tenha certeza disso.
Levei a mão dele em direção ao meu peito, lhe permitindo perceber o que sua presença sempre causou em meu coração e não apenas nele. Todos os meus sentidos gritavam por ele. Sussurrando lhe perguntei quase implorando:
– Você promete não me deixar? Nem mesmo por outra mulher?
Natiel sorriu e acompanhou o tom:
– Sem dúvida. Você é a única que eu quero e preciso.
Aproximou-me mais de si com vigor e me envolveu os lábios com os seus. Eu precisava amá-lo e senti-lo dentro de mim como se minha vida dependesse disso.
Eu estava disposta a abandonar todos os receios para viver o meu grande amor. O que o futuro nos reserva ficará a cargo exclusivamente dele. Eu não precisava da astrologia ou qualquer outro para me guiar... Eu tinha ele e ele tinha a mim e isso era o que importava.
Natiel me deitou na cama, ainda sem separar os lábios dos meus e se pôs sobre mim. Eu estava pronta para recebe-lo outra vez e jamais o rejeitaria. Eu o amava com toda a minha alma e meu corpo.
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Misericódia! Assim o coração não aguenta!!! Próximo capítulo será narrado pela Estela e, enfim, saberemos o que tanto ela esconde e o que o Adriel pretende fazer! Será que Jadir contou tudo a ele? Será que a Estela se tocou que ele sabe? E quanto ao Natiel e a Natalie? Vão ajustar os exacerbados ciúmes e partir para o "felizes para sempre"? E o que Natiel escreveu no diário? E o que... Ah, vamos conferir em breve tudo mesmo, então até logo!
Obrigada por todos os votos, comentários, leituras e... Vocês são demais lindos leitores!!! <3
Música do capítulo: "Slow,love, slow" – Nightwish (Cover By Per Frederik "Pellek" "Ãsly")