ღ Perigosa Atração

By Lindsayvatz

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Luciana Hamilton, filha do poderoso duque de Westwick, era a favorita do papai e por isso sempre foi mantida... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Agradecimentos

Capítulo 48

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By Lindsayvatz

- O quê? - questionei, piscando algumas vezes para voltar meu foco para a realidade. 

- Vê algo que goste? - repetiu, agora seus lábios estavam voltando-se para cima, em um sorriso divertido. 

- Não, claro que não - bufei e desviei o olhar. Ele deu um passo em minha direção e meus nervos ficaram em frangalhos, me fazendo dar um passo atrás por precaução. 

- E posso perguntar - ele começou, suas mãos ajustando a toalha melhor em sua cintura, atraindo meu olhar como um inseto é atraído por uma flor chamativa. Merda - por que estava me observando?

- É... e-eu... - gaguejei sem saber o que dizer, afinal, eu tinha sido pega. Foi quando o barulho de plantas soou e direcionamos nossos olhares para o grupo de garotas em pé. Todos arregalaram os olhos quando notaram a atenção dele nelas e permaneceram imóveis. 

- E vejo que não era minha única platéia - ele falou, virou-se para as mulheres em pé logo ali do lado e eu poderia apostar que ele proporcionou-lhes seu mais maravilhoso sorriso. O sorriso derretedor de calcinhas. E de repente houve uma gritaria, uma agitação, uma correria e logo estávamos apenas eu e William, parados, olhando para o que havia sobrado da agitação. Um belo nada. 

- O que exatamente foi aquilo? - William perguntou depois de um minuto.

- Em minha defesa, elas me arrastaram até aqui para ver... - calei e senti minhas bochechas corarem de novo. Que droga, eu nunca fui de corar assim. 

- Para ver-me tomando banho - ele terminou e eu assenti - bem, John não estava brincando quando disse que eram curiosos. 

- Você não faz ideia - eu disse rindo - estavam eufóricas, uma até desmaiou.

- Nossa - ele fez uma cara pensativa, uma mão no queixo - talvez eu devesse faze-las uma visita. 

- Para que? - perguntei abruptamente. 

- Para conhecê-las. Algumas são bonitas e, definitivamente, gostaram do meu corpo - ele deu de ombros - eu nunca fiquei com uma índia antes. 

Eu estava literalmente com o queixo caído. Ele realmente estava pensando em seduzi-las?

- São mulheres inocentes, apenas ficaram curiosas em ver um corpo diferente dos que tem aqui - falei, atônita. Ele desenrolou a toalha de sua cintura, virando-se de costas para mim e eu tive uma ótima visão do seu traseiro nu. Caramba, onde estava o pudor desse homem? E onde estava o meu, afinal? Eu não conseguia desgrudar meus olhos de suas costas largas e sua bunda rígida e definida, como o resto de seu corpo. 

 - Talvez elas tenham curiosidade de tocar também - ele disse vestindo uma cueca boxer que estava por cima das roupas limpas que ele havia trazido. 

- Tocar o quê? - perguntei, praticamente salivando pela visão dele. 

- Meu corpo, ora.

- Não acho que seja uma boa ideia - resmunguei e nem notei quando ele estava na minha frente, sua respiração em minha bochecha e sua boca perto da minha orelha. 

- E por que não? 

- Porque... - meus olhos fecharam-se pela proximidade e eu engoli com dificuldade. 

- Talvez você queira fazer isso - ele sussurrou e pegou o lóbulo da minha orelha em seus lábios, fazendo com que meu corpo traidor tremesse de prazer. 

- Fazer o que? - murmurei. Ouvi sua risada baixa em meu pescoço e um suspiro escapou dos meus lábios. 

- Tocar-me - falou e, instintivamente, minhas mãos se ergueram, mas antes que meus dedos tocassem seu peito rígido, as abaixei aos flancos e me afastei dele. 

- É melhor eu ir - falei e passei por ele, mas senti sua mão enorme rodeando meus pulsos. 

- Venha comigo - William pediu.

- Para onde?

- Eu não posso ficar mais, vou voltar para a casa de minha mãe - o desejo de ir viajar com ele, ver Júlia, Ana e a mãe de Will, tomou conta do meu corpo. Mas eu sabia que estava me iludindo, nada aconteceria entre nós. Mas a tentação era enorme. 

- Eu não sei - falei engasgado. 

- É por causa dele, não é? - perguntou em um fio de voz. Ah, se ele soubesse. Eu realmente gostava de John, nos dávamos bem, mas... eu estava apaixonada por esse infeliz, que já tinha me feito tanto mal. 

- Talvez - resmunguei, tirei o braço de seu aperto e sai dali. 

WILLIAM

Talvez. Talvez? Lucy estava gostando do maldito homem que aterrissou em uma ilha cheia de índios, sem fazer a mínima ideia de como voltar para casa? Só de imaginar uma resposta afirmativa, já causava uma espécie de úlcera em meu estômago. Voltei para a tenda onde eu acordei aquela mesma manhã apenas quando já estava escuro. Pássaros gorjeavam incessantemente e juntavam-se à cantoria com grilos, localizados por todos os lados onde eu passava. 

Eu sempre me senti como um pardal, adorava a cidade e detestava ficar mais de um dia no meio do mato, a menos que fosse muito, muito, MUITO necessário. E agora aqui estava eu, envolto por verde em todos os lugares em que eu virasse minha cabeça. Árvores dos lados, mato sob meus pés, as copas esverdeadas cobriam o céu. Porra, eu já estava cansado de tanto verde e era meu primeiro dia, pelo menos acordado. E eu esperava que fosse o último. Mas no meu subconsciente, eu não queria deixar Lucy aqui, sem expectativas de volta para casa e presa para sempre nesse lugar com coordenadas duvidosas. Acho que essa ilha nem constava em um mapa. 

Estava próximo do conjunto de tendas e enquanto eu caminhava para onde minhas coisas estavam senti os olhares em mim. Continuei caminhando sem dar nenhuma moral quando um bando de mulheres surgiram na minha frente, como se fossem animais selvagens e eu sua presa. Elas falavam rapidamente e em uma idioma que eu não entendia bulhufas, algumas davam risadinhas e outras arriscavam tocar em meu peito nu ou minhas costas. 

- Meninas, acalmem-se - eu tentava falar e me afastar, mas eu estava encurralado - caramba - murmurei.

- Eu disse que eram curiosas - John disse com uma risada em sua voz, disse algo para elas em seu idioma de origem e elas se dispersaram, algumas continuavam rindo, outras reclamavam, pelo menos era o que eu achava pelo tom de voz delas. 

- Curiosas? Eu sou curioso, elas são... - não achava um adjetivo adequado. 

- Sufocantes - ele terminou para mim e eu assenti com a cabeça enquanto caminhávamos para sua tenda. Ele passou na minha frente, arrumou algo em sua mesa e meus olhos bateram na ruiva sentada em uma cadeira bem próximo dali. John apenas sorriu para ela, se inclinou e beijou-lhe os lábios. 

Se havia uma coisa que minha mãe havia me ensinado desde pequeno foi a nunca ser uma pessoa ingrata ou mal agradecida. John me ajudou quando eu precisava, eu estava agradecido por isso, e esse foi o único motivo que me impediu de esmurra-lo até que perdesse a consciência ou ficasse irreconhecível. Entretanto, tinha uma chance de que eu esquecesse os bons modos que ainda me restavam, depois de tantos anos em um navio com um bando de piratas e meu pai, e fizesse isso de qualquer jeito se ele não a soltasse. 

Pigarreei, chamando a atenção de ambos e Lucy arregalou os olhos como pratos quando colocou seus olhos sobre mim. E se eu fosse sincero comigo mesmo, não era a única coisa que eu gostaria que ela colocasse sobre mim.

- Agradeço de verdade pelo que fizeram por mim, mas eu tenho que ir - anunciei, tentando contrair o desgosto que eu estava sentindo, mas não pude impedir que saísse sem emoção alguma.

- Não pode - Lucy praticamente gritou, pondo-se de pé e atraindo dois olhares de surpresa em sua direção - é que está de noite - titubeou e mordeu o lábio em nervosismo. 

- Emociona-me sua preocupação, mas estou acostumado a viajar à noite - respondi tranquilamente. 

- Fique mais essa noite e parta amanhã - indicou John. 

- Por favor - sussurrou Lucy, seus olhos azuis suplicantes e eu me odiei por ser tão fraco em relação à ela. 

- Tudo bem - murmurei em um suspiro. 

- Quer que arrumemos um lugar para você? - o homem perguntou e eu neguei com a cabeça.

- Irei dormir no navio. Boa noite à vocês - acenei com a cabeça e me virei, saindo da tenda. Logo alguém me segurou pelo cotovelo, obrigando-me a virar. Era Luciana, a mulher que estava me pondo louco e nem sabia. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo comigo. Era só uma mulher, caramba. 

- Você não vai agora, não é? - ela perguntou ainda com desconfiança.

- Não - respondi seriamente - irei esperar. 

- Esperar o quê? - perguntou franzindo o cenho. 

- Você tem até 07:00 a.m. para decidir se vai querer ir comigo e alcançar o navio - falei - após isso, já terei ido. 

Me virei, não podendo encara-la por mais tempo, ou acabarei fazendo alguma besteira. 

LUCIANA

- Sabe, amanhã nós podemos dar um mergulho na praia, faz tempo que não fazemos isso e depois... - John divagava enquanto eu não conseguia tirar William dos meus pensamentos. 

Ele ia embora e não pensaria duas vezes antes de me deixar para trás, mas eu não queria ficar mais sem nenhuma expectativa para o futuro, nenhuma ideia de como voltar para casa quando eu quisesse. E por que eu estava hesitando? Não era para isso que eu estava vigiando navios ou objetos voadores? Para ir embora? Eu tinha certeza que eu iria embora até mesmo com E.T's se eles nos dignasse com suas presenças.

Mas agora, eu havia conhecido melhor John e eu me importava com ele. Não obstante, eu não queria iludi-lo com sentimentos que eu não sentia, pelo menos não por ele. Ai, droga. Por que a vida tinha que ser tão complicada? John continuava falando da cadeira ao meu lado, virei-me para encara-lo e ergui uma mão para interrompe-lo.

- John - falei e ele se calou - eu tenho que ir embora. 

- Embora? - ele perguntou franzindo o cenho.

- Sim, vou aproveitar para pegar uma carona - cuspi as palavras e desviei o olhar sem poder encara-lo. 

Um silêncio sepulcral invadiu o ambiente e, como sempre, eu começava a me sentir desconfortável. Não podendo aguentar mais, voltei meu olhar para ele. John estava encarando suas mãos, brincando com os dedos que estavam sobre a mesa; mordi o lábio e esperei para que ele dissesse algo, mas manteve-se calado.

- Você poderia vir conosco - sussurrei, finalmente, colocando minha mão sobre as suas. 

- Eu não posso - ele disse sem me olhar.

- E por que não? Você já fez o que queria há muito tempo, não acha que está na hora de passar para outra? 

- Eles precisam de mim. Há coisas que apenas eu sei, que aprendi pelo mundo afora. Logo poderei ensina-los tudo e partir. 

- E se você nunca conseguir voltar? - perguntei sem conseguir esconder a tristeza da minha voz. Ele ergueu o olhar e colocou uma mão no meu rosto.

- Por que não pode ficar comigo? - perguntou carinhosamente.

- Aqui não é meu lugar, John, sabe disso. Eu não posso ficar aqui para sempre - retribui o carinho passando meus dedos em seus cabelos.

- Eu entendo - respondeu com um suspiro. 

- Mas você pode vir me visitar quando sair daqui - tentei amenizar as coisas com um sorriso - você se tornou um bom amigo, John.

 - Faço das suas palavras as minhas, apesar que para mim você se tornou mais do que isso - ele se inclinou e selou nossos lábios por um breve momento. O clima ficou tenso novamente e eu fechei os olhos. John deve ter notado, pois disse com um sorriso - não estará casada quando eu aparecer por lá, não é? Afinal, você tem um noivo te esperando. Eu ri e neguei com a cabeça.

- Não, pelo menos não com aquele idiota que está fazendo o papel de meu noivo - fiz uma careta com a ideia e ele me imitou. Logo ficou sério e me olhou por um tempo.

- Você gosta é dele, não é? 

- O quê? - perguntei sem entender.

- William, você gosta dele - não foi uma pergunta, abri a boca para dizer o contrário mas ele foi mais rápido - não negue, eu vi como olha para ele e como ficou preocupada enquanto ele estava inconsciente - fiquei em silêncio, sem saber o que dizer. Ele esticou a mão e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. 

- Sabe que ele não é para você, não sabe? - perguntou. Eu sabia, mas o que eu poderia fazer? Simplesmente esquece-lo? Nem se eu tirasse meu cérebro da cabeça e forçasse isso. 

 - Sim, eu sei - respondi mordendo o lábio para evitar que eu fizesse alguma idiotice, como chorar. John não disse mais nada, apenas rodeou meus ombros com um braço e me puxou para encostar em seu peito. 

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