ღ Perigosa Atração

By Lindsayvatz

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Luciana Hamilton, filha do poderoso duque de Westwick, era a favorita do papai e por isso sempre foi mantida... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Agradecimentos

Capítulo 19

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By Lindsayvatz

WILLIAM

Quatro meses. Quatro longos meses eu a procurei. Fiquei para trás em Londres para encontrar Luciana, a busquei em cada esquina da cidade, compareci em cada festa que eu ouvia falar e nada, era como se ela tivesse desaparecido do mapa. Teria ido embora? Fugido ou apenas morava em outra cidade? E após cada busca malograda, eu ia até a casa de Emily e transava com ela para liberar a minha frustração.

Mas então os dias foram passando e minhas esperanças reduziram-se a quase nada, até que eu suspirei e joguei a toalha, indo para a Itália encontrar meu pai e seus tripulantes. Agora eu estava na cabine do meu pai, sentado em sua cadeira, os pés cruzados na mesa de madeira na minha frente, enquanto eu rodava o vinho na taça que estava em minhas mãos.

- William, por que demorou tanto em Londres? - meu pai perguntou e sentou-se na cama.

- Tinha planos - dei de ombros.

- E eu posso saber quais eram? - ele arqueou uma sobrancelha.

- Apenas estava atrás de uma mulher - sua cara e o sorriso malicioso que surgiu em seus lábios, obrigou-me a acrescentar - porém, não a encontrei. Orion Drake levantou-se da cama e aproximou-se, dando leves batidas em meu ombro.

- Acalme-se meu filho, pode ter a garota que quiser e sabe disso. Puxou o papai - ele disse rindo e eu apenas sorri. Bem, eu não concordava com essa segunda parte de sua sentença, mas preferi não dizer-lhe isso - e se estiver necessitando, pode ficar com a garota que está lá em baixo - sussurrou em meu ouvido como se estivesse contando o maior dos segredos. Permaneci calado, não era do meu feitio aproveitar-me de garotas que não queria isso, dava apenas trabalho.

- Entretanto - continuou meu pai - acho que já está na hora de casar-se.

- Estás louco - murmurei e franzi o cenho.

- Não, não estou - porra, o velho ouvia tudo - não está ficando mais novo, William.

- Se quer um neto - comecei, colocando-me de pé e andando na cabine, bebericando o vinho - para isso tem Julian.

- Sei que não sossegará mesmo depois de casado e não o culpo, mulheres são tentadoras - disse sentando-se na cadeira onde eu havia acabado de deixar vazia - mas tem que fazê-lo. Até eu fiz isso. Se não o fizer, eu arrumarei uma para você e sabe que não será difícil, não é?

Abri a boca para protestar, mas ele ergueu um dedo.

- Não ouse me contradizer, William.

- Acha que estamos em que século? Notícia relâmpago pai: não pode me obrigar a casar - anunciei e sai dali, precisava dar uma volta antes que todos me colocassem louco.

LUCIANA

- Hoje virá conosco - anunciou alguém atrás de mim.

- O quê? - perguntei arregalando os olhos.

- Foi o que ouviu, virá conosco - Stefan disse com um sorriso enviesado - prepare-se, será um saque e tanto.

- Oh céus - falei cobrindo a boca com a mão - mas eu sempre fico no navio.

- Sim, mas hoje precisamos de reforços - deu de ombros e eu queria gemer de desânimo - anime-se, minha querida, isso não será o fim do mundo. E você já deveria estar acostumada.

Bem, não sei se contei mas Stefan me prensou na parede e pediu-me, na verdade exigiu, a verdade. Malditos piratas, por que tinham que ser tão bons observadores? Claro que eles deviam estar sempre atentos, afinal eram ladrões e não poderiam ser pegos. Mas aprendi a minha lição, nada de ficar muito perto deles e isso estava valendo até mesmo para William, do qual eu me escondia mas sempre acompanhava seus passos. Não conseguia evitar, era mais forte que eu. Julian estava ainda mais próximo de mim, porém eu não podia me ajudar, William conquistava toda a minha atenção.

Às vezes, me pegava observando-o de longe e a única coisa que eu queria era pular nele como uma leoa faminta, sentir seu gosto em minha boca e rasgar-lhe as roupas para ver o que havia oculto por elas.

- Lucy, Lucy - Stefan deu-me uma cotovelada na costela.

- Ai - reclamei passando a mão no lugar e o olhei, sua cara denunciava que ele estava me chamando a um bom tempo.

- Quer parar de viajar e prestar atenção - ralhou e eu apenas assenti - preste atenção, fique perto de mim e se precisar correr, eu direi. Fique atenta - balancei a cabeça novamente e ele partiu.

Logo a noite caiu e estávamos dentro da mansão Redmore, o lar de um dos homens mais influentes da Itália. Alguns dos gatunos já haviam passada furtivamente pela segurança e não pude deixar de pensar como conseguiam fazer isso; claro que se não fossem os melhores não teriam a fama que tem e nem seriam os mais procurados por todos os lugares. Em que encrenca eu havia me metido.

De repente, parecia que um cano de homens havia estourado e todos resolveram correr em minha direção.

- Ei, parados - escutei e quando olhei para onde vinha a voz, uma luz me cegou e não demorou um homem uniformizado estava se aproximando de mim. Ai meleca, a polícia. Coloquei quente em meus calcanhares, mas não demorou para que uma mão me puxasse para trás pelo colarinho. Droga, eu nunca fui uma boa corredora.

- Te peguei - ele me virou e eu estava com os olhos tão arregalados que quase saltaram pelas órbitas e senti minhas pernas começarem a tremer. O que eu faria para escapar dessa? Eu poderia implorar para que não me prendesse, ou eu poderia contar uma história comovente e me debruçar em lágrimas de crocodilos. Ou eu poderia...

- Você vai para o xadrez, meu amigo, e cada um dos seus companheiros também - ele disse com um sorriso triunfante. Ele estava tão perto - Capturei um - ele gritou olhando para trás do seu ombro e antes que eu pudesse pensar mais, dei-lhe uma joelhada na virilha o mais forte que consegui, o homem caiu no chão soltando um longo uivo de dor e essa foi minha chance. Pernas para que te quero.

Cheguei no navio com o oxigênio ausente e meus pulmões doíam.

- Falei para prestar atenção em mim - Stefan gritou, enfurecido.

- Desculpe-me - acho que foi o que eu disse, pelo menos era o que eu pretendia dizer, mas estava tão difícil respirar que falar parecia impossível. Escutei um barulho vindo sob meus pés e lembrei-me que havia uma nova garota ali em baixo, eu sempre as alimentava quando todos estavam dormindo, porém nunca mais soltei nenhuma delas. Não queria mais nenhuma morte por minha culpa. Não demorou os homens chegaram com um sorriso resplandecente e uma sacola preta com joias valiosas a enchendo.

Todos estavam dormindo e como a boa samaritana que eu era, arrastei-me para fora da cama, arrumei um prato de comida e desci. Os olhos da garota mudaram quando viu que era eu, de terror começaram a brilhar e logo ela pulou no prato e o devorou em apenas alguns minutos.

E enquanto isso eu estava ali, parada, pensando no que havia se tornado minha vida. Estava viajando, como eu sempre quis, mas com um bando de saqueadores beberrões e pervertidos, ajudando-os a furtar homens poderosos e... eu bati em um policial hoje. UM POLICIAL, PELO AMOR DE DEUS. Tinha como piorar?

Olhei para frente e agachei-me para pegar o prato, quando a moça arregalou os olhos e arrastou-se para longe, encolhendo-se em um canto escuro da cela.

- O que diabos está fazendo aqui? - uma voz severa ecoou atrás de mim e eu pulei em pé pelo susto. Orion Drake. E então ai estava a minha resposta, tinha como piorar sim.

- E-eu... - gaguejei, mas as palavras me fugiam, era como se eu não conhecia nenhuma. Esse homem amedrontava-me até o fundo de minha alma. Sob toda aquela mata atlântica de pelos que ele tinha na cara havia uma carranca profunda, ele baixou os olhos até o prato em minhas mãos e eu engoli em seco. Droga.

- Estava alimentando-a? Quem lhe permitiu isso? - rosnou e sua palma fechou em meu cotovelo, puxando-me para fora e sua mão estava tão firme que eu apostaria que deixaria um hematoma. Quando estávamos do lado de fora, o homem me jogou no chão e para meu desespero meu chapéu caiu. Minha respiração ficou suspensa.

WILLIAM

Havíamos zarpado na manhã seguinte ao roubo e agora éramos, novamente, uma agulha em um palheiro. Um pequeno barquinho de papel comparando-se com a imensidão azul. Ainda estava deitado quando uma batida leve soou do outro lado da porta.

- Adiante - gritei e Julian colocou a cabeça.

- Pai está te chamando - falou sucintamente e antes que eu pudesse abrir a boca para dizer algo, ele já havia ido. Levantei-me, me vesti e em alguns minutos estava batendo na porta da cabine contíguo.

- O que quer? - perguntei, jogando-me em uma poltrona que ali havia. Orion meu olhou e as comissuras de seus lábios ergueram-se.

- Confio em você, meu filho, e vim para pedir que vigie a nova moça que está lá em baixo - disse calmamente e sentou-se em sua cadeira giratória atrás da mesa.

- E por que não cuida o senhor mesmo, como sempre?

- Por que não me disse que havia uma garota disfarçada no navio? - ele perguntou, ignorando a minha.

- O quê? - arqueei uma sobrancelha.

- Havia uma mulher no navio e é muito formosa, não quero que escape, tenho planos para nós - falou com um sorriso lascivo - nós, quero dizer eu e ela.

- Então cuide dela o senhor mesmo - falei e já saia do lugar.

- Não posso, tenho coisas para fazer. Vá agora e fique de olho nela - bufei e sai. Ele arrumava essas mulheres e eu era quem tinha que vigia-las.

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