O Ceifador de Anjos: A Coleçã...

By JulieteVasconcelos

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Vincent Hughes é para Donna o homem perfeito, e para as suas vítimas, ele é o Ceifador de Anjos, o serial kil... More

Seja bem-vindo!
A TRILOGIA
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 1.1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 3.1
Capítulo 4
Capítulo 4.1
Capítulo 5
Capítulo 5.1
Capítulo 5.2
Capítulo 5.3
Capítulo 5.5
Capítulo 6
Capítulo 6.1
Capítulo 7
Capítulo 7.1
Capítulo 8
Capítulo 8.1
Capítulo 9
Capítulo 10
Extras
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Capítulo 5.4

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By JulieteVasconcelos

Christopher e Ramona teriam um longo trabalho pela frente. Precisavam ir ao hospital entrevistar Samuel e posteriormente a família da vítima. A presença dos jornalistas no perímetro dava-lhes a certeza de que seriam pressionados nesse caso, isso sem contar que alguns detalhes seriam expostos, prejudicando a investigação. Já não havia o que fazer quanto a isso, afinal, chegaram bem depois deles.

Entre os detalhes que iam discutindo, se demoraram mais nos possíveis significados da escarificação, pois concordavam que de todas as estranhezas daquela tragédia, aquela marca "Mt 13 39" era a mais curiosa, mas não chegaram à nenhuma conclusão.

Antes que chegassem ao hospital, o celular de Christopher tocou, Ramona atendeu ligando o viva voz:

— Ainda na floresta? — perguntou o capitão logo que foi atendido.

— Estamos indo para o hospital, mais vinte minutos chegamos — respondeu o detetive.

— Cheguem em dez. Samuel Murray já está ciente do que aconteceu com a namorada, soube pela televisão. Os pais dela também já sabem, estão aqui no departamento, Ralph e Timothy estão recolhendo os seus depoimentos, mas quero que vocês conversem com eles também — disse Jeremy, desligando em seguida.

Christopher acelerou.

Vincent acordou cedo, pois combinou com a namorada de que passariam o sábado juntos, a começar pelo café da manhã, que ele preparou antes mesmo dela chegar,que foi logo, pois ansiava por mais um dia agradável ao lado do namorado.

Eles também haviam programado um almoço na casa dele, para o qual convidaram a melhor amiga do casal, Adelle Potts Mercer, de forma que Donna ficou de ajudar o namorado a preparar o almoço para a amiga.

Ao chegar, Donna encontrou mesa posta, como sempre muito bem arrumada e abundante, tudo bastante apetitoso. Não se demoraram tomando café, pois Vincent mostrou urgência em tirar o vestido estampado de flores que ela usava, que embora cobrissem os seus joelhos, marcava sua silhueta perfeita, e que mesmo tendo um decote mínimo, seus seios chamavam muita atenção.

O clima esquentou enquanto ainda estavam à mesa. Vincent a pegou no colo e subiu as escadas, levando-a para o seu quarto. A colocou na cama com cuidado, sem esperar qualquer ajuda da parte dela, tirou a camiseta, a bermuda e os chinelos, subindo em seguida sobre seu corpo, amando-a com urgência.

Passaram a maior parte da manhã na cama, ora namorando, ora conversando. Donna estava deitada com a cabeça apoiada no ombro do namorado, quando ele abriu a gaveta do criado-mudo e apanhou o controle da TV, ligando-a. Procurou algum programa que interessasse aos dois.

Parou em um noticiário, pois reconheceu na reportagem a cabana no meio da Floresta Nacional de Angeles. A matéria não era ao vivo, dando a entender que tinha sido gravada horas atrás. O repórter informava a morte trágica e misteriosa de Christine Vonda Carter, além do ataque ao seu noivo, a extração do feto, que afirmavam ter sido feita por um profissional, e a marca deixada pelo assassino, Mt 13 39, que ninguém sabia o que significava.

Vincent se surpreendeu com os detalhes vazados na mídia, aquilo não devia ser nada bom para a polícia. Riu em pensamento ao lembrar do convite de Jaime Carter. Com certeza ele não vai mais querer uma reunião com ninguém na cabana, que pena, o lugar é mesmo o paraíso! — pensou.

— Que horror! Que monstro faria isso com uma mulher grávida? — indagou Donna desapoiando-se do ombro e do corpo de Vincent, se ajeitando. Sentou, prestando atenção na matéria.

— Notícia sensacionalista — comentou ele, sorrindo para ela.

— Acho que não, Today Los Angeles é um telejornal sério.

Vincent ia responder, mas não o fez, pois ouviu o repórter dizer que o fato se tratava de um segundo caso. Afirmou que o assassino já havia feito isso dois anos atrás, mas não citou o nome da primeira vítima.

— Ok, amor, nada de tragédias por hoje, não quero que nada do tipo estrague nosso dia — disse de forma natural, desligando a TV. — Acho melhor tomarmos banho e irmos para cozinha. — Levantou.

— Vai lá, depois eu vou — disse Donna sorrindo ao pegar o controle de suas mãos, ligando a TV, interessada em assistir o final da matéria.

Vincent riu divertido.

— Venha cá, mocinha, hora do banho — disse pegando-a no colo e a levando para o box do banheiro.

Alguns minutos depois, Vincent saiu do banho primeiro, desligou a TV que a namorada deixou ligada e se vestiu. Donna saiu em seguida, pôs o vestido estampado de flores, os saltos e penteou o cabelo louro molhado.

Desceram alegres para a cozinha. Enquanto Vincent cozinhava, a namorada o auxiliava.

Já passavam das onze horas quando a campainha tocou, Donna é quem foi atender a amiga, que estava linda como sempre. As amigas se abraçaram antes mesmo de fecharem a porta.

Adelle era uma advogada empenhada, herdou a perspicácia e os clientes de seu pai, tendo então uma carreira tão promissora quanto ele teve. Era uma mulher alta, pele branca, mas não tanto quanto a da amiga. Suas curvas, no entanto, eram muito mais chamativas do que as de Donna, tinha seios fartos, bumbum avantajado e levemente empinado, somado a uma cintura finíssima. Seus olhos eram escuros, o cabelo do mesmo tom, eram lisos e compridos, além de sempre usar uma franja, que ela garantia ser o seu charme.

Donna a olhou contente e admirada, era difícil entender como sua amiga parecia sempre mais incrível a cada vez que se viam. Adelle usava um vestido de cor escura, curto e bem solto no seu corpo, o decote e o corte em V nas costas eram amplos, deixando bastante pele à mostra. A maquiagem nos olhos era leve, enquanto sua boca carnuda e bem desenhada, pintada em um tom de vermelho, atraía atenção.

Elas se vestiam de forma bem diferente. Claro que os trajes que a advogada usava no trabalho eram mais comportados, mas não a deixava menos atraente. Adelle estava sempre muito bem vestida e maquiada.

Também suas personalidades eram bem distintas, enquanto uma era mais discreta e até recatada, a outra não se incomodava em chamar atenção, e se fosse necessário discutir, discutia sem cerimônia, não importava com quem.

Vincent apareceu na sala para cumprimentá-la.

— Ai, meu Deus, que chefe de cozinha mais gato! — disse fazendo biquinho e abraçando-o apertado. — Esse avental te deixa sexy — falou endireitando o mesmo no corpo de Vincent, que apenas ria do jeito da amiga.

Vince e Adelle tinham a mesma idade, se conheceram quando ainda eram dois adolescentes, pois estudaram juntos. Logo passaram a frequentar a casa um do outro, enquanto Jenna tornou-se grande amiga da madrasta de Adelle e seu pai acabou por assumir os negócios da família Hughes, tão logo o advogado anterior se aposentou.

Por muitas vezes, no início de seu relacionamento com Vincent, Donna se sentiu incomodada com a amizade dos dois. Levou algum tempo para entender e aceitar que eram como irmãos, além de ter sido a própria Adelle, que se tornou sua amiga na faculdade, quem os apresentou com o propósito de juntá-los.

A torcida dela pelo casal era sincera, ela realmente amava os dois como se fossem de sua família. Adelle apenas tinha um jeito espontâneo, alegre e divertido de ser.

Vincent terminou o almoço sozinho, pois perdeu a namorada e auxiliar para a amiga, com quem ela conversava animada. Falavam sobre seus trabalhos e sobre os últimos relacionamentos frustrados de Adelle, não que ela fosse muito namoradeira, mas queria ter um namoro sério, então sempre que surgia alguém interessante, arriscava um envolvimento, que chegava a durar semanas, talvez um mês ou dois, mas acabava deixando o namorado na mão com muita frequência, já que almejava se tornar promotora, sua dedicação estava voltada integralmente para o seu trabalho. Sua personalidade demasiadamente forte somado aos seus vários argumentos em prol das suas razões, acabava por afastá-los, o que não era sua intenção.

O almoço foi tranquilo e divertido. Adelle gostava de falar e suas gargalhadas eram bem altas, ficava sempre empolgada ao lado dos amigos. Conversaram bastante, o que os manteve na mesa por mais de uma hora.

Somente quando Donna foi para cozinha buscar a sobremesa, uma deliciosa torta de cereja, é que houve o primeiro e único inconveniente do dia, pois quando retornou, viu a amiga bem próxima de Vincent, eles estavam cochichando, e ao vê-la, disfarçaram. Aquilo deixou-a chateada, mas agiu como se nada tivesse acontecido.

Depois do almoço, assistiram um filme de comédia juntos, com direito a muitas pausas para discutirem as cenas apelativas e sem sentido. Não viram o tempo passar.

Quando Adelle se despediu, já passavam das dezesseis horas. Abraçou primeiro Vincent e depois Donna, dizendo a ela que na quinta-feira a buscaria no seu apartamento para comemorarem, sem esclarecer a que se referia, saiu pela porta mandando beijos.

Donna ficou sem entender e questionou o namorado sobre a comemoração para a qual Adelle a convocou.

— Disse a ela que você está aguardando para fazer uma aula-teste na faculdade, Ade já deu como certo seu novo emprego e quer comemorar! — disse rindo, enquanto a abraçou por trás.

— Ai, Vince, vocês são loucos! Como é algo certo se eu nem mesmo fui chamada para essa aula-teste, além do mais, elas já estão acontecendo com os entrevistados desde a semana passada. Não vejo como eu possa ter alguma chance.

— Como você disse, estão acontecendo, o que quer dizer que ainda há chances! E quando a chance vier, dê o seu melhor!

— Você é incrível, a pessoa mais otimista do mundo! — Ela riu. — E a Ade, é doida! — Virou beijando-o.

Donna passou a noite na casa de Vincent, pois no dia seguinte iriam juntos para a igreja que frequentavam, pois eram católicos praticantes e não perderiam a missa que aconteceria pela manhã, para depois, durante a tarde, discutirem com os demais voluntários da instituição religiosa, os detalhes do evento beneficente que estavam organizando para o próximo final de semana.

O dia foi intenso para Christopher e Ramona. Os detetives colheram o depoimento de Samuel no hospital em tempo recorde, para conseguirem falar também com os pais da vítima que já estavam no departamento. O desgaste causado por essas entrevistas foi tremendo, pois era impossível não absorver um pouco do desespero e o sofrimento daquelas pessoas. Se não bastasse isso, o ocorrido com Barbara Tompson também veio a público através de Kathy Burks, que garantia aos jornalistas que aquele assassino também tirou a vida da sua irmã, pois lembrou das perguntas estranhas feitas pelos detetives e da conversa que teve com a legista quando foi ao necrotério, achando tudo um absurdo na época, mas agora parecia fazer sentido. O que ela fez deixou todos de mãos e pés atados, pois não podiam desmentir aquela história, o que era prejudicial ao andamento das investigações.

Nem sequer tiveram tempo para almoçar, pois foram ao necrotério em busca de outras pistas. Para ganharem tempo, Christopher e Ramona se separaram para checar todos os postos de gasolina que ficavam nas vias que davam acesso à Floresta Nacional de Angeles, onde pediram as gravações feitas nas últimas vinte e quatro horas, torcendo para que o assassino tivesse abastecido o seu veículo. Só pararam à tardezinha, para finalmente montarem o caso e o discutirem.

O trabalho se estenderia até a noite, pois existiam muitas informações e um bom material para ser analisado. Para ajudá-los, se juntaram a Christopher e Ramona, os detetives Ralph e Timothy, que se inteiraram do caso após colherem depoimentos dos pais de Christine. O chefe da unidade de homicídios, o capitão Jeremy, também fez questão de estar presente, pois estava sofrendo forte pressão de seus superiores para capturar o assassino.

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