O Ceifador de Anjos: A Coleçã...

By JulieteVasconcelos

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Vincent Hughes é para Donna o homem perfeito, e para as suas vítimas, ele é o Ceifador de Anjos, o serial kil... More

Seja bem-vindo!
A TRILOGIA
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 1.1
Capítulo 3
Capítulo 3.1
Capítulo 4
Capítulo 4.1
Capítulo 5
Capítulo 5.1
Capítulo 5.2
Capítulo 5.3
Capítulo 5.4
Capítulo 5.5
Capítulo 6
Capítulo 6.1
Capítulo 7
Capítulo 7.1
Capítulo 8
Capítulo 8.1
Capítulo 9
Capítulo 10
Extras
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Capítulo 2

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By JulieteVasconcelos

— Bom dia, amor! — disse Vincent após beijar docemente os lábios de sua namorada Donna, que ao contato com sua boca, despertou e retribuiu com um longo beijo.

— Bom dia, meu amor! — respondeu com um sorriso feliz para o namorado.

— Trouxe seu café — disse Vincent apontando para a bandeja ao lado da cama, no criado-mudo.

— Ai, meu Deus, que lindo! — disse esticando os braços para que lhe desse a bandeja, que ele pôs delicadamente em seu colo, por cima dos lençóis brancos com que ela estava coberta.

Embora a bandeja não fosse muito grande, continha uma variedade de alimentos que Donna apreciava muito, como panquecas com calda de morango e pasta de amendoim, ovos mexidos, bacon grelhado, cereais, salada de frutas e um copo grande de suco de laranja. Tudo preparado por ele.

— Eu amo dormir aqui, sabia? Você me mima toda vez que venho. Quando não são flores, são doces! E agora, esse café da manhã na cama... que delícia, amor! — Donna falou encantada, com seus belos olhos azuis brilhando de tanta alegria.

— Faço isso para que você venha dormir sempre aqui comigo. — Sorriu.

— Desse jeito, eu vou é mudar para cá!

— Quando quiser — respondeu Vincent acariciando os seus cabelos longos e louros.

Os dois riram. Embora já namorassem há quatro anos, brincadeiras à parte, não falavam seriamente em dar um passo maior no relacionamento, que aliás começou com um nada discreto empurrão de uma amiga em comum do casal, Adelle Potts Mercer, que os apresentou já garantindo que formavam um casal perfeito. Os argumentos que apresentou foram tão bons quanto o que se podia esperar de uma advogada talentosa como ela era.

— Por que está comendo dessa forma? — perguntou o namorado, ao vê-la devorar as panquecas tão rapidamente.

— Preciso entrar mais cedo no colégio hoje, fiquei de passar na sala da diretora antes das aulas.

— Por que não me disse isso ontem, eu te acordava mais cedo.

— Não lembrei. Estava tão ansiosa para te ver, que esqueci de tudo — disse entre risos, ao que ele respondeu com um selinho.

— Vou entrar mais tarde hoje, às dez horas vou precisar buscar o resultado daquela pesquisa que te falei.

— Sobre o teste do medicamento para não sei o quê!? — perguntou sem dar muita atenção.

— É, esse — ele respondeu rindo. — De qualquer forma, volto cedo para casa, então, se quiser vir para cá depois das aulas, vou adorar!

— Tentador... e invejável!

— O quê?

— Você tem três horas ainda para ficar em casa e eu... uns vinte minutos?

— Dezesseis, na verdade.

Donna afastou a bandeja, levantou-se rapidamente soltando os lençóis que a cobria, deixando à mostra o seu corpo nu, ao que Vincent a puxou de volta para cama, se colocando por cima.

— Vai chegar atrasada! — declarou sorrindo.

Apesar da correria do dia-a-dia, Vincent e Donna se viam com frequência, quando não podiam se encontrar para um almoço ou um jantar, ela ia dormir em sua casa.

Ele, no entanto, nunca dormiu no seu apartamento, o que a incomodava no começo, mas aos poucos ela foi aceitando que, tendo ele crescido em uma casa imensa, não se sentia confortável em um apartamento tão minúsculo como o dela.

Donna Dixon nasceu em São Francisco, Califórnia, perdeu a mãe para o câncer quando tinha apenas sete anos, o que levou o pai a se embebedar com tanta frequência, que era raro vê-lo sóbrio, chegou a ser internado em uma clínica de reabilitação, mas se negava a fazer qualquer tratamento, acabando por adoecer e em menos de três anos veio a falecer, deixando a filha com apenas dez anos. Para sua sorte, ela tinha um irmão, Allan Dixon, doze anos mais velho do que ela, e que estando casado, levou-a para morar com eles em San Diego, também na Califórnia. Assim, a garota foi praticamente criada pelo irmão Allan e pela cunhada Jenifer Miller Dixon, que sempre cuidaram dela com muito amor e carinho.

Ao completar dezoito anos, Donna mudou-se de cidade para cursar História no Centro Universitário de Los Angeles, onde após a conclusão do curso, começou a trabalhar, lecionando em colégios particulares, para poder financiar o seu pequeno, mas confortável apartamento. Como tinha a intenção de dar aulas em universidades, fez uma pós-graduação na sua área, e estava então procurando por um novo emprego. Contava com o apoio do namorado para tudo, inclusive financeira quando era necessário, pois ele tinha uma vida com muito mais facilidades do que ela.

Donna sabia que, embora Vincent praticamente não tenha conhecido o pai, já que esse faleceu em um acidente de carro quando ele ainda era um bebê, sua mãe, Jenna Hughes, sempre lhe deu de tudo. Arcou com todas as despesas da faculdade de Biomedicina do filho, além de pedir ao amigo, Randall Berger, que o empregasse no Hospital Bom Samaritano de Los Angeles, onde o amigo era o diretor, isso antes mesmo do rapaz concluir a graduação. O mesmo atendeu de pronto a solicitação da amiga, e não se arrependeu, pois Vincent Hughes se mostrou um dos seus melhores profissionais, se não o melhor, se tornando em pouco tempo, responsável pelas pesquisas e testes realizados no hospital.

A senhora Hughes era uma boa mãe e uma ótima pessoa, acolheu Donna com muito carinho. Considerava-a uma filha, chegando a dizer isso várias vezes para sua querida nora. Ela dizia também já ter tido uma menina, quando o seu Vince ainda era um garotinho, mas Jenna a tinha perdido muito cedo.

Ele, no entanto, nunca tocava no assunto, nem sequer parecia lembrar, já que como a mãe mesmo dizia, Vincent era muito pequeno quando a irmãzinha faleceu.

Jenna sofreu uma parada cardíaca um ano depois do começo de namoro de Donna e Vincent, e não sobreviveu, deixando para o seu único filho, a sua casa, dois carros, o que era de seu uso e o que havia dado de presente ao filho, além de uma boa quantia de dinheiro no banco.

Para o rapaz, apesar da estabilidade financeira, restou apenas os tios e um primo, que Donna nem sabia ao certo onde viviam, pois não eram próximos dele. Assim, todo o amor que se podia cultivar no núcleo de uma família, Vincent dedicava à sua linda namorada, que se sentia a mulher mais sortuda do mundo por tê-lo ao seu lado.

Vincent Hughes, aos seus vinte e sete anos, era com toda certeza o homem mais bonito, inteligente e simpático que Donna já tinha conhecido. Era alto, de pele clara, e com um porte físico que denunciava o cuidado que tinha com o seu corpo. Tinha lindos olhos pretos, sobrancelhas grossas e cabelos também escuros, que estavam sempre muito bem penteados, além da barba sempre bem-feita, pois seu trabalho tinha essas exigências. Somente nas férias e em feriados prolongados era que sempre mantinha a barba por fazer, lembrando um pouco da sua aparência mais desleixada, enquanto estava na faculdade. Donna sabia que o namorado chamava atenção de outras mulheres, fosse no trabalho dele ou mesmo no dela, onde suas colegas não poupavam elogios para descrevê-lo.

Incomodava-a os olhares e suspiros direcionados a ele, mas sabia que não tinha como evitar. Ela mesma se perdia no olhar penetrante que ele possuía. E o sorriso, então? Deus, era o sorriso mais lindo do mundo, em uma boca tão bem desenhada, tão perfeita! Tinha um namorado que além de lindo, era encantador, sempre tão gentil e carinhoso para com ela.

E se não bastasse, era um ser humano com um coração de ouro, isso porque sempre estava envolvido com algum projeto social, hábito que também herdou da sua mãe e que compartilhou com Donna. Gostava de ajudar as pessoas, fazer doações, ouvi-las e até aconselhá-las. Pelo menos, uma vez ao mês, marcavam presença em organizações beneficentes. Iam também na igreja, participavam de missas e de suas campanhas em prol dos menos favorecidos.

Vincent e Donna formavam um lindo casal. Não somente ele tinha admiradores aos montes, ela tinha também, mas diferente dele, era mais na dela, acanhada e até um pouco insegura. Talvez por ter perdido os pais de forma tão trágica, quem sabe. Donna, vinte e cinco anos, era uma mulher realmente muito bonita e atraente, com seus aproximadamente 1,70 m, possuía uma silhueta de dar inveja a qualquer mulher, além de possuir um rosto com traços marcantes e ao mesmo tempo delicados, e uma pele bastante clara. Era ainda uma mulher discreta, que embora se vestisse muito bem, cuidava para nunca parecer vulgar, mostrando demais qualquer parte do seu corpo. Sua postura acabava por inibir qualquer aproximação masculina, o que agradava muito o seu namorado.

Enquanto o casal aproveitava na cama mais alguns minutos daquela agradável manhã em Los Angeles, do outro lado da cidade, Christopher Lang dirigia até o departamento de homicídios, onde Ramona Hale já o aguardava.

Dois anos haviam se passado após Hale e Lang atenderem ao caso Tompson, o casal que sofreu acidente de carro, em que a legista identificara a falta do feto de Barbara. Nos noticiários, é claro, foi citado apenas a tragédia de trânsito, o que era apenas mais um entre milhares. Para os detetives, o caso havia se encerrado e o assunto esquecido, pois não houve nem um dia sequer depois daquele, em que não houvesse algum homicídio no qual fossem necessários. E hoje, como em qualquer outro dia, havia outro caso para investigarem.

Na última semana, como de praxe, o detetive Lang passou em uma cafeteria perto de sua casa, a famosa Coffee Drinks, onde eram servidos os melhores cappuccinos da cidade, comprou um copo grande para levar para sua parceira, pois como o marido dela estava viajando a trabalho, Ramona achava incrivelmente chato fazer café para tomar sozinha.

— Bom dia — cumprimentou Christopher ao sair do elevador chegando ao andar do departamento, onde logo avistou seus companheiros entregues às suas tarefas.

A unidade de homicídios ficava instalada em um prédio da Polícia de Los Angeles, no quinto andar. Haviam lá, exatamente seis mesas, postas em uma ampla sala, sendo elas separadas por divisórias modulares que iam até pouco mais que a altura delas, permitindo o contato visual para com todos os seis detetives do departamento, que trabalhavam sempre em duplas. As salas que ficavam nesse andar pertenciam a outros funcionários da unidade de homicídios.

— Ramona! — cumprimentou sua parceira, estendendo-lhe o copo de cappuccino.

— Obrigada — respondeu gentilmente. — Adivinha quem está nos esperando?

— Agora?

— Sim. Vamos? — falou ela se levantando.

— Algo para nós? — perguntou Christopher para Ramona, ao chegarem em frente à sala do chefe.

— Jeremy não adiantou o assunto — disse ela batendo na porta da sala do seu chefe.

— Christopher, Ramona, por favor, entrem! — convidou o capitão.

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim. Lembram do caso Carolina Gale?

— Nosso último caso do mês passado: a garota que acusou o pai por violência doméstica e pelo assassinato do irmão, a convencemos a prestar queixas contra ele, mas ela voltou atrás na sua decisão. O que aconteceu?

— Ela deveria ter ido até o fim e dado queixa. A mãe dela foi morta a pauladas, enquanto a garota ficou trancada no banheiro. Os vizinhos chamaram a polícia, que chegou tarde demais — contou o chefe.

— Pobre garota! Onde ela está?

— Em choque, na casa de uma tia. Descubram com ela em que lugar o pai assassino pode estar — ordenou ele.

— O desgraçado conseguiu fugir! — esbravejou Ramona.

— Ao que tudo indica, teve ajuda de alguém. Os vizinhos disseram que viram um carro apanhá-lo na frente de sua casa. O endereço da tia está aqui, é com vocês agora.

Jeremy Mack era um homem alto, negro e de postura imponente, cuja aparência nem de longe denunciava seus quarenta e cinco anos. Embora sempre se mostrasse de cara fechada e de poucos amigos, era uma pessoa justa, respeitosa e marcada por seus mais de vinte anos de trabalho árduo na polícia, sendo quinze deles somente no departamento de homicídios.

na cuc;ę

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