~ Pedido por: DudaDuny
~ Dessa vez é um cap. focado no relacionamento dos dois como casados
~ OBS- N/H é Nome de heroína.
~ Boa leitura ♡
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Aizawa: Já falei que não, S-... N/H. -Se corrigiu ao mesmo tempo em que atirava suas faixas para um dos caras que temos que derrotar.
— Você é um chato, ein, Ereaser. -Utilizei um pouco da minha reserva de energia para golpear outro deles.
Aizawa: Me falam muito isso. -Concordou, dando de ombros.
— Por que será? -Murmurei, usando novamente a minha individualidade.
Lembrei de quando eu ajudei os alunos do meu marido. Do Iida, mais especificamente. Nossas individualidades precisam de velocidade, e assim como eu o ajudei com a dele, ele também me ajudou um pouco. Mesmo que inconscientemente.
Utilizei a técnica que ele usava para pegar impulso e comecei a correr, armazenando energia nas pulseiras e tornozeleiras que compõem o meu uniforme. Basicamente, quanto mais eu corro, mais energia eu acumulo e tanto o meu soco quanto o meu chute ganham mais intensidade conforme a energia que eu juntei.
É bem simples.
Aizawa: Eu ouvi isso. -Revelou enquanto capturava um dos seis homens que precisamos pegar.
— Era para ouvir mesmo. -Franzi a sobrancelha, dando dois socos em direções contrárias que me ajudaram a derrubar mais dois homens.
Faltam três.
Aizawa: Depois que começou a concorrer para heroína n°1 do hanking começou a se achar também, N/H? -Sorriu, pronunciando meu nome de heroína com ironia.
Aizawa apagou a individualidade de mais dois caras que vinham em sua direção e os capturou com as faixas também.
Ao mesmo tempo, eu dei um chute com força total no último que sobrou, fazendo-o voar até a parede mais próxima antes de cair desmaiado.
— Você é insuportável! -Afirmei, cruzando os braços- Droga, empatamos. -Sussurrei- Cada um capturou três... -Comentei com lamentação, passando as algemas no último homem que eu derrubei.
Aizawa: Desde quando isso era uma competição? -Perguntou, também algemando o último capturado dele- Você está parecendo os meus alunos. Aquela visita te afetou tanto assim? -Brincou, vindo até o meu lado para empurrar levemente o meu ombro.
— Talvez. -Dei de ombros- E desde quando você sabe ser legal? Tipo, conviver com adolescentes te fez entender mais sobre o assunto?
O sorriso leve e quase imperceptível de seu rosto se desfez na cara séria dele de sempre. Shouta se virou de costas para mim e ficou ali, parado.
— Era brincadeira, amor. -Passei os dois braços pelo pescoço dele, o abraçando por trás. Foi rápido, mas eu consegui ver o sorriso que ele deu.
Aizawa: Sei... -Murmurou- Agora vamos sair desse prédio e entregar logo esse caras para os policiais.
Assenti antes de segurar as algemas dos três homens que eu capturei para sair do prédio.
Sorri durante o caminho, agradecendo pela coincidência de encontrar o Aizawa aqui. Parece que foi emitido um alerta para os super-heróis que estavam por perto para acabar com as atividades dessa gangue que contrabandeava a droga feita pelo Chizaki. Tanto a de anular os poderes quanto a de aumentá-los.
Quando cheguei no prédio, eu estava sozinha, então presumi que os outros heróis que receberam o chamado estavam ocupados. Mas aí o Aizawa apareceu do nada, tão surpreso quanto eu pela coincidência.
Parece que ele estava voltando do mercado.
Tentamos manter uma certa distância ao sair do prédio, para que não desconfiem no nosso relacionamento. Como o Izuku disse aquele dia: Se a mídia descobrir que eu (uma heroína do pódio) e o Aizawa (Um herói que escapa dos holofotes) estamos juntos, isso pode tomar proporções inimagináveis.
Por já estar de noite, não haviam mais do que polícias e uns quatro jornalistas quando saímos do lugar.
Entregamos os contrabandistas para os policiais, que nos agradeceram copiosamente. E então nos viramos para os poucos jornalistas.
Dois deles vieram até mim, enquanto os outros dois foram até o meu marido. E já de saco cheio da entrevista com as mesmas perguntas de sempre, me aproximei do Aizawa, que terminava de conversar com os outros jornalistas.
A vontade dele parece ser tanto quanto a minha.
— Te vejo em casa. -Murmurei o mais baixo possível quando passei atrás dele.
Aizawa concordou com a cabeça e me observou por alguns segundos, antes de se virar para frente de novo.
[...]
— Bem na hora! -Exclamei sorridente- A comida que eu pedi acabou de chegar. -Apontei para as coisas na mesa- É a sua preferida. -Coloquei a mão em forma de concha perto da boca, sussurrando como se fosse algum segredo.
Aizawa: Eu agradeço todos os dias por ter você aqui. -Murmurou em um tom um pouco mais suave do que o seu habitual. Parecendo que ele falou mais para si mesmo.
E em seguida, ele suspirou. Eu diria que foi quase um suspiro apaixonado, aquele bobinho e sem controle, sabe? Foi fofo.
Aizawa deixou um beijo na minha bochecha e avisou que iria tomar um banho antes de vir comer. Eu aproveitei que o meu banho já tinha sido tomado e comecei a desembrulhar as coisas para esperá-lo.
Alguns minutos depois, eu estava terminando de ajeitar as coisas na bancada quando uma mão segurou a minha cintura.
Aizawa: Precisa de ajuda? -Disse baixinho, inclinando o rosto sobre o meu ombro para ver o que eu estava fazendo.
— Obrigada, mas não preciso. -Sorri- Vem, já está tudo pronto, vamos comer.
Comecei a andar até a mesa, segurando o recipiente de isopor com as mãos.
Em nenhum momento Aizawa tirou a mão dele da minha cintura. Quer dizer, tirou para pegar o pote que eu segurava e o levou até a mesa no meu lugar. Depois, ele voltou para o meu lado e puxou a cadeira para mim.
É um costume dele.
Não que eu não goste. Pelo contrário, eu amo. Por mais que a carranca dele dure o dia inteiro, Aizawa é uma das pessoas mais maria-mole que eu já conheci.
Ele é do tipo que puxa a cadeira, abre a porta do carro e te leva no colo quando tem uma poça de água no chão para você não sujar sua roupa ou sapatos (experiência própria).
Aizawa: Pode falar. -Disse repentinamente- O quê? Não me olha assim. Está estampado na sua cara que você quer falar alguma coisa.
Eu neguei com a cabeça, escondendo um sorriso.
Aizawa: Qual é, querida. Eu acho que te conheço um pouco, não? -Tombou a cabeça para o lado- Caso contrário, não estaríamos casados.
— Tem razão. -Apontei o meu garfo para ele, dando ênfase- É só que... eu tava pensando em uma coisa. Nada demais. -Deu de ombros.
Aizawa: Mas eu gostaria de saber o que seria o seu "nada demais". -O canto da sua boca se repuxou em um (quase) sorriso- Sou um bom ouvinte.
— Pode acreditar, eu sei disso mais do que qualquer um. -Ri- Eu sou a que vive falando, e você é sempre caladão. -Cruzei os braços- Mas o que eu estava pensando antes, é que você quase me chamou de "Amor" e "Querida" várias vezes na missão de hoje.
Sorri abertamente quando ele quase cuspiu o suco que estava bebendo.
Aizawa: Ah... Isso. -Coçou a nuca, levando o seu cabelo para trás para prendê-lo em seguida- Acho que foi força do hábito. -Olhou para baixo- Eu te chamo assim o tempo todo aqui em casa.
— Eu sei. -Sorri- Só achei engraçado que, até mesmo você, o grande herói Ereaser Head, que é sempre cuidadoso em cada passo, foi... -Dei uma garfada no prato- Não é "descuidado" a palavra. -Respirei fundo, tentando organizar os pensamentos.
Aizawa: Não segui as coisas à risca? -Ele sorriu quando eu olhei para o seu rosto- Entendi o que quer dizer. Temos o objetivo de não deixar a mídia saber, e mesmo que eu seja bom em ser sigiloso, quase revelei tudo sem querer na missão. Acertei?
— É exatamente isso! -Ri- Só você mesmo para organizar os meus pensamentos desorganizados. -Terminei com o último pedaço de comida no meu prato.
Ele revirou os olhos de forma zombeteira e também terminou o prato dele. Nós dois nos levantamos, ambos indo para a cozinha para lavar as coisas.
Aizawa: Pode deixar que eu lavo para você também. -Pegou as coisas da minha mão- Vai para o quarto escolher alguma coisa para a gente assistir. -Se inclinou, deixando um beijo na minha têmpora.
— Tem certeza? -Murmurei.
Aizawa: Absoluta. -Deixou um selinho nos meus lábios dessa vez.
Sem mais nenhuma palavra por parte dos dois, Shouta seguiu seu caminho até a cozinha e eu fui até o nosso quarto, já pegando o controle antes de me lançar na cama.
Sem nem pensar duas vezes, coloquei no episódio em que paramos de "Alice in borderland".
Não demorou muito para Aizawa chegar.
Aizawa: Ah, então vamos terminar essa série? -Perguntou, olhando para a TV. E em seguida, ele olhou para mim- O que foi dessa vez, amor? -Respirou fundo no final da frase, sorrindo.
— Tô tentando adivinhar em qual "modo" você está hoje. -Seu rosto expressava confusão- É que, geralmente, dá para saber como está sua relação com contato físico pelo seu rosto.
Aizawa: Você sempre me surpreende com algo novo, ein?! -Balançou a cabeça de um lado para o outro, deitando ao meu lado na cama.
— Mas é sério. -Sorri- Tem a sua cara de "Não me toque de jeito nenhum", a de "Talvez eu sinta vontade de contato físico hoje", a "Não sei se quero ou não, vai depender de fatores externos" e a de "Hoje eu estou tranquilo, pode ter contato físico quando quiser".
Ficamos nos encarando por alguns segundos depois de eu terminar de falar.
E então, meu marido riu.
Aizawa: Você é incrível, S/N. -Esticou a mão para segurar a minha- E qual é a minha cara de hoje?
— Hm... -O analisei- Eu diria que hoje você está mais para o "Talvez eu sinta vontade de contato físico hoje". Acertei?
Aizawa: Desde quando a sua individualidade é ler pessoas de forma certeira? -Brincou- Sim, você acertou. E o "talvez" é agora.
Shouta esticou os braços de forma quase imperceptível. Me esgueirei até ele para abraçá-lo, sendo retribuída no mesmo instante.
— Inclusive, queria te perguntar uma coisa... -Fiz círculos imaginários em seu peito- Como estão os seus alunos? Estava pensando neles esses dias.
Aizawa: Já está com saudades? -Brincou, mas eu concordei- Vou ver se o colégio dá permissão para uma aula em campo com você participando. -Ele começou a mexer no meu cabelo- Mas sim, eles estão bem. E também com saudades, não param de perguntar sobre você.
— Own, eles são uns fofos. -Falei animada. Os braços do Shouta se apertaram mais ao meu redor- Não vai me dizer que está com ciúmes dos seus alunos.
Senti sua boca no topo da minha cabeça.
Aizawa: Não... -Ele não me pareceu muito convincente- Eu só não gosto deles perguntando o tempo todo sobre a minha mulher. -Murmurou no meu couro cabeludo.
— Você também é um fofo, amor. -Tirei minha cabeça do seu peito apenas para dar um beijo nele- Sem ciúmes, ouviu?
Aizawa: Ouvi. -Sussurrou, voltando a mexer no meu cabelo- Agora pode ligar na série, já te enrolei demais.
Ri, apertando o play no controle.
E durante todos os minutos de cada episódio da série, Aizawa deixava um beijo na minha cabeça ou fazia questão de intensificar nosso abraço.
Aizawa: S/N, tá acordada ainda? -Murmurou. Balancei a cabeça como resposta- Eu te amo.
Um sorriso involuntário chegou ao meu rosto.
— E eu te amo mais. -Sussurrei.
Aizawa: Nunca.
— Por que "Nunca"?
Aizawa: Porque esse posto é meu.
Dei uma risadinha de escárnio.
— Vai sonhando.
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