O Decreto Kalliman

By LeticiaKalliman

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Se uma não quisesse as duas não teriam brigado, mais ou menos assim diz o ditado popular e os pais frequentan... More

Capítulo 01 - Tensões
Capítulo 02 - Primeiro confronto
Capítulo 03 - Ataque ou defesa?
Capítulo 04 - Conhecendo o inimigo
Capítulo 05 - Antecedentes
Capítulo 06 - Uma batalha por dia
Capítulo 07 - Aliados
Capítulo 08 - Marcando o território
Capítulo 09 - Estratégias expostas
Capítulo 10 - Bomba relógio
Capítulo 11 - Notícias trazidas por um soldado distante
Capítulo 12 - A lei de evitar é inevitável
Capítulo 13 - A bandeira branca manchada de sorvete
Capítulo 14 - Crime e castigo
Capítulo 15 - A letalidade de um soquinho
Capítulo 16 - Balas para todos os lados
Capítulo 17 - Ensaio de trégua
Capítulo 18 - A paz esteve perto de nós
Capítulo 19 - Explodindo corações
Capítulo 20 - A guerra nunca esteve tão declarada
Capítulo 21 - Se é guerra que você quer
Capítulo 22 - Conspirando contra
Capítulo 23 - Destino cansado de guerra
Capítulo 24 - Perder ou ganhar?
Capítulo 25 - Uma batalha pela guerra
Capítulo 26 - Fogo amigo
Capítulo 27 - A reverberação do embate
Capítulo 28 - Confrontando antigos inimigos
Capítulo 29 - Em posição
Capítulo 30 - Colisões necessárias
Capítulo 31 - Os tanques são como os carros
Capítulo 32 - Acerto de contas
Capítulo 33 - Perigos de sábado a noite
Capítulo 34 - Nenhuma guerra é perpétua
Capítulo 35 - A fatalidade de um beijo revelador
Capítulo 36 - Atrito nas fronteitas
Capítulo 37 - Opositores abatidos
Capítulo 38 - Armistício
Capítulo 39 - A flor e o canhão
Capítulo 40 - As formas mais doces de morrer e continuar vivendo
Capitulo 41 - Doce tortura
Capítulo 42 - Línguas impiedosas
Capítulo 43 - O início de uma missão impossível
Capítulo 44 - O elemento surpresa
Capitulo 45 - Um novo inimigo
Capítulo 46 - Tiro certo sobre o peito
Capítulo 47- O plano de Rafaella
Capítulo 48 - A ilusão de vencer
Capítulo 50 - O nascimento de um novo conflito
Capítulo 49 - A primeira batalha perdida
Capítulo 51 - O estrago feito pelos opositores
Capítulo 52- Às ordens
Capítulo 53 - General Kalliman
Capítulo 54 - A autoridade de Bianca
Capítulo 55 - Tragédia anunciada
Capítulo 56 - Campo minado
Capítulo 57 - A inevitável queda da recruta
Capítulo 58 - O batalhão assume o controle
Capítulo 59 - Estratégia em ação
Capítulo 60 - Tratado Kalliman-Andrade
Capítulo 61- A furacão se alista para o embate
Capítulo 62 - Os filhos como aliados
Capítulo 63 - Acordo de damas
Capítulo 64 - O soco que mudou o resultado
Capítulo 65 - A general e a bandida
Capítulo 66 - O amor sempre vence
Capítulo 67 - O fim de Hadson
Capítulo 68 - O sorriso é uma arma poderosa
Capítulo 69 - Soldada promovida
Capítulo 70 - Quem é vivo sempre aparece
Capítulo 71 - A guerra permanece indefinida
Capítulo 72 - A paz não custa nada
Capítulo 73 - Cadetes em marcha
Capítulo 74 - Os dois lados que agora são um
Capítulo 75 - Detalhes que conduzirão até o fim da guerra
Capítulo 76 - Rodolfo, o terrível
Capítulo 77 - O fim da guerra adiado
Capítulo 78 - Tanques não são necessários quando tudo se atropela
Capítulo 79 - Regime
Capítulo 80 - Os lados se confrontam uma última vez
Capítulo 81 - A noite que Bianca acabou com Rafella
Capítulo 82 - A noite que Rafaella acabou com Bianca
Capítulo 83 - Novos decretos
Capítulo 84 - Alento
Capítulo 85 - Inimigo no forte
Aviso
Capítulo 86 - Pensamentos homícidas
Capítulo 87 - O ódio também move montanhas
Capítulo 88 - Na paz nos tornamos família
Capítulo 89 - O batalhão Kalliman
Capítulo 90 - Coronel Andrade
Capítulo 91 - O fim definitivo da guerra que as uniu
Através dos tempos
O decreto de Natal - Parte I
O decreto de Natal - Parte II
O decreto de Natal - Parte III
O decreto de Natal - Parte IV
O decreto de Natal - Parte V
O decreto de natal - Parte VI
O decreto de Natal - Parte VII
O decreto de Natal - Parte VIII
O decreto de Natal - Parte IX
O decreto de Natal - Parte X
O decreto de Natal - Parte XI
O decreto de Natal - Parte XII
O decreto de Natal - Parte XIII
O decreto de Natal - Parte XIV
O decreto de Natal - Parte XV
O decreto de Natal - Parte XVI
O decreto de Natal - Parte XVII
O decreto de Natal - Parte XVIII
O decreto de Natal - Parte XIX
O decreto de Natal - Parte XXI
O decreto de Natal - parte XXII
O decreto de Natal - Parte XXIII
O decreto de Natal - Parte XXIV
O decreto de Natal - Parte XXV
O decreto de Natal - Parte XXVI
O decreto de Natal - Parte XXVII
O decreto de Natal - Parte XXVIII
O decreto de Natal - Parte XXXX
O decreto de Natal - Parte XXXXII

O decreto de Natal - Parte XXXXI

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By LeticiaKalliman

Rafaella Kalliman não aguentava mais. Presa tinha horas naquela fila para uma simples troca de colchão não suportava mais esperar pela incompetência alheia. Não sabia o que faria primeiro, se dava um grito ou calava, mas na dúvida decidiu não arrumar confusão, talvez isso ao menos conservasse sua paz de espírito uma vez que não a faria sair mais cedo.

Não foi uma ideia nada agradável queimar o colchão e menos ainda terminar dormindo afastada de Bianca, de maneira que até uma loja lotada no fim do ano terminaria por parecer mais agradável que passar outra noite como aquela.

Amava os filhos, era sua família, mas nada era melhor e mais feliz que estar no seu quarto, em seu lugar e poder acordar para a surpresa que Bianca tinha para ela. Parecia algo grande e lindo, que exigia muito trabalho e agora ela estava segura que merecia devolver com algo a altura.

Por sorte, por ser a general sempre preparada, tinha algo em mente. Certo que estivera guardando aquele trunfo para o aniversário da esposa, mas agora não havia justificativa para não pensar em outro presente. Sua supresa consistiria em uma dança, algo que vinha praticando no estúdio de uma das mães que era uma exímia bailarina, mas os passos não eram nada clássicos.

Tinha um requinte de profano e caótico, mas não havia nada de errado com isso se era a marca registrada dela e de Bianca quanto casal desde que ainda não eram. Rafa lembrava disso, inclusive, com nostalgia. Sua primeira briga, um conflito até que bobo e agora estavam ali. Efetivamente as melhores coisas da vida nascem de uma causalidade e não estava pronta para pensar o contrário.

— Desculpe a demora senhora Andrade. Tenha um bom Natal é um próspero ano novo — Disse o atendente finalmente passando as instruções e o novo produto para o entregador de maneira que pudessem seguir os dois de retorno para casa de Rafa.

O rapaz a havia chamado de senhora Andrade, mas não estava irritada em nada. Em seu semblante, pelo contrário, tinha uma felicidade imensa de ser reconhecida como a mulher de sua esposa, de alguém tão potente e inspiradora como era a incrível Boca Rosa que, em silêncio, era apenas sua Bianca.

Tanto que quando chegou em casa deixando a bolsa na cadeira da cozinha sequer tinha em si resquícios de uma irritação anterior, afinal, tudo o que acontecia ficava da porta para fora quando dessa para dentro havia uma família tão bonita como a sua.

— E se for um menino? — Questionou Julinha desenhando corações na barriga de sua mãe com um batom. Carla quase estava engolindo um enquanto Ben tentativa tirar de sua mão. Gabriel ria um pouco da situação.

— Fácil. Vai se chamar Cris — Bianca disse alisando a própria barriga sob a luz da sala. Estavam todos sentados no tapete e do lado de fora dava para ver um pouco de chuva que caía sobre a piscina do jardim. O fim do ano no Brasil não chegava a ser frio, mas talvez munida de uma certa nostalgia que abate a todos nessa época o momento calhou em ser desenhado dessa maneira.

— Menina? — Carla disse causando primeiro uma risada pela curiosidade e depois uma festa completa por uma de suas primeiras palavras. Todos estavam felizes com a conquista da pequena.

— Eu queria que fosse Rafaella — Bianca disse para discordância de todos. Se houvesse outra Rafaella era meio óbvio que Bianca a teria como a preferida de todos, quando era a mineira quem ela mais amava no mundo.

— Por mim seria Bianca — A dona de casa disse entrando na sala para se sentar junto aos seus filhos, abraçando a esposa por trás e dando-lhe um beijo no ombro enquanto pegava um batom para também pintar a barriga da esposa. Escreveu amor e começou a traçar o nome dos filhos em uma impecável letra de pedagoga.

— Nem Rafaella e nem Bianca — Ben disse entregando Carlinha nos braços do irmão que começou a brincar com a pequena — Há nomes lindos, basta apenas olhar em volta — O prodígio disse e todos começaram a olhar.

— Você não está sugerindo que a gente chame a nossa irmã de mesinha de centro, está? — Júlia questionou o menino que colocou uma mão sobre o rosto em tom de cansaço. Rafaella e Bianca riram prontamente dos menores.

— Acho que ele está falando de outras coisas. Da noite, das flores, da lua... — Gabriel disse — Porque não Magnólia? Temos muitas no quintal — Gabriel sugeriu e Rafaella torceu o rosto.

— Assim parece que o bebê framboesa já nascerá com pelo menos cinquenta anos — Ela negou causando uma risada — Não sou contra, no entanto, a chamarmos de Sol — Disse Rafa e Bianca apenas para contrariar completou:

— E porque não Luna? — Falou em tom de brincadeira e todos concordaram prontamente. Claro que Rafaella fez um beicinho ou outro, mas não teve poder de mudança. Era voto vencido no fim. Isso era democracia e soube respeitar.

— Então um pequeno Cris ou uma pequena Luna, não? — Bianca assentiu em confirmação indo mais ainda aos braços da sua esposa.

Quando veio a noite recolheram as crianças calmamente e em seguida foram ao seu quarto também, dessa vez com um novo colchão e lençóis bem perfumados que Rafaella fez questão de colocar.

— Eu adoro como você cuida de tudo — Bianca disse se sentando na cama enquanto via Rafaella remover o batom de sua barriga com toda calma do mundo.

— E eu adoro como você cuida da gente — Ela disse beijando a barriga depois que ela finalmente estava limpa subindo para se deitar no peito de Bianca que a recebeu com vários beijos no topo de sua (nada pequena) cabeça — Estou ansiosa para o que você tem para mim amanhã minha vida — Rafaella falou desenhando corações agora no peito da esposa que batia mais forte. Bianca sempre reagia a ela assim.

— Apenas as melhores coisas do mundo para você, minha General — Bianca disse subindo seu queixo com os dedos para que se encontrassem num beijo cheio de carinho que englobou lábios, bocas, dentes e deliciosas mordidas.

Estavam quase que numa sessão de amassos adolescente sobre o colchão novo, sem dar-se conta de que por poucos momentos da vida a idade é apenas um número que não deve ser levado em consideração. Um jovem pode ter a mente de um adulto, um idoso se sentir adolescente e homens feitos terem crise de meia idade. Tudo isso é estado do ser.

— Vamos dormir? — Rafaella propôs quando se separaram em busca de ar, saindo de cima da amada que veio por cima dela causando uma risada.

— Mas tá tão bom... — Bianca disse beijando da bochecha ao pescoço da mulher que suspirou segurando seus cabelos.

— Foi você que disse sem brincadeiras sexuais — A mineira lembrou com uma risada e isso apenas fez Bianca morder sua orelha causando uma dor fina e inebriante. Arfou um pouco.

— Eu não estou brincando, estou pedindo um beijo para minha esposa e não estou sendo consentida. Se a Luna nascer com cara de beijo Rafaella eu... — Não precisou insistir mais apenas recebeu um beijo de tirar o fôlego depois de ser jogada na cama o que provocou uma risada prontamente abafada pele agudez do desejo que foi acometida.

Mãos por todas as partes, suspiros, entregas, tesão, tudo depositado naquele beijo repleto de vontade que deveria terminar, mas que elas não queriam. O sorriso era evidente, o degustar também e assim se perdiam em um imenso querer cuja tradução estava talhada nos corpos pelos dedos irrequietos.

— Boa noite senhora Kalliman— Rafaella disse usando as mãos para se abanar depois que saiu de cima de Bianca. Não sabia que mulher era aquela e que beijo gostoso era esse, mas sabia que os anos passavam e sua perna ficava tão bamba como nos primeiros dias.

— Boa noite senhora Andrade — Bianca falou sabendo que muito em breve aquela vontade se veria realizada e, principalmente, materializada por um anel no dedo de sua amada.

Tamanha era a ansiedade da grávida que mal conseguiu pregar seus olhos. Era tanta alegria que mal conseguia se conter, não sabendo o que seria dela mesma quando tivesse que esperar até a noite para finalmente revelar tudo.

O que tinha em mente era que, principalmente, iniciaria o dia de uma maneira incrível para sua esposa, pensando em cada detalhe e preparação para que ela estivesse feliz. Isso havia combinado perfeitamente com a família que sairia sem muito barulho agora mesmo na madrugada.

Duvidava que Rafaella escutasse alguma coisa, mas por via das dúvidas fez o que qualquer grávida faria, inclusive a sua própria esposa quando esteve esperando Carla:

— Estou com um desejo terrível por bolo de morango com calda de chocolate. Preciso comê-lo com Doritos — Bianca pontuou e só de pensar no prato da madrugada se pegou realmente sentindo o gosto. E não é que no fim estava interessada?

— Temos bolo de chocolate e posso fazer uma calda. Podemos substituir por fandangos — Pontuou a maior sonolenta e Bianca fez que não.

— Se o meu filho nascer com cara de Doritos, Rafaella eu juro que... — A mineira reclamou do segundo que saiu da cama ao que calçou os chinelos e o casaco para sair, dando a todos o tempo necessário para que saíssem no fim da madrugada para o início do dia para o hotel sem que a mulher desconfiasse.

— Aqui está... Disse Rafaella sonolenta subindo ao quarto com um generoso pedaço de bolo e salgadinhos espetados com toda calma na camada de chocolate.

— Eu te amo — Disse Bianca realmente concluindo um desejo que apenas inventou, mas se tornou real. Rafa prontamente se deitou sobre seu colo e aguardou que comesse retornando abaixo para deixar o prato e só então ao fim de tudo para o aconchego da esposa.

— Eu também amo você — De uma maneira profunda e singela que não admitia nada mais e nada menos que amar intensamente todos os dias uma a outra. Por essa razão o amor precisava ser reafirmado.

Em algum lugar o velho destino em sua cadeira observava aquilo com um sorriso. Quando duas pessoas foram unidas por ele mesmo que algum dia tivessem que se separar voltariam a encontrar-se. Para todo sempre...

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