O decreto de Natal - Parte I

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Apoiando sua rosquinha por cima de uma barriga robusta o delegado olhava aquela cena ainda sem saber como melhor reagir. De um lado, uma mulher de cabelos loiros desgrenhados tinha em seus olhos um fogo descomunal de quem queimaria viva a morena de cabelos lisos sentada ao seu lado e do outro a mulher devolvia na mesma intensidade e tom.

Pareciam que iam degladiar-se a qualquer instante e o homem não conseguia ter certeza de que seria algo bonito de se ver , não quando a briga no Supermercado tivera reverberações tão catastróficas que as trouxeram até ali.

— Qual das duas pretende começar explicando o que foi aquela guerra generalizada de comida no meio de um estabelecimento público? — Indagou o homem da lei apoiando a comida sobre a farda cujo os botões quase se apertavam.

Os olhares se encontraram com mais raiva e Rafaella engoliu em seco. Para começar contando como chegaram até ali haveria de passar por vários acontecimentos...

Cinco dias antes...

— Bom dia — Disse a dona de casa adentrando o quarto da esposa que, sonolenta, tentou bloquear as palavras trazidas até seu ouvido pelo ar com o travesseiro sobre a lateral do rosto — Bom dia bebê — Completou com um tom absurdamente meloso ao tocar a barriga saliente de sua esposa que apesar de tentar ignorar a ação não conseguiu. Nunca se acostumaria com Rafaella conversando tão carinhosamente com o filho delas.

— Para o filho bom dia bebê com todos os privilégios, para a mamãe um bom dia seco e sem carinho — Bianca dramatizou se desfazendo da superfície acolchoada para fitar os olhos verdes que ficavam clarinhos pela manhã.

Rafaella gargalhou e balançando a cabeça para os lados se aproximou da grávida tomando cuidado de não fazer peso contra barriga ao subir por cima do seu corpo. Aproximou face com face até perceber que estava retirando o ar da sua esposa, da maneira que gostava.

— Quer um bom dia molhado, Tenente? — Perguntou varrendo o nariz de Bianca com o seu, esquecendo os motivos que a fizeram levantar a mulher mais cedo só pelo perfume da pele da carioca.

— Depende... O quão molhado seria? — Se fez de desentendida com a mineira que lentamente colocou dois dedos sobre seus lábios fechados. Com o olhar indicou que começasse a lamber.

— Molhadinho... — Garantiu separando as pernas de Bianca com as suas, provocando um gemido por parte da mulher quando sentiu a coxa grossa de Rafaella em contato com sua intimidade que ia umedecendo pouco a pouco. Percebendo a reação esperada que deixava o corpo de Bianca amolecido Rafaella retirou os dois dedos dos lábios carnudos, levando-os sem cerimônias até a festa que começava entre as pernas de sua mulher — Está suficiente carinhoso para você, Bia? — Quis saber driblando a calcinha de algodão para chegar até o clítoris que começou a massagear lentamente.

— Mais carinho — Demandou arranhando as costas da general quando Rafaella circulou o nervo com o polegar em movimentos mais conhecedores. Deslizava pelos lados do ponto rígido, pressionava o centro e quando ouvia o suspirar da amada repetia tudo com mais agilidade. Rafaella oscilava entre fazer devagar e com força.

— Pede com jeitinho, vai? — A mulher de cabelos castanhos demandou puxando a calcinha com a outra mão, deixando com que a calcinha entrasse por dentro dos lábios. Bianca ficou ainda mais molhada pela maneira que o algodão raspava na pele depilada e sensível.

— Fode a sua puta, General? Faz com aquele carinho que você sabe! — Rafaella assentiu com as pupilas dilatadas prendendo o tecido fino e puxando para baixo até que estivesse rompido. Sabia que Bia esperava o oposto de sua parte.

O Decreto Kalliman Onde as histórias ganham vida. Descobre agora