O decreto de Natal - Parte XXV

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O dia havia acabado, mas a curiosidade de Rafaella ainda não. Não era por acreditar que Bianca estava tramando algo negativo, confiava que era uma boa surpresa, mas com algo em mente queria saber da esposa mais informações.

A morena havia se recusado prontamente e, ao mesmo tempo, ela não deixaria isso barato para nada. Insistiria em saber com suas melhores armas, usando de artimanhas muito exploradas por ela.

— Que creme cheiroso amor, é novo? — A maior apenas sorriu. Cinco minutos que a porta havia se fechado. Ela passou diretamente ao banheiro e havia tomado um bom banho regado aos melhores sabonetes. Agora estava aqui diante de Bianca que olhava-a passar aquele líquido por suas pernas.

— Sim — Respondeu Rafaella sabendo que estava sendo cada vez mais contemplada. Ela tinha um plano e queria concluí-lo o quanto antes. Assim, apenas permaneceu passando a mão de cima para baixo do tornozelo ao alto da coxa.

Desde que a família tinha chegado tiveram de problemas para estar a sós. Devido ao desentendimento entre Renato e Dani acabaram por ter que receber os filhos no quarto, mas essa era uma das primeiras noites em que seria diferente.

Com a babá eletrônica devidamente acionada os reuniu todos no quarto ao lado finalmente desocupado pela cunhada que parecia não querer mais estar tão longe do marido. Os dois ainda não tinham comentado profundamente sobre o assunto, pareciam evitar decretar uma volta, mas bastava a Rafaella entender que estavam vivendo uma nova lua de mel.

Se o problema anterior era sexo não estavam tendo agora, logo, a chance de voltarem era realmente existente. E Rafaella estava genuinamente feliz com isso mais além da privacidade reconquistada. Queria ver sua família bem, seu irmão feliz e o melhor para sua sobrinha. Sabia que Dani e Renato se amavam então isso era o melhor.

— Precisa de ajuda? — E por falar em amor Bianca foi se aproximando tão rápido fez a pergunta. Não esperou Rafa confirmar, apenas se colocou atrás dela e na ponta dos pés chegou na nuca.

Colocou o cabelo para o lado, liberou o espaço e com sua língua sedenta esgueirou-se sobre o lugar como um tigre o faz com sua presa, valorizando cada centímetro com a boca antes das mãos chegarem as coxas.

Provocava com os lábios. Lambia, beijava e mordia, depois de tudo ainda usou suas mãos curiosas para saírem pela cintura, acariciando a barriga definida em cada um dos seus gominhos e chegarem à frente onde parou com as mãos quase nas pernas.

— Deita — Rafaella mandou antes que a morena concluísse seu pensamento. Bianca a olhou um pouco confusa com a ordem, mas não questionou, com os anos aprendeu que se a general queria ela tinha, simples assim.

Olhando nos olhos verdes que se viraram em sua direção a carioca apenas retirou as mãos ávidas do corpo da amada e se acomodou na cama sem desviar também o seu olhar. Queria deixar claro o que queria e que Rafaella soubesse.

A mineira parecia ter feito de propósito. Escolheu um pijama curtinho de dormir que não cobria nada. Um conjunto branco em contraste com sua pele naturalmente bronzeada pela tarde na piscina. Acrescentava-se a isso sua sensualidade natural e pronto: Estava diante da própria Lilith reencarnada pronta para fazer um caos com seus hormônios.

E para completar parecia também que havia toda intenção de provocar. Que não só fora pensado, mas calculado para que terminasse deitada totalmente confortável observando aquele espetáculo tipicamente mineiro em toda sua altura e imponência.

Bianca queria gritar em suas frustrações, mas permanecia quieta, queria ver se Rafaella daria o que ela esperava se acaso se comportasse minimamente bem. A recompensa, a princípio, não parecia ter demorado, afinal, a dona de casa veio subindo pela cama depois de terminar de passar o creme sobre a outra perna, chegando até a esposa que estava ainda deslumbrada com aquela beleza.

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