O decreto de Natal - Parte XXVII

359 39 5
                                    

Bianca pacientemente colocou a roupa que cobrira sua esposa sobre o sofá e retornou no mesmo passo para cozinha onde a encontrou de costas cortando legumes. A blogueira se perguntava como alguém poderia ser tão sensual assim e não, não estava falando isso por conta de uma lingerie.

Claro que Rafaella estava deslumbrante. A maneira como a liga se abraçava a coxa grossa, a calcinha fina e que pouco escondia fazia a carioca salivar e querer apertar ambas as bandas diante do seu rosto, mas não era isso que provocava a morena.

Também não era o sutiã suntuoso que avantajava ainda mais os seios, os convidando a serem chupados, sequer passava perto. Toda aquela sensualidade era algo que vinha de dentro para fora.

Era uma áurea que só sua Rafaella tinha, uma maneira de andar, uma maneira de sorrir, a sua linda mania de estar totalmente vestida para matar e complementar isso com um pano de pratos sobre os ombros.

— Você sabe que é linda, não sabe? Não só gostosa, mas linda mesmo, inteiramente. Saiba que não é um elogio só ao seu corpo que é muito lindo, mas de um modo geral. Acho que me apaixonei de novo por você nesses dias e não consigo controlar — Eu disse da bancada onde havia me sentado quando entrei no recinto causando uma risada em Rafaella. Não era deboche, eu conhecia aquele tom acompanhado da sua falta de olhar para mim. Ele tinha ficado tímida.

— Você é tão exagerada Bia! — Ela disse toda boba quase errando as pitadas por isso. Me aproximei para ajudar, portanto, embora todos saibam que eu sou péssima com isso.

Foi quem sabe por essa razão que ela riu, mas só até eu me abraçar a seu corpo com as mãos na cintura mexendo a panela enquanto ela me olhava por cima do ombro. Era uma observação silenciosa, mas que envolvia tesão e romance, isso era muito explosivo.

— Você sabe que eu não vou desistir, não sabe? — Rafa mencionou olhando para Bianca que assentiu calmamente — Que eu só paro quando eu consigo o que quero por mais bobo que seja, certo? — Continuou Rafaella que apenas sentiu Bianca a apertar com mais ímpeto.

— Sim e sim. Sua obstinação é com certeza uma das coisas mais lindas que você tem também — A menor disse começando a distribuir beijos dos ombros, em cada uma das escápulas, depois pela linha da espinha, cintura e por fim fazendo o caminho pela linha do fio dental da calcinha.

Rafaella arfou, claro. Estava sedenta desde a noite anterior e isso não estava ajudando em nada. Bianca fazendo o contorno da peça, seu olhar sedutor, o contexto, tudo contribuía para a vontade imensa de fechar as pernas que ela mesma sacramentou.

— Você não vai me ganhar com um elogio — Rafa disse desligando o fogão e virando todo seu corpo para Bianca que agora estava ajoelhada no chão, prendendo o cabelo.

Era tão óbvio o que ela pretendia que Rafa apenas conseguia dar um sorriso de canto enquanto a menor tocou seu pé o repousando no colo para ter acesso ao anterior da perna.

— Nas minhas contas foram dois — A carioca disse começando a beijar enquanto Rafaella subia o pé por sua roupa. A respiração parou no momento em que começou a ser acariciada, mas durou tão pouco quanto o tempo de expirar e inspirar.

A general apenas a fez se sentar sobre o chão depois de um leve empurrão e em seguida, leia-se lentamente, desceu até o seu colo, fazendo questão que quase todas as partes do tronco até a última parte superior do corpo se tocasse.

Os abdômens definidos, os seios tão diferentes em proporções, mas igualmente sensuais, os pescoços, os queixos e como a palavra foi quase e não tudo não as bocas, isso Rafaella não fez e, de quebra, ainda colocou as mãos para trás e elevou as de Bianca, prendendo acima e apoiada no balcão.

— Você é boa Tenente — Rafaella disse lambendo o contorno da boca enquanto começava a mexer no colo de Bianca. Os seios estavam raspando, os bicos um provocando o outro e isso apenas incitava mais a carioca que quase gemia — Mas... — Começou Rafaella fazendo o movimento de frente para trás descender dos seios a cintura, o que demonstrava seu controle corporal sempre invejável — Não é a toa que... — Continuou a maior concentrando agora a ponta da língua dentro da boca de Bianca, a tirando antes do beijo se concretizar. A carioca tentou ir para frente, mas presa por pernas e braços não conseguia se mover — Eu sou a General — A mineira falou.

— Nega então que não está molhada para mim — Bianca demandou com Rafaella em seus lábios, mas sem beijar. Ninguém fechava os olhos, então até o olhar estava perto demais.

— Bianca... — Tentou a maior, mas sabia que a outra poderia sentir sua boceta quase latejando contra a própria perna, ainda mais enquanto estava se movendo de frente para trás com tanto afinco.

— Se não estiver eu te conto o segredo — Segundo Rafaella isso era muito sujo. Só não a julgaria porque tinha dois dias que estava se comportando como o próprio demônio com uma mulher grávida então não tinha muito perdão.

— Não vou entrar nesse jogo com você — Rafaella devolveu tentando se desvencilhar. Não da esposa, mas daquele jogo fadado a perda.

— Você já sabe o resultado, por essa razão não está querendo me dar o gosto — Bianca provocou mordendo o lábio da maior e trazendo nos seus lábios enquanto a olhava, se possível não fechar os olhos a fazia sentir mais agora.

— E o que espera que eu diga? — Questionou a mineira quando Bianca começou a chupar seu pescoço, fechando os lábios na carne e sugando até que estivesse marcada. Ainda bem que a esposa era uma exímia produtora de maquiagens do contrário teria que ficar as férias inteiras com uma gola alta.

— Que quer que eu foda você — Bianca disse chupando a orelha dessa vez, mordendo o lóbulo até sentir o corpo da maior vibrar acima do seu.

— Sabe quando vai me ouvir admitir isso? — A dona de casa disse esfregando ainda mais o meio das coxas na perna da esposa — Nunca — Rafaella sorriu se levantando sob os olhos de Bianca que a seguiram sedentos enquanto ela voltava a se concentrar outra vez na cozinha.

Por uns minutos tudo o que a empresária fez foi ficar ali parada, mas tão logo deu duas respiradas concluiu que era muito injusto que as coisas terminassem sempre com Rafaella a provocando e ela terminando toda melada e abandonada.

Daria o troco ainda aquela noite e não aguardaria muito mais que o fato de que precisava comer, afinal, ainda era uma mulher grávida com uma criança em plena formação.

— Na boca — Mandou quando foi servida e Rafaella revirou os olhos fazendo o que demandava a esposa, colocando a comida em seus lábios repetidas vezes enquanto a mesma ia mastigando.

Bianca podia dizer que comeu fartamente, não tudo o que queria ou gostava, mas comeu muito bem e agradeceu ainda mais quando a esposa a mandou subir para que lavasse a louça.

— Tem certeza? — Perguntou a morena a abraçando, mas dessa vez sem a intenção sexual por trás, era apenas o carinho diário.

— Já tive suficientes louças quebradas no natal — Relembrou Rafaella. Depois de calcular o estrago sabia que Bianca a devia quase uma cozinha inteira novinha em folha.

— Eu te amo, sabia? — Bianca disse olhando nos olhos de Rafaella que apenas sorriu recebendo vários selinhos até se transformar num beijo de gratidão e amor, muito amor. Se desejavam até o último nível, mas para equilibrar amavam-se da mesma forma.

— Eu também te amo boca rosa — Falou Rafaella segurando o rosto da esposa depois do beijo final da esposa — Agora vai tomar seu banho que eu já separei uma roupinha lavadinha e cheirosa para você deitar. Pode colocar um filme enquanto me espera que eu chego já — A mineira disse e quando Bianca se afastou a puxou de novo — Te amo — Repetiu a beijando com lentidão, explorando cada canto da boca uma da outra até que o ar faltasse em seus pulmões. Rafa parou por aí, afinal, mais que isso poderia deixá-la toda derretida e inclinada a dar o que Bianca queria. Mal sabia Rafaella, no entanto, que o jogo que jogam uma podem facilmente jogar duas...

O Decreto Kalliman Onde as histórias ganham vida. Descobre agora