༄𝐊𝐚𝐭𝐬𝐮𝐤𝐢 𝐁𝐚𝐤𝐮𝐠𝐨𝐮༄
Convenci o meu namorado à vir cozinhar comigo. Eu sei, eu sei, mereço um prêmio.
Estamos nas famosas férias de inverno. E (bem milagrosamente porque eu não sei o motivo) o Katsuki pediu para passar alguns dias na minha casa.
Desde então, parece outra pessoa, pelo menos na presença da minha mãe. Ele age como o genro perfeito, além de viver sorrindo e falando o tempo todo.
Estranho, eu sei.
E eu aproveitei este -muito- bom humor para pedir que ele viesse, encarecidamente, preparar alguma sobremesa comigo.
Porque eu quero comer doce.
E nem foi TÃÃÃO difícil assim, ele até que aceitou bem rápido.
— Por que você escolheu algo tão complicado? -Perguntei, passando a mão na testa para tirar alguns fios de cabelo dali- Quando eu falei que estava com vontade de doce, imaginei que você escolheria algo simples para fazer.
Ele apenas deu uma risada curta.
— É sério! -Franzi o rosto, cortando mais um pouco do chocolate- Eu esperava uma espécie de brigadeiro. Mas não. -Revirei os olhos- Você escolheu bolo no pote. Bolo no pote!
Bakugou: S/N, fica quieta. -Sorriu- Você queria algo consistente e com chocolate. Só brigadeiro não fica assim. -Continuou batendo a massa de bolo- E eu aprendi a te ler, sei exatamente o que você quer.
Ele está certo.
Eu queria bolo no pote.
— Tá, mas isso é difícil. -Resmunguei, jogando o meu corpo para trás para escapar dos chocolates picados- Ainda falta o creme e as frutas para-
Bakugou: Amor, fica quieta. -Pegou um quadradinho de chocolate, colocando-o na minha boca, paralisando depois.
Arregalei os meus olhos, virando o rosto para ele, mas Katsuki foi mais rápido em virar o próprio rosto. Embora suas orelhas vermelhas tenham ficado visíveis.
— "Amor", é?! -Ele se encolheu- Gostei de como isso soa. -Sorri.
Bakugou: Fica quieta. -Murmurou, largando a colher que usava para mexer a massa.
— Tem noção que já me mandou ficar quieta três vezes em quatro minutos, né?! -Voltei à cortar os chocolates- Amor. -Retribui, provocando-o.
Escutei um resmungo por parte dele, e alguns segundos depois, seu rosto estava entre a curvatura do meu pescoço.
Bakugou: Saiu sem querer. -Sussurrou.
༄𝐈𝐳𝐮𝐤𝐮 𝐌𝐢𝐝𝐨𝐫𝐢𝐲𝐚༄
— Olha esse chaveirinho, Izu. -Falei empolgada.
Midoriya: Deixa eu ver. -Se aproximou, colocando a mão sobre a minha para ver o chaveiro.
Saímos dos dormitórios hoje para ele fazer compras, e acabamos em uma lojinha que homenageia os heróis.
Me encantei pelo pequeno objeto de um mini Deku em sua roupa de herói.
Midoriya: Mentira! -Exclamou surpreso- Como assim t-tem um... é... sou eu. -Me olhou, seus olhos brilhando.
— É você. -Afirmei- Mas depois da luta com o Shigaraki, eu não esperaria menos.
Midoriya: Eu não acredito nisso. -Pegou o chaveiro da minha mão- É... novo, pra mim. -Deu uma risada nervosa.
— Imagino. -Coloquei uma mão em seu ombro- Agora, me devolve. Eu vou comprar esse para mim.
Estiquei o braço, pegando o chaveiro de volta.
Midoriya: Por quê? -Suas bochechas se avermelharam.
— Ué. Primeiro porque é literalmente um chaveiro do meu namorado. -Dei um beijo em sua bochecha- E segundo porque representa um marco importante para nós dois.
Midoriya: É, eu sei. -Sorriu, segurando a minha mão para voltarmos a andar- Mas não precisa comprar isso, amor.
...
Nem necessito dizer que os dois paralisaram no meio da loja. Ele com a mão ainda segurando a minha, e eu com o chaveiro entre os dedos.
— Oi?
Midoriya: N-Nada! -Apertou mais a minha mão- Desculpa. -Murmurou.
— Está se desculpando por me chamar de uma forma carinhosa? -Fiquei na sua frente- Sabe que não precisa disso, amor. -Pisquei.
Não sabia que ele podia ficar tão vermelho assim.
༄𝐄𝐢𝐣𝐢𝐫𝐨 𝐊𝐢𝐫𝐢𝐬𝐡𝐢𝐦𝐚༄
Kirishima: Já decidiu, S/N? -Perguntou, parando de olhar o cardápio.
— Ah, é muita coisa. Não consigo escolher. -Olhei para a mesa- Pode escolher por mim. -Sorri.
Kirishima: Tudo bem então. -Estendeu a mão por cima da mesa para eu segurá-la.
Estávamos tão entediados no dormitório, que decidimos sair um pouco. Eu recomendei essa lanchonete para o Eijiro e, é, viemos para cá.
— Gostou do lugar? -Perguntei- Eu nunca trouxe alguém aqui, e por não ser tão conhecido, fiquei com medo de você não-
Kirishima: S/N. -Me interrompeu- Eu gostei, não se preocupe. -Sorriu, mostrando seus dentinhos ao mesmo tempo que fechava os olhos.
Não demorou muito para que o garçom chegasse para anotar os nossos pedidos. E como o combinado, deixei que o Kiri escolhesse para mim.
Kirishima: Vou querer uma porção de batata, Esse sanduíche aqui, -Apontou para o cardápio- e um milkshake de morango. E o mesmo para ela. -Apontou para mim- Pode ser né, amor?
Não tive tempo de raciocinar para assentir. O garçom apenas concordou e se afastou da mesa, deixando nós dois nos encarando com surpresa no rosto.
Kirishima: Eu... é... -Coçou a nuca- Não vou retirar o que eu disse, só para avisar. Eu estou apenas... tentando... bom... Meu Deus. -Colocou a mão no peito- Para de bater tão rápido, ela vai ouvir! -Sussurrou para o próprio coração(?)
— Eu não iria pedir para você retirar o que disse, de qualquer forma. -Murmurei, dando de ombros.
Kirishima: Sério? -Me olhou com felicidade- Tenho carta branca para te chamar de "amor", então?
— Tem, Eijiro. -Sorri boba.
Ele fez uma dança comemorativa na cadeira.
༄𝐒𝐡𝐨𝐭𝐨 𝐓𝐨𝐝𝐨𝐫𝐨𝐤𝐢༄
Ter decidido assistir à um filme de cachorro na sala do dormitório enquanto todos estão dormindo foi uma péssima ideia.
Estou chorando há dez minutos consecutivos e estou com medo de acordar alguém.
Dito e feito.
Apenas alguns segundos depois uma sombra me cobriu. Reconheci meu namorado pela coloração do cabelo. Ele ainda coçava os olhos para tentar deixá-los abertos.
Todoroki: S/N? O que foi? -Se abaixou na frente do sofá, já que eu estava deitada ali.
— O filme. -Disse em meio a soluços.
Shoto apenas olhou o nome do filme antes de se virar para mim.
Todoroki: Filme de cachorro, não é?! -Colocou a mão no meu braço- Sempre fico triste também.
Ele não falou mais nada depois disso, apenas continuou com a mão no meu braço enquanto eu chorava litros pelo final do filme.
Todoroki: Calma. -Ergueu os braços para passar os dedos pelo meu rosto- Já acabou o filme, e era apenas uma encenação. Nada daquilo é real. -Murmurou, ainda acariciando o meu rosto.
Ele esperou um tempinho até que eu, ao menos, parasse de soluçar.
Todoroki: Está melhor? -Balancei a cabeça- Ótimo. Fico feliz, amor. -Deixou um beijo na minha testa.
Meus olhos se levantaram até o seu rosto, que apenas demonstrava tranquilidade, enquanto eu lutava para manter o meu coração dentro do meu corpo.
— O que você disse? -Sussurrei.
Todoroki: O que? O apelido? -Franziu o rosto- Não era para eu ter dito? Desculpa. -Abaixou o olhar- O Natsuo me disse uma vez que eu deveria começar a te chamar assim. Você se incomodou?
— Quê? Não. -Sorri- É só que... foi repentino. Mas posso me acostumar.
Todoroki: Então... eu posso te chamar de amor? -Tombou o rosto para o lado.
— Pode. -Me estiquei, me aproximando dele- Mas se você continuar sendo fofo assim eu não vou resistir.
Shoto apenas sorriu e deixou outro beijo na minha testa.
༄𝐃𝐞𝐧𝐤𝐢 𝐊𝐚𝐦𝐢𝐧𝐚𝐫𝐢༄
— Kaminari, é sério isso? De novo? -Tentei soar brava, embora fosse impossível devido ao sorriso enorme no meu rosto.
Kaminari: O quê? Eu só estou recuperando as minhas energias. -Se aconchegou mais.
— Pela quinta vez só hoje?
Kaminari: Só a quinta vez? Foram poucas até. -Riu.
Ele está com uma mania de, em qualquer oportunidade, deitar na minha coxa para exigir que eu mexa no cabelo dele.
Kaminari: Qual é, não reclama que eu sei que você ama o meu cabelo. -Relaxou quando eu passei a mão pelo seu couro cabeludo.
— Amo mesmo. -Dei de ombros- Mas se dependesse de você, a gente ficava aqui o dia todo. -Estreitei os olhos, ainda mexendo no cabelo dele.
Kaminari: Eu não vejo problema algum nisso. -Sorriu, se ajeitando- Você vê? Acho que não, né, amor? -Tentou fazer uma voz galanteadora.
Meu corpo todo travou e eu juro que tive que lutar contra a minha respiração para que eu conseguisse receber oxigênio o suficiente.
Kaminari: Parou por quê? -Se virou, olhando para o meu rosto- Ah, foi a parte do "amor" que te deixou assim? -Sorriu de forma cretina.
Foi de propósito.
— Denki seu-
Kaminari: Seu o quê? Amor da sua vida? Seu namorado lindo e maravilhoso? Eu sou, não sou? -Voltou a deitar nas minhas coxas.
Ainda sem conseguir formular uma frase direito e com o rosto pegando fogo, decidi fazer o que o destino mandou: Continuar com o cafuné.
Kaminari: Você também é linda e maravilhosa, amor. -Seu tom zombeteiro era evidente.
— Denki!
Sua risada alta ecoou pelos meus ouvidos.
༄𝐇𝐚𝐧𝐭𝐚 𝐒𝐞𝐫𝐨༄
— Mas por que não, Sero? -Murmurei, apontando para a sala dos professores.
Sero: Porque isso é claramente cilada, S/N. -Passou o braço pela minha cintura para me impedir de avançar.
Mais cedo, eu vi alguns professores chegarem com vários tipos de comidas diferentes e colocarem naquela sala. Descobri que eles estão fazendo algum tipo de confraternização ali, e eu só queria dar uma espiadinha.
E ver se, talvez, eu conseguiria sair de lá com algumas guloseimas.
Compartilhei a ideia com o Sero, mas ele não quis me apoiar por ser "perigoso"
— O que de mal pode acontecer? -Tentei me desvencilhar dos braços dele.
Sero: Você ser levada para a detenção, no mínimo? -Me apertou mais- Você literalmente quer invadir a sala dos professores. E por comida. -Respirou fundo- Olha, assim que as aulas acabarem a gente sai e eu compro o que você quiser, mas esquece essa ideia. -Pediu.
— Mas você tem noção da aventura que é? -Me virei para ele- É empolgante, dá o friozinho na barriga. -Olhei para a sala- Eu vou lá.
Sero: Mas meu amor... -Sua mão segurou a minha, tentando me impedir.
E eu vou dizer que conseguiu, viu?!
— Tudo bem. -Sorri, o puxando para a direção oposta da sala dos professores- Depois disso, eu fui completamente desarmada.
Sero: Bastava eu te chamar de "amor", então? -Me olhou, de forma boba.
— Pode apostar!
Sero: Então eu vou usar isso mais vezes. -Entrelaçou nossos dedos.
༄𝐓𝐚𝐦𝐚𝐤𝐢 𝐀𝐦𝐚𝐣𝐢𝐤𝐢༄
Amajiki decidiu que queria redecorar o quarto dele, e me chamou para ajudá-lo.
É claro que eu aceitei.
Bolei uma ideia de decoração incrível, e aprovada pelo próprio Tamaki. Por isso, começamos o trabalho há alguns dias.
É muita coisa para cortar e colar.
Mas eu tenho quase certeza de que terminamos hoje, pois só faltam alguns detalhes e... boom! Prontinho.
Estávamos terminando a última parte, e decidimos que eu cortaria enquanto ele colava.
— Tamaki, esse aqui está difícil de cortar. -Apontei para a mesa de centro- Me passa o estilete?
Tamaki: Claro. -Ele o pegou da mesa- Aqui. Mas toma cuidado, amor. -Disse ao me entregar o estilete.
E é por isso que estamos há alguns minutos olhando um para o outro, ambos segurando uma ponta desse bendito estilete.
Se eu estou vermelha e sentido o meu rosto esquentar a cada segundo que passa, o Amajiki está o triplo.
Eu pisco. Ele pisca. Eu pisco. Ele pisca. Eu pisco. Ele pisca.
Estamos nessa há um tempo.
Tamaki: Meu Deus! -Soltou o estilete de forma abrupta, virando de lado para mim com as duas mãos no rosto- Esquece o que eu falei, por favor. -Sua voz estava abafada- Foi sem querer.
— Eu... bom, é. -Respirei fundo- Não me importei com isso.
Seus dedos abriram um espaço entre os olhos, fazendo com que ele me encarasse através das mãos, que ainda estavam em seu rosto.
Tamaki: Não...?
— Não. -Sorri, sem graça- Por que eu me importaria com um apelido carinhoso? -Arregalei os olhos, me virando para ele- Quer dizer, eu me importo, mas de um jeito bom, sabe? Eu não quis... é...
Enquanto eu me embananava com as palavras, ouvi algo como "Vocês dois se merecem completamente" vindo da parede. Sim, da parede.
Era o Mirio.
Ele desapareceu tão rápido quanto apareceu ali.
Tamaki: Então, Eu posso... -Olhou para baixo, juntando as mãos- Posso te chamar assim?
— Só se eu também puder. -Estiquei meu braço para cobrir suas mãos com as minhas.
Tamaki: É claro que pode. -Sorriu, fechando os olhos.
E é óbvio, com o rosto todo vermelho.
༄𝐇𝐢𝐭𝐨𝐬𝐡𝐢 𝐒𝐡𝐢𝐧𝐬𝐨𝐮༄
O Aizawa decidiu dar um descanso para o meu querido namorado hoje, o que significa: nada de treino.
Dito isso, o Shinsou decidiu que iria passar o dia livre no meu quarto. Conversamos por um tempinho até ele se distrair com alguma coisa e ficarmos ambos em silêncio, apenas aproveitando a companhia.
E já que ele estava fazendo sabe-se-lá-o-que, eu decidi ver alguns reels do Instagram.
É claro que eu o ouvi resmungar ou balbuciar algo várias vezes, o que quer dizer que ele quer atenção. Mas dessa vez, quero que ele se expresse verbalmente, o que é meio difícil para ele.
Shinsou: S/N. -Chamou. Não respondi- Vai fingir que não me ouviu mesmo? O que é tão engraçado no Instagram que prende tanto a sua atenção?
Vi, pela visão periférica, quando ele cruzou os braços e olhou para o lado.
Shinsou: Amor... -Murmurou.
Virei o meu rosto o mais rápido que pude na direção dele.
— Como?
Shinsou: Você deixou esse molho de chaves cair. -Se levantou, vindo até mim para entregá-las- Está bordado "amor" aí.
Ele colocou as chaves na minha mão e foi até a minha escrivaninha para sentar na cadeira.
Com o rosto franzido, analisei o molho de chaves rapidamente.
— Ei! Não tem nada bordado com "Amor" aqui.
Olhei de volta para ele, me deparando apenas com o sorriso que descansava em seu rosto.
Shinsou: Eu sei!
༄𝐊𝐞𝐢𝐠𝐨 𝐓𝐚𝐤𝐚𝐦𝐢 (𝐇𝐚𝐰𝐤𝐬)༄
Faz meia hora que eu estou tentando o meu máximo para ignorar o Keigo.
Esse frango voador simplesmente comeu o meu doce que estava na geladeira. Sabendo que era meu.
Tenho que reconhecer o esforço, ele realmente está tentando fazer com que eu fale com ele. Mas roubar minha comida? É quase imperdoável.
Hawks: Ô, S/N. -Se aproximou- Me desculpa, eu prometo que não vai acontecer de novo. -Fez bico.
Encarei seu rosto por um tempo, virando-o para o lado em seguida.
Hawks: Poxa. -Falou- Será que se eu usar a palavra certa você me escuta? -Perguntou, mais para si mesmo do que para mim- Vida?
Ignorei.
Hawks: Hmm... Linda? -Silêncio- Ok, não.
Ele pensou por alguns segundos.
Hawks: Paixão? -Seu rosto se contorceu- Credo, não. Definitivamente não. -Suspirou- Meu docinho. -Cantarolou- Ah não, Keigo. Tudo tem limite, pelo amor de Deus.
Ele, resmungando consigo mesmo, começou a dar voltas e voltas pelo quarto, antes de se jogar ao meu lado na cama.
Hawks: Poxa amor, você poderia dar um desconto. Eu tô tentando. -Cruzou os braços.
Ok, essa me pegou de surpresa.
Antes que eu me impedisse, meu rosto de virou com rapidez em sua direção.
Hawks: Ah, é "amor" então? -Sorriu- Tudo bem, por mim pode ser esse. -Ele se inclinou para me beijar.
— Para, Keigo. -Coloquei a mão em seu peito para empurrá-lo, com um sorriso no rosto.
Hawks: Se eu soubesse que a palavra "amor" teria esse efeito, tinha usado antes. -Riu, me beijando novamente.
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