A Viajante - A Resistência Se...

Bởi autoratamiresbarbosa

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⚠ Atenção, este é o segundo livro da triologia "A Viajante". A sinopse pode conter spoilers! ⚠ Sem a ajuda de... Xem Thêm

Sobre o livro
Dedicatória
Epígrafe
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60

Capítulo 39

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Bởi autoratamiresbarbosa

Não conseguiu dormir na noite anterior. O que havia acontecido, ainda a assombrava. No lugar do sono, apenas lágrimas pesavam sobre seus olhos. Lembranças do momento em que descobriu que foi traída por seu melhor amigo; por seu irmão, ainda passavam em sua cabeça como flashes.

Se perguntava o porquê de tudo de ruim acontecer com ela. Por que não tinha nenhum minuto de paz? Já era azarada por ter perdido seus pais, e não sendo o suficiente, tinha que ir para um universo paralelo, ter a consciência transferida para uma menina que "morreu", quase ser morta várias vezes, ter uma organização secreta a perseguindo, ver todos que amava se darem mal, e além disso, ser traída pela pessoa que mais confiava.

Escutou a porta de seu quarto abrindo, de repente, e passos caminharam até ela.

— Acorda, menina. Está na hora de ir para a escola. — A voz de Rosa disse em seu ouvido. Porém, Camila nem se mexeu. — Anda! Vai se atrasar!

Apesar de estar acordada, não queria levantar da cama. Não queria sair nunca mais dali. Não pos-suía ânimo para nada, muito menos para estudar. Nem era sua vida, então, por que se preocuparia com isso?

— Leyla, levanta!

— Eu não vou para a escola hoje. — Sua voz saiu rouca, por conta do tanto que chorou durante a madrugada.

— Por quê? Está se sentindo mal?

— Sim. — E não era mentira. — Não quero ir para a escola.

Ouviu Rosa suspirar.

— Certo, como quiser. Me chame qualquer coisa. — Após isso, ela saiu do quarto.

Camila não saiu em nenhum momento do dia, apenas se levantava de sua cama para usar o banheiro, que era uma suíte, dentro do quarto, e saía apenas algumas raras vezes para pegar água.

Se lembrou das memórias de Leyla. Ao que parecia, havia um frigobar em seu quarto, há um tempo, antes de quebrar por sabe-se lá qual motivo. Se ainda tivesse, a ajudaria bastante naquele momento, para não ter que ficar saindo do quarto sempre. Se pudesse, não se levantava da cama nunca mais. Além disso, não sentiu fome boa parte do tempo, e quando sentiu, resolveu que não iria comer nada.

Essa mesma rotina se estendeu pelo final de semana inteiro. Chorar, tentar não pensar no que houve, se lembrar e chorar novamente junto de pequenas pausas para usar o banheiro e beber água foi tudo o que fez. Percebendo o comportamento estranho vindo dela, Rosa foi até seu quarto no domingo, e tentou convencê-la de comer alguma coisa.

— Leyla, precisa sair daqui para comer. Os funcionários não te viram em nenhum momento fora desse quarto, e nem eu.

— Eu não quero. — Sua voz saiu de uma forma esquisita; quase inexistente. Se sentia fraca, sem forças até mesmo para levantar. Porém, não queria comer. Sua vontade era nula.

— Você ainda se sente mal? Precisa ir à um hospital!

— Eu estou bem, só não quero comer.

— Menina, coma pelo menos uma fruta. Vou trazer para você uma maçã, tudo bem?

Assentiu, sabendo que a mulher não sairia dali até ela aceitar. Quando comeu, sentiu um alívio muito bom em seu estômago, que por não ter recebido nenhum alimento durante todo o final de semana, estava fazendo-a se sentir enjoada. Porém, foi tudo que comeu pelo resto do dia.

Na segunda de manhã, Camila acordou com Rosa lhe chamando novamente, e sua resposta, foi a mesma que deu na sexta.

— Não quero ir para a escola hoje.

— Isso já está passando dos limites, menina! — Rosa parecia furiosa, porém, ao mesmo tempo, preocupada. Camila sabia que ela já havia sido bem próxima de Leyla no passado, e ainda parecia se importar bastante com ela. — Você precisa se levantar dessa cama, e sair desse quarto!

Não respondeu nada. Mal tinha forças para falar alguma. Percebendo o silêncio da garota, Rosa vociferou:

— Já chega! Vou falar com a sua mãe agora!

Não sabia quanto tempo exatamente havia se passado, porém, ouviu a porta do quarto abrir nova-mente, e um barulho de saltos foi ouvido. Reconhecia aqueles passos. Era Carla.

— Escuta, Leyla, eu não tenho tempo para as suas gracinhas, chiliques, nem tentativas de chamar atenção. Eu não tenho que ficar lembrando a uma adolescente que ela precisa comer e ir para a escola, preciso? — A raiva era notável em sua voz. — Levanta dessa cama agora!

Camila, porém, nem se mexeu, e isso pareceu irritar Carla ainda mais. A mulher apressadamente, foi até ela e puxou o edredom.

— Eu mandei você sair!

— Eu não vou, me deixa em paz! — Disse com sua voz que saiu quase falha, e se sentou na cama, devolvendo o olhar raivoso a ela. Por conta do movimento rápido que fez ao se levantar, sentiu sua visão escurecer. Porém, não deixaria que isso a impedisse de desafiar Carla.

— Garota, para com essas frescuras! — Carla a segurou pelo braço. — Você vai levantar dessa cama agora!

— Não, eu não vou! Para de bancar a boa mãe, Carla, porque isso você não é! — Puxou o braço, se soltando do aperto da mulher. — Você só se importa consigo mesma! Me deixa quieta, eu não pedi para você vir até aqui!

Carla crispou os lábios, e lhe lançou um olhar de raiva e indignação. Mas isso não a intimidava mais. Já não bastava tudo que estava passando, ainda tinha essa mulher para atormentá-la. Tudo que queria era sumir; deixar de existir. Não queria fazer nada, apenas ficar ali, quieta em seu canto. Mas nem isso lhe era permitido.

— Faça o que quiser, mas esse seu showzinho não vai convencer ninguém! — Foi tudo o que ela disse antes de sair dali.

No próximo dia, Rosa foi novamente até seu quarto. Dessa vez, levou consigo Bartolomeu, e os dois caminharam até a cama de Camila. Os dias se passaram tão rápido, que parecia nem ter quatro dias desde o acontecimento em Pandiógeis. Uma dor imensa preenchia seu peito, e o que mais queria, era que tudo não passasse de um pesadelo. Não queria que fosse real, mas sabia que era.

— Menina, você está nos preocupando. — Rosa começou. — Vamos, levanta. Come alguma coisa, que o Bartolomeu vai te levar para a escola.

— Não.

Camila assistiu os dois trocarem olhares preocupados.

— Aconteceu alguma coisa na escola? — Bartolomeu perguntou. — Está assim desde sexta.

— Não. Só me deixem em paz.

— Não até você comer. — Rosa falou. — Vou trazer te trazer seu café da manhã, está bem?

— Eu não preciso comer.

— É claro que precisa. Todo mundo precisa, menina idiota. — Bartolomeu disse ironicamente, porém, percebeu que continha um pequeno indício de preocupação em sua voz, que ele parecia estar se esforçando bastante para esconder. Se perguntava se era real.

— Agradeço, mas eu estou bem. — No fundo sabia que não estava. Sua voz era baixa, quase inexis-tente. Dormia a maior parte do tempo, e quando ficava acordada, apenas chorava.

Rosa balançou a cabeça e saiu rapidamente do quarto.

— Você quer que eu tente ver com algum de seus amigos se eles podem vir te ver? — Bartolomeu perguntou. — Talvez te faça melhor.

— Não. Não quero ver ninguém. Por favor, me deixa quieta. — Pegou o edredom e se cobriu até a cabeça. Alguns segundos depois, escutou passos se afastando, seguido do barulho da porta sendo fe-chada.

No dia seguinte, ouviu a porta de seu quarto abrindo novamente, mas ficou surpresa quando ouviu de quem era a voz que lhe chamou.

— Leyla. — Escutou Carla dizendo. Sua voz expressava raiva e impaciência. — Você precisa sair dessa cama. Você vai acabar ficando doente, e vai me dar problemas!

Era óbvio que a preocupação dela era isso ter consequências para ela própria. Até porque, quando Carla Scarlett se importaria com o próximo, não é mesmo?

— Eu não ligo.

Escutou Carla suspirar.

— Olha para mim, garota. — Ao ver que não obteve resposta, ela continuou. — Leyla, mandei olhar para mim!

Resolveu obedecer. Talvez, fazendo o que aquela mulher estava pedindo, ela pudesse deixá-la em paz de uma vez. Então, se virou e, com todo a pouca energia que ainda tinha, conseguiu se sentar, com muito esforço.

— Você está horrível! — Sua expressão mudou bruscamente para uma de susto. — Você andou cho-rando?

— E por que você quer saber?

Carla suspirou novamente antes de caminhar até sua cama e se sentar ao seu lado.

— Olha, Leyla, eu sou péssima com isso, mas... — Deu uma pausa. Agora, seu tom de voz era suave, bem diferente do que usou há alguns segundos. — Eu não sei o quanto você está sofrendo com tudo isso.

Claro. Ela também achava que tinha a ver com Daniel.

— Você não sabe de nada.

— Eu tenho noção disso, é o que quero dizer. E eu... sei que não sou uma boa mãe. — Ao que parecia, estava custando muito a ela dizer isso. — Mas isso não significa que eu não me importo com você.

— Se importar comigo? — Teria rido se tivesse energia para isso. — Não foi isso que pareceu quando você veio aqui há dois dias.

— Eu não vou pedir para que me conte o que houve, até porque, eu não sou a melhor pessoa para isso, e sei disso. Eu nunca dei motivos para que você confiasse em mim, então seria hipocrisia minha pedir para que confie agora. Mas, seja lá o que esteja acontecendo, não vai resolver a situação deitada em cima de uma cama.

— Não tenho nada para resolver.

Um longo silêncio se estendeu por alguns segundos antes de Carla retornar a falar:

— Quando eu tinha sua idade, eu era como você. Diferente do meu irmão, eu não queria seguir nada do que minha mãe dizia. Eu acreditava nas "belezas da vida"; na bondade. Nunca me importei com essas besteiras de linhagens, classes sociais e mais dessas coisas que nos ensinam, tanto que não foi o que passei para você também.

A olhou. Por que ela estava dizendo isso agora?

— Quando conheci seu pai, me apaixonei pelo jeito que ele me tratou, ou pelo jeito que eu achei que ele me tratava. Mas depois de alguns anos, quando eu finalmente percebi quem ele realmente era, meu mundo caiu. Eu não o conhecia mais. Na verdade, acho que eu nunca o conheci de verdade, e apenas tinha uma versão bonita e distorcida dele, na minha cabeça. Tudo o que ele sempre quis, foi o meu dinheiro. — Carla dizia com a voz firme, mas seu olhar denunciava a tristeza e raiva que sentia. — E então, depois disso, eu acreditei no que minha mãe sempre disse. Que não devemos no apegar a ninguém, que todos irão nos trair em algum momento. E foi o que aconteceu, seu pai me traiu.

— Então..., ele tinha um caso? — Se lembrou daquela mulher que viu na sala de jantar, através das lembranças de Leyla. Isso explicaria também a mulher misteriosa com quem escutou Daniel conver-sando, no dia de sua chegada àquele mundo. Havia se esquecido disso.

— Não é sobre esse tipo de traição que estou falando. Eu não sei sobre isso, mas o que quero dizer, é que ele me traiu quando me enganou; quando me usou.

— E... o que fez quando foi traída? — Se sentia exatamente da mesma forma. Seu melhor amigo havia lhe traído. Havia a enganado todo esse tempo, e estava despedaçada com isso.

— Eu me fechei completamente. Disse a mim mesma que eu nunca mais iria me machucar de novo e nem confiar em ninguém. Mas foi a pior coisa que eu fiz, porque eu me tornei que nem minha mãe. — Havia lágrimas nos olhos de Carla, agora. — E acabei atingindo as pessoas mais preciosas para mim. — Ela olhou para Camila e uma lágrima rolou por seu rosto.

Estava falando de seus filhos. De Leyla.

— E com isso, acabei criando todos vocês da maneira que fui criada; da maneira que prometi que nunca trataria nenhum filho meu, como minha mãe fez. Porque eu sei como é se sentir sozinha, não amada e abandonada. Meu pai e nada era a mesma coisa, já que ele concordava com tudo que minha mãe dizia. Então eu e meus irmãos éramos só, praticamente. — Ela deu uma pausa. — Me desculpa, Leyla. — Outra lágrima rolou por seus olhos. — Eu sei que não sou uma boa mãe para você.

— Está tudo bem. — Disse rapidamente. Seus olhos estavam tão marejados quanto o de Carla. Ape-sar de serem situações diferentes, era assim que se sentia. Sozinha, desamparada, traída e não amada.

E foi assim que Carla se sentiu. E era assim... que Leyla se sentia? Será que ela também passou por isso? Afinal, ela é verdadeira filha de Carla.

Um silêncio se estabeleceu no local novamente, sendo cortado por Carla alguns instantes depois:

— O que eu quero dizer com isso, é que não quero que seja como eu. Não quero que fique remoendo para si o que aconteceu, porque isso vai te destruir e te tornar em alguém... igual a mim. Seja lá o que aconteceu, você não pode ficar do jeito que está. Dificuldades, decepções e momentos difíceis sempre vão existir. Afinal, qual seria a graça se tudo fosse fácil? Mas não significa que só pela dificuldade, que é impossível.

— Desde quando é tão boa em aconselhar assim?

— Eu não sou. Mas tenho que me esforçar pela minha filha, não? — Ela sorriu, um sorriso que nunca havia visto da parte dela antes. Era genuíno e inocente. Não parecia ser Carla naquele momento. — Seja o que for que está acontecendo, eu sei o quão difícil pode parecer. Quando passamos por situações muito difíceis, parecendo que não tem solução; que nosso mundo acabou e que não há saída. Eu sei como é acordar desanimada para tudo, com o sentimento de tristeza que parece que nunca vai passar. Mas vai.

— E como você sabe? Nem sempre pode passar.

— Quando estamos passando por essa situação, parece que não. Quando conseguimos enfrentar isso, olhamos para trás e vemos por tudo que passamos, vemos o quão forte somos e o quanto valeu a

pena tentar. Então, olhe para trás e veja tudo o que aconteceu. E eu sei que vai conseguir passar por isso também, porque você é minha filha. É uma Scarlett. E nós somos fortes.

— Mas eu não sou sua filha... — E era verdade. Ela não era Leyla. E Leyla, também não era sua filha biológica.

— Claro que é! — Ela pareceu ofendida. — Independente de qualquer coisa, você é sim minha filha! Quem disse que para se ter uma família, precisa ser biológica?

Família. Os Viajantes eram sua família. Havia os traído assim como Tiago fez com ela. Havia tratado Heliberto e Dian mal. Sua família. Um terrível sentimento de culpa a invadiu. O havia feito?

"Somos uma família, e uma família não abandona uns aos outros."

Nunca esteve sozinha como achava. Eles sempre estiveram lá para ela. E mesmo assim, havia os abandonado e mentindo para todos. Havia sido tão horrível quanto Tiago.

Involuntariamente, começou a desabar em lágrimas. Tudo que tentou reprimir, começou a ser co-locado para fora. Será que eles a perdoariam? Será que a viam como um monstro, agora?

Sentiu braços quentes e confortáveis ao redor de si. Carla estava a abraçando. Teria achado estranho em qualquer outro momento, mas naquele, precisava disso. Descobriu que o que sempre quis por todo esse tempo, era um abraço gentil; alguém que a confortasse. Sabia que o que estava sentindo não iria passar tão cedo. Mas ter alguém para ela naquele momento, mesmo que fosse Carla, já ajudava muito.

Retribuiu o braço. O calor do corpo da mulher contrastava com o frio melancólico do quarto. Então, era assim que significava ter uma mãe de verdade? Ter alguém ali para você? Podia estar convivendo com Carla há mais de um ano, mas mesmo assim, não tinha noção de como era ter uma mãe. Não possuía muitas lembranças de sua mãe, apenas algumas, e muitas boas. Porém, se lembrava muito bem da sensação. A mesma sensação que sentiu quando visitou o parque de Pandiógeis e teve uma lembrança. Porém, não conseguia saber o que se lembrou naquele momento. Seja o que fosse, era tão bom quanto o que estava sentindo naquela hora. A sensação de ser amada; de ser cuidada.

No fundo, talvez, Carla não fosse esse monstro que achava. No final, ela só agiu assim para se pro-teger, porque não teve alguém para ela em momentos como esse.

Se pudesse, ficaria naquele abraço para sempre.

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