Uma Regra - Os Sartori

By thaiautora

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"Só tenho uma regra. Não é tão difícil mantê-la... Só não posso cair no seu jogo" Livro 1 - Da Série: Os Sart... More

Book trailer
Personagens
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
capítulo 31
capítulo 32
Capítulo 33
capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
capítulo 38
Capítulo 39
capítulo 40
capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Epílogo - parte 1
Epílogo - Parte 2
Agradecimentos
Continuação

capítulo 37

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By thaiautora

Esse capítulo contém gatinho, não tão forte quanto o outro, visto que vai ser de outro ponto, mas tem bem pouquinho.


A porta foi aberta revelando algo que me provou um medo muito grande.

O apartamento estava destruído, cortinas rasgadas, cacos de vidro no chão, pinturas feitas de tintas vermelhas, fotos e mais fotos espalhadas pelo chão, e para aumentar minha angústia, todas as fotos tinha Alícia, em cada uma.

Nas paredes se tinha o nome Alícia, repetido varias e várias vezes, mas o que mais me chamou atenção foi o que estava escrito em uma das paredes centrais.

"Logo estarei de volta, minha lice."

As fotos que estavam espelhadas no chão, eram de vários momentos, momentos em público e no privado. Algumas fotos, era possível ver ela em casa, tomando café da manhã, assistindo televisão, se arrumando, dormindo... Outras fotos eram de Alícia na rua, na empresa, comigo.

Meu coração começou a bater mais rápido ainda.

Tinha alguém a observando.

Olho para trás e vejo Alícia começar a perder o controle.

Droga, droga.

-Alícia. -Começo a chamar o seu nome repetidas vezes, segurando o seu rosto entre as minhas mãos tentando fazer, com que as pupilas dos seus olhos se concentrarem nos meus, mas eles já haviam se perdido.

Sua respiração começou a se tornar difícil. A respiração estava falha, irregular, e era perceptível o seu esforço em tentar colocar o ar para dentro de seus pulmões.

-Meu amor, por favor, respira. -Digo tentando acalma-la, entretanto é inútil.

Um grito sai dos seus lábios, enquanto seu corpo se encolhia, e a mesma tentava tapar os ouvidos, balançando a cabeça de forma desesperada, como se não desejasse ouvir algo.

O aperto que meu coração estava sentido era enorme, se eu pudesse me colocaria no lugar dela, sentiria a dor dela, me dói não conseguir fazer nada.

A envolvo em meus braços na tentativa de acalma-la, porém não funcionava. Lágrimas escorriam por seus olhos compulsivamente, seu corpo se contraia como se estivesse sendo golpeado.

-Meu amor, por favor, volta pra mim, volta pra realidade. -A envolvi mais ainda em meus braços.

A aflição em vê-la assim estava me destruindo, não sabia o quando doía vê a pessoa que amamos nesse estado. Dessa vez era pior do que da última vez que havia ficado com ela, pois nada a acalmava, estava totalmente perdida.

Pego meu celular do bolso sem solta Alícia, e ligo para primeiro número que vejo nas chamadas perdidas. Alan.

-Se o Thomas mandou você ligar pra mim, para eu....-O interropo.

-Por favor eu preciso de ajuda, e não sei o que fazer. -Digo desesperado.

Alícia não parava, de se contorcer, de se debater, era como se estivesse em guerra com o próprios pensamentos.

-O que aconteceu? -A preocupação na voz era perceptível.

-Alícia...O apartamento...Não sei o que fazer. -Desabafo deixando que algumas lágrimas escoram pelo meu rosto. -Estou desesperado.

-Estou indo, vou avisar o outros.

Concordo antes de desligar a ligação...

-David. -O nome sai como um susurro por seus lábios de forma agoniante. -Por favor para.

-Calma meu amor, eu tô aqui. -Retido o cabelo do seu rosto e faço carinho suave em seu rosto.

-Não.

-Eu tô aqui com você. -Afirmo aconchegando ela em meus braços.

Com o tempo, Alícia começou a se acalmar, porém era como se o corpo dela não tivesse mais energia. Imagino que quando ela acorde, esteja rouca, pelos gritos que sairam de sua boca.

Visto que Filipe havia dado os remédios para ela dormi, somente amanhã a mesma iria acordar.

-Como ela está? -Pergunta Alan preocupado.

-Agora dormindo...-Solto um suspiro frustado e passo as mãos pelos cabelos. -Foi horrível, vê-la tão frágil em meu braços, e não poder fazer nada...

Os braços do meu irmão se envolveram me mim, passando o conforto que eu tanto precisava.

-Tudo vai se resolver. -Diz assim que se separa de mim.

Estávamos do lado de fora do apartamento. Erick estava indo buscar, os seguranças que Diana havia falado conosco na Noruega. Thomas se ofereceu para ir olhar as câmeras de segurança do prédio; Não sei como ele pretende fazer isso, mas o mesmo garante que vai conseguir. Alan por outro lado estava aqui comigo, esperando Lucca terminar o que estava fazendo dentro do apartamento.

-Assim que tudo estiver analisado, me mande uma cópia, e guarde as provas originais. -Ordena Lucca para um funcionário que estava junto com ele.

-Então?

-Não tinha muitas digitais, nem muitas coisas que possam ser usadas para rastrear, devo admitir, que fez um ótimo trabalho, ele sabe como funciona o processo de análise.

-E como ele saberia?

-Não vou entrar em detalhes, quem deve lhe contar isso é Alícia, mas estamos lidando com um ex policial.

-Ex policial? -Pergunta Alan incrédulo. -Eles não deveriam nos ajudar.

-A corrupção não está só dentro da marfia meu amigo, e por esta razão a polícia não deve ser envolvida, não sabemos quais são os contatos dele...Querem vê? -Pergunta se referindo ao estrago que estava dentro do apartamento.

-Por favor. -Peço.

Mesmo já tendo visto, ainda que rápido, olhar para o local completamente destruído ainda me agonizava e me fazia engolir seco.

Como a lua já se fazia presente no céu durante um bom tempo, lanternas foram colocadas, na minha mão e na do Alan, pois as lâmpadas do apartamento haviam sido quebradas.

-Essas fotos não se tem digital, nem nada que possa ser usado então ficaram aqui, as outras por sua vez, foram levadas. -Explica nos mostrando algumas fotos tiradas.

Todas as imagens pareciam ter sido tiradas bem próximas, não aparentavam ser zoom de uma foto mais distante pela ótima qualidade. Os detalhes que se dava para observar eram muitos.

-Ou ele tem uma câmera muito boa, ou isso foi tirado verdadeiramente de perto. -Comento depois de observar atentamente uma por uma, o que não foi uma função fácil, pois só de saber que alguém a observava com intenções ruim, já fazia meu sangue borbulhar misturando raiva e medo.

-Foram tiradas de perto, mas está vendo essas? -Pergunta aponto para todas as fotos tiradas quando estavam dentro do apartamento.

Anuí.

-Foram tiradas todas de um ponto específico, o mais provável e que tenham sido fotografadas de um dos apartamentos que fica nessa reta. -Aponta para a janela da sala.

Caminho em direção a janela. Observo com bastante atenção a vista, antes de volta a olhar o apartamento.

-A tinta está fresca, então quer dizer que foi recente.

-Isso é bom né? -Pergunta Alan.

-Sim, vai ajudar bastante, e alguém de confiança já está cuidando de tudo. - Garante.

Me aproximo da frase que mais fazia meu coração se apertar. O odor da tinta invadia meu nariz, predominando todo meu ofato, com o forte cheiro que ela tinha. O vermelho, não era claro e sim um pouco escuro, a tonalidade era a mesma que a de sangue,

"Logo estarei de volta, minha lice."

Essa frase me incomodava de tantas maneiras diferentes, que manter a razão era uma tarefa árdua.

Respiro profundamente, de forma lenta.

-Consegui. -Anuncia Thomas entrando no apartamento. -Meu Deus, parece que um furacão passou por aqui. -Comenta percorrendo os olhos pelo local.

-Como? -Pergunta Lucca. -Achei que não dariam isso pra qualquer um pedisse.

-E não dão.

-Então, como conseguiu?

-Foi fácil, só precisei chegar e falar que era da manutenção, mas pra isso, eu sentei do lado de uma velhinha que me contou que todo dia a manutenção vem no mesmo horário, que por sorte era a alguns minutos atrás. Assim que o caminhão chegou, só precisei falar que já havia vindo outra equipe, então enquanto estavam distraídos, peguei emprestado um uniforme que estava dentro do carro, vesti e falei que era da manutenção. Fácil.

-Isso explica o macacão. -Fala Alan.

-Seriamente pensando em contratar seus serviços. -Profere Lucca.

-Me sinto lisonjeado, mas meus serviços são exclusivos. -Emite entregando um pen drive com todas as filmagens.

O trânsito não estava tão movimentado, o que facilitou o trageto até em casa. Estava cansado, exausto, e preocupo. Desde que havia chegado de viagem, não parei um segundo, e acho que nem conseguirei descansar até saber que tudo vai ficar bem.

-Achei que não iria chegar mais. -Afirma Erick assim que passo pela porta de entrada.

-Conseguiu? -Pergunto me referindo aos seguranças.

-Sim, já tem um trabalhando. -Olho ao redor, porém não vejo ninguém. -Foi olhar as câmeras de segurança.

-Entendi...

-Finalmente, estava cansada de ficar com esse sem educação. -Diz Emma descendo as escadas.

A cara de Erick se fecha ao vê-la.

-Como ela está?

-Dormindo ainda, não acho que vai acordar essa noite.

-Fico aliviado que nada tenha te acontecido.

-Por sorte Elisa havia me convidado para dormir com ela... Não achei que ele iria voltar. -Diz a última parte como um susurro.

-Então você sabe quem é.

-Infelizmente sei, mas não sou eu que devo contar essa história, além do mais, não conseguiria me expressar com exatidão...Eu só...Toma conta dela, por favor. E perceptível o quanto você a ama, está no seu olhar e é notável, o quanto ela melhorou estando perto de você, vocês faz bem pra ela, então eu lhe peço, por favor, toma cuidado com ela.

A atenção de Erick estava em Emma, e algo em seu olhar mostrava um sentimento que nunca tinha visto em seu rosto, porém logo o mesmo sacode a cabeça, dispensando qualquer pensamento que estava em sua mente.

-Fique tranquila, eu a amo tanto, que só de imaginar um mísero segundo sem ela na minha vida, parece um inferno...

Um sorriso se formou em seus lábios...

-Você pode dormi aqui.

-Não tem necessidade, vou ficar com a Elisa por um tempo, mas obrigada pelo convite.

-Se é assim eu te levo.

-Também não vai ser necessário já está vindo me buscar, e provavelmente da forma como ela dirige, já deve está chegando.

-Até mais cunhado. -Diz se despedindo de mim. -Tchau senhor peste. -Fala assim que sai pela porta pra Erick.

-Morena doida. -Resmunga. -Vou ter que ir também irmão, preciso buscar Celeste com a nossa mãe.

Me disperso, e assim que ele vai embora, tomo um banho e logo vou em direção ao quarto onde Alícia estava.

Assim que a vejo, me corpo se tranquiliza de uma maneira inacreditável.

Essa mulher tem um poder sobre mim, que nem eu mesmo entendo.

Me sento em uma das poltronas e fico aqui, a observando dormir, guardando seus sonhos, e pensando em como a manter em segurança.






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