Uma pequena batida na porta faz com que Tommy solte um suspiro. Ele coloca a cabeça nas mãos enquanto a porta se abre lentamente, uma pequena cabeça surgindo na esquina.
"Tommy, eu fiz um pouco de comida para você. Você precisa comer." (S/n) começa a caminhar em direção a sua mesa, um prato de comida na mão. Tommy não diz nada, mas levanta a cabeça e observa a garota enquanto ela coloca o prato na frente dele. Ela tinha mais ou menos a idade de Ada, e sempre foi uma boa amiga dos Shelby, e ainda melhor amiga de Tommy. Apesar da diferença de idade que ela é mais jovem, Tommy sempre olhou para Megan, sua confiança e a maneira como ela sempre ajuda alguém, não importa qual seja a situação.
"Obrigado." Foi tudo o que conseguiu reunir, sem fazer contato visual. Megan não se move, ela se senta na cadeira oposta.
"Sim?" Tommy suspira.
"Eu vou ficar aqui com você, pra te fazer companhia." (S/n) sorri, tirando um livro de sua mesa.
"Não, você não vai." Ele estala, colocando os dedos nas têmporas e movendo-os em círculos.
"Sim, Thomas, eu vou." Ela cruza as pernas na cadeira e desvia a atenção para a primeira página do livro. Havia uma coisa que Thomas podia dizer que (S/n) era que era mais do que confiança, e isso era teimosia.
O silêncio era quase ensurdecedor. O único som era a caneta de Tommy arranhando o papel e o virar das páginas do livro de Megan.
"(S/a) apenas vá." Tommy se cansa de sentir que não consegue se concentrar, mas também dos olhares preocupados que (S/n) dava por cima do livro a cada poucos minutos.
"Não. Você não vai se livrar de mim. Você está trancado aqui desde que Grace morreu-" Mas Tommy a interrompe, perdendo a paciência.
"Foda-se."
"Você acha que me xingar vai me fazer ir embora? Você mal fala com alguém, você fica trancado aqui o dia todo e sai a noite inteira, quase nem vendo seu próprio filho! Você pode não gostar que eu esteja aqui, mas eu vou ficar." (S/n) grita de volta.
Tommy fica lá em silêncio, mais uma vez vendo o lado teimoso de (S/n). Sentindo-se derrotado, ele se levanta e caminha em direção ao carrinho de bar, pegando uma garrafa de uísque e servindo dois copos. Ele passa um para (S/a) e se senta ao lado dela.
"Você está certa. E eu sinto muito. Mas minha esposa... ela está fodidamente morta." Ele bebe seu uísque e olha para ela. "Eu não posso agradecer o suficiente. Você esteve aqui por tudo isso, ajudando com Charlie, os meninos, os cavalos, e até eu. Certificando-me de que eu como... ninguém mais esteve aqui, principalmente porque eu não quero a ajuda deles, mas você é a filha da puta teimosa que ficou. Você é a única que foi teimosa o suficiente para ajudar, só você (S/a)." Ele aponta um dedo na direção dela, antes de bater seu copo contra o dela, um pequeno sorriso se formando em seu rosto que parecia o primeiro em meses.