Hershe - Seulrene

Af KidleaderKim

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Quando duas pessoas encontram algo que não estavam esperando. [Office - Fluffy - Love - Seulrene - Red Velvet... Mere

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De Volta

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31 de dezembro - Daegu

Depois de visitar o túmulo de seu falecido pai, Irene e sua mãe foram diretamente para a casa de sua prima. Essa era a rotina habitual durante essa época do ano. Elas moraram naquela vila até o pai dela morrer. Elas tiveram que se mudar de casa porque sua mãe estava tendo dificuldades em lidar com isso, tendo lembranças de seu pai em sua antiga casa.

– Irene, desça agora, o almoço está pronto. - Alguém a chamou.

– Daqui a pouco, mãe. - Irene respondeu em alto e bom som.

Irene estava deitada na cama de sua prima, olhando para o teto. Era estranho. Ela nunca odiou as férias antes, mas agora parecia um grande sacrifício não fazer nada e esperar mais dois dias antes que ela estivesse ocupada novamente.

– Irene? -

Irene voltou sua atenção para a voz e viu sua prima parada ao lado da porta. – Ei, Jisoo. -

– E aí? - Jisoo subiu na cama e ficou deitada ao lado dela.

– Nada. Estou apenas ... entediada. - Irene respondeu dando de ombros.

– Entediada? Fazemos isso todo ano, por que você está tão entediada dessa vez? - Jisoo arqueou a sobrancelha, apoiando as mãos em seu abdômen.

Irene tocou os dedos na barriga enquanto pensava no que dizer. – Eu não sei. Eu só queria que não houvesse feriado. - Ela completou.

Jisoo riu. – Ei, doppelganger, me diga onde está minha prima de verdade. - A outra brincou, dando uma leve cotovelada em Irene.

Os olhos de Irene quase desapareceram quando ela riu. – Não, sério, eu gostaria de ter que ir ao trabalho hoje. - Ela respondeu.

– Sério? Você ouviu o que está dizendo? - As sobrancelhas de Jisoo se cruzaram. Ela não podia acreditar nas coisas que sua prima estava dizendo agora.

– Eu me sinto entediada, só isso. - Irene voltou a falar.

– Mmm, há algo diferente em seu escritório este ano que não existia no ano passado? - Jisoo perguntou, curiosa sobre isso.

– O que você quer dizer? - A outra rebateu a pergunta, ainda séria.

"Você tem alguma paixonite no escritório ou algo assim? - Perguntou, animada.

Irene sentiu um arrepio repentino na espinha. Ela teve que rir para deixar o arrepio sair. Ela não conseguia entender por que a primeira pessoa que lhe veio à mente com o que Jisoo perguntou era Seulgi.

– Não, não é uma paixonite ... - Irene respondeu rapidamente.

– Não é uma paixonite, mas tem alguém, certo? - Perguntou Jisoo, cética.

– Não é como o que você está pensando ... - Irene tentou se esquivar das perguntas.

Jisoo bateu de brincadeira no braço esquerdo de Irene. – Ei, você está escondendo segredos de mim? Você está apaixonada, Irene? - Jisoo agora se sentou para que pudesse olhar com mais atenção para a prima.

A pergunta fez Irene se encolher ainda mais. – Eu não estou, sua boba. - Irene dizia.

– Tudo bem, tudo bem. Mas eu não acredito em você. - Deu de ombros

Irene olhou para Jisoo e revirou os olhos. – Tanto faz. -

– Bem ... falando de paixão. - Disse Jisoo, aproximando o rosto da prima. – Ouvi sobre alguém que acabou de voltar aqui para o bairro. - Ela falou.

A mente de Irene ainda estava pensando na palavra "paixonite" e tentando entender o porque de Seulgi aparecer em sua mente quando ouviu isso. Ela não entendeu o que Jisoo disse devido a sua distração.

– Mmm? -

– Você se lembra da sua maior paixão de todos os tempos quando morava aqui? - Perguntou Jisoo.

Irene ficou surpresa por um momento. Ela teve que se esforçar primeiro para chegar em suas lembranças esquecidas da infância. – O que você quer dizer? -

– Poxa, Irene, não me diga que você esqueceu o Bogum? - Jisoo perguntou.

– Bogum? - Então, de repente, fragmentos de suas memórias de infância surgiram em sua mente instantaneamente.

A família de Irene morou naquela vila até os quatorze anos de idade. Crescendo como filha única, o lazer favorito de Irene era brincar com sua prima, Jisoo, que também era filha única. Elas estavam muito perto de compartilhar tudo. Elas brincavam com os mesmos brinquedos, usavam os mesmos vestidos, tinham a mesma lancheira e até estudavam na mesma escola. Jisoo era como uma irmã e uma melhor amiga para ela.

A apenas alguns quarteirões da casa, havia um amigo da família com dois filhos cujas idades eram quase as mesmas para ela e Jisoo. Os irmãos eram Minho e Bogum. Minho era o mais velho e alegre, enquanto Bogum era o contrário. Eles costumavam brincar um com o outro quando eram mais jovens. Mas, quando cresceram, eles só se viram em eventos ou ocasiões familiares.

Quando criança, Irene desenvolveu uma grande paixão por Bogum. E como era tradição deles almoçarem toda vez na véspera de Ano Novo, esse carinho permaneceu de alguma maneira, mesmo depois que ela se mudou daquele lugar. Ela não conseguia se lembrar quando exatamente ela superou seus sentimentos por Bogum. Talvez tenham desaparecido quando ela entrou na faculdade e se ocupou com as coisas da de seu curso. Além disso, a família inteira de Bogum também se mudou daquela vila porque seu pai foi transferido para uma outra sede da empresa.

– Sim, Minho e Bogum, lembra? - Perguntou Jisoo.

– S-sim. - Irene desviou o olhar. Ela não sabia como lidar com a onda de nostalgia no peito. – Quando eles voltaram para cá? - Perguntou.

– Apenas na semana passada. Ouvi dizer que os pais deles querem se aposentar e estão planejando abrir um negócio. Os dois filhos agora estão trabalhando, então eles não têm muito o que se preocupar com as finanças. - Falou.

Irene estava confusa com o que estava sentindo. Há um tempo atrás, ela estava pensando em Seulgi e agora ouvindo o nome de Bogum, teve a mesma sensação que estava tendo antes. Então ela se lembrou de algo que eles costumavam fazer naquele dia.

– Espere, não me diga que eles estão se juntando a nós para o almoço? - Perguntou.

Os olhos de Jisoo enrugaram. – Sim. Eles estão nos esperando lá embaixo. Eu vim aqui porque sua mãe me pediu para arrastá-la para baixo. - Jisoo completou.

Os olhos de Irene se arregalaram.

---

Jisoo saiu primeiro depois que Irene confirmou que estava prestes a sair também. A verdade era que ela não estava preparada. Pensar na presença de Bogum na mesma casa a deixou inquieta. As coisas pioraram quando ela estava na escada e agora estava ouvindo murmúrios de homens cujas vozes ela não ouvia há muito tempo.

Ela respirou fundo e deu mais alguns passos até ver todos.

– Oh, aí está, Irene. - Sua mãe chamou imediatamente, colocando um braço em seu ombro e levando-a para o sofá onde os membros da família dos velhos amigos estavam sentados. – Olha quem voltou. -

Irene olhou para toda a família, mas focou os olhos nos pais. Ela estava vendo os irmãos de sua visão periférica. – Bom dia a todos. - Disse ela com uma reverência.

– Uau, é mesmo você, Irene? Você ficou tão linda, querida. - Disse a mãe. – Você costumava ser bonita quando era pequena, mas agora está deslumbrante. - Completou.

Irene forçou um sorriso porque ela era muito tímida. – Obrigada. -

– Você tem namorado, Irene? - O pai perguntou desta vez.

Sua mãe respondeu em seu nome: – Nenhum. Irene sempre foi exigente em namorar homens. E você, seus filhos ainda estão solteiros? - Perguntou.

Irene queria sair da cena imediatamente. Ela sabia para onde a conversa estava indo. Sua mãe conhecia completamente sua paixão por Bogum antes.

– Minho nem sempre está disponível. Ele nunca esteve solteiro no momento em que eu o deixei namorar. - Respondeu o pai imediatamente.

Minho jogou um travesseiro para o pai. – Vamos lá, pai, isso é embaraçoso! - Ele respondeu.

A risada do pai era tão alta que ecoou em toda a casa. Então ele continuou: – Bogum está solteiro. Ele acabou de terminar recentemente com sua namorada de longa data. - Respondeu.

– Isso é estranho. - Murmurou Bogum, olhando para o outro lado.

Irene não sabia que ela já estava olhando para Bogum. Isso a fez lembrar as razões pelas quais ela gostava dele antes: aquela aura esnobe, sua expressão de cara de pôquer, sua personalidade introvertida e o que quer que ele fizesse era tudo para ela antes. Os mesmos velhos motivos, mas suficientes para ela gostar dele novamente.

Minho se levantou e se aproximou dela. – Olhe para você, hein, continua linda! Lembro-me de ter uma queda por você quando éramos crianças. - Disse ele, bagunçando o cabelo dela com a mão.

A abordagem alegre de Minho trouxe de volta a sensação de quando eles ainda eram pequenos. Irene bateu no estômago dele. – Eu sabia, é por isso que você continuava me provocando, hein? - Respondeu.

Minho riu, virando-se para a família rapidamente e voltando para Irene depois. – Sim, mas isso desapareceu imediatamente porque você sempre foi tão mal-humorada. - Ele completou.

Irene bateu no braço dele desta vez. – Hmp! -

Bogum também se levantou para participar da conversa. Ele colocou o braço esquerdo no ombro do irmão. – Não dê ouvidos a ele, Irene. Ele nunca teve uma queda constante por alguém. Até agora, ele nunca para com uma namorada. -

– Cara, você está estragando o meu momento aqui. - Reclamou Minho, apontando com ambas as mãos para Irene.

Irene estava rindo enquanto olhava para os irmãos. Embora tenha havido mudanças, eles ainda continuavam os antigos companheiros de brincadeira que ela costumava ter. – Vocês ficaram mais altos, mas tudo continua igual. - Completou.

Os dois caras olharam para ela. Minho respondeu: – Sim, você ainda é a mesma Irene, mesmo em termos de altura! - Ele falou e riu logo depois, tirando risos dela e do irmão.

O almoço correu bem para todos. Todo mundo estava rindo quando eles falaram sobre as coisas que aconteceram antes, relembrando as pessoas que costumavam ser quando crianças e como se tornaram tão adultos. Era tão bom quanto nos velhos tempos.

Era anoitecer quando a família de Bogum se despediu e lhes desejou um feliz ano novo.

Irene estava tão feliz naquele dia. O humor entediado que ela teve havia desaparecido anteriormente com a presença da família de Bogum. Não demorou muito para admitir que ela estava começando a gostar de Bogum novamente. Ele era exatamente o mesmo velho Bogum que ela gostava antes, além da aprovação óbvia de sua mãe para ficarem juntos, tornando mais fácil para Irene admitir isso para si mesma.

---

1º de janeiro - Daegu

Já era uma hora da manhã e o ruído de fogos de artifício diminuiu. Irene estava sozinha novamente no quarto, enquanto sua mãe, tia e Jisoo ainda estavam ocupadas conversando no andar de baixo. Ela fingiu cansaço para se desculpar e subir. Depois de almoçar mais cedo, todos em sua família, incluindo a de Bogum, que brincavam e combinavam de os colocar juntos.

Ela não podia negar que de alguma forma ela gosta de Bogum, mas isso não significava que ela queria que eles ficassem juntos. Bogum ficou em silêncio toda vez que o tópico entre Irene e ele era levantado.

Ela suspirou. Apenas mais um dia chato antes de tudo voltar ao normal.

Mesmo que ela tenha gostado do dia, seus desejos de voltar ao escritório ainda estavam lá quando ela voltou a ficar sozinha. Ela viu seu velho urso de pelúcia na cama. Era o que ela costumava trazer com ela o tempo todo quando era pequena. Ela teve que deixar o brinquedo para trás quando eles se mudaram para outra casa por causa do pedido de Jisoo.

Ela pegou o urso e olhou para ele por um momento. Ela não conseguia explicar o porquê, mas os ursos agora a lembram de Seulgi. Ela abraçou o brinquedo e fechou os olhos esperando que o sono chegasse a ela em breve.

Mmmm-mmmmm ... mmmmm-mmmmm ... mmmmm-mmmm ...

O sono de Irene foi interrompido quando ela sentiu o telefone vibrar debaixo do travesseiro. Ela pegou o telefone para verificar quem era. Depois que seus olhos se ajustaram da luz repentina do telefone, ela viu uma longa lista de números exibidos em sua tela. O número não estava em sua lista de contatos.

Ela atendeu o telefone com hesitação, – Olá? -

Olá... - A voz soou do outro lado da linha.

Irene levantou-se da cama por causa do choque. De todas as pessoas que ela conhecia, essa era a última que ela esperava ligar para ela aquela noite.

Irene? Você está aí? - Perguntou.

– S-Seulgi, é você mesma? - Irene perguntou, ainda tentando assimilar.

Sim. Você estava esperando outra pessoa? - Questionou.

– Não, não. Estou apenas ... surpresa ... - Irene sentiu o coração bater sob o peito. Surpreendentemente, ela ficou feliz em ouvir a voz de Seulgi.

Você já estava dormindo? Peço desculpas se por alguma razão te acordei. Prometo que vou ser rápida, não se preocupe. - Ela dizia calmamente.

– Não, não. Está tudo bem. Eu não estava dormindo ainda. - Irene a respondeu com um sorriso.

Oh, isso é um alívio. Enfim, só estou ligando para te desejar um Feliz Ano Novo ... - Ela dizia.

– Feliz Ano Novo, Seulgi. - Disse Irene, agarrando o urso e olhando para ele.

Acabei de ligar para Krystal, Eric e os outros antes, apenas para cumprimentá-los também. - Respondeu.

Irene se sentiu um pouco decepcionada. – Mmm. Por que você ligou para todo mundo? - Arqueou a sobrancelha ao responder Seulgi.

Vamos apenas dizer que foi a minha maneira de agradecer às pessoas importantes que completaram meu ano. - Seulgi explicou.

Os lábios de Irene se curvaram para um semi-sorriso. – Você quer dizer que eu sou uma dessas pessoas importantes em sua vida? - Perguntou enquanto brincava com o urso a sua frente.

Claro. Não é todo dia que alguém me repreende por comer um hambúrguer no café da manhã e depois me traz um café no dia seguinte digno de rainha, certo? - Seulgi explicou e deixou um riso anasalado escapar.

Irene não conseguiu controlar sua risada dessa vez. Ela tentou manter o tom baixo, mais para garantir que as pessoas no andar de baixo não a escutassem.

– Para quem mais você vai ligar depois disso? - Ela perguntou. Em parte, ela estava se perguntando se Seulgi também ligou para Joy.

Ninguém. Você é a última pessoa que ligarei hoje. - Seulgi falou calmamente.

– Oh. Acho que sou a pessoa menos importante na sua "lista de importância"', estou certa? - Irene falou um pouco irônica.

– Não é assim. Tenho certeza de que você está familiarizada com a frase 'guarde o melhor para o final', certo? - Seulgi a respondeu com convicção.

Irene mordeu o lábio e beliscou o urso para impedir de produzir qualquer som estranho enquanto estava ao telefone. – Sempre flertando, hummm. -

Ei, eu não estou flertando. Na verdade, eu estava realmente planejando ligar para você primeiro, mas não tinha o seu número. - Ela respondeu.

– É porque você nunca pediu. É uma pena você ser lenta, Seulgi, sempre por sinal. - Irene dizia, apontando para o urso, fingindo que ele era Seulgi.

Eu tive medo de pedir seu número antes, porque você poderia interpretar isso de outra maneira. Lembre-se, você me acusou de ser paqueradora, certo? - Seulgi jogou seu ponto em discussão.

– Então, como você conseguiu meu número? - Irene a questionou.

– Eu tive que ligar para Krystal primeiro e pedir. - Ela explicou.

– Ok. E para quem você ligou depois, depois de Krystal? - Continuou questionando.

Liguei para Eric, Taemin e depois Luna. - Seulgi falou.

Irene derrubou o urso. – Viu? Eu fui realmente a última da sua lista. Você não me ligou logo depois de conversar com Krystal. -

O riso de Seulgi ecoou na linha. – Ok, tudo bem. Eu peguei seu número com a Krystal, mas tive medo de ligar para você imediatamente. - Confessou.

– Medo? Por quê? Eu não mordo ... - Irene respondeu.

Sim, eu sei que você não morde. E você não poderia me morder, nem se quisesse. Talvez eu estivesse com medo de que você não queria falar comigo agora. - Respondeu com a voz mais baixa;

– E de onde você tirou essa ideia? - Questionou , incrédula com a resposta de Seulgi.

Eu não sei ... foi apenas um palpite. Estou errada ...? - A mais alta perguntou com cautela.

– Oh, vamos lá, Seulgi. Você deveria ser a primeira pessoa a saber que está errada. Esqueceu que conversamos sozinhas no resort? E no seu apartamento? Então conversamos... - Irene parou, lembrando-se do seu constrangimento durante o bate-papo – Então também conversamos quando tomamos café da manhã e agora estamos conversando novamente. Se eu não quisesse falar com você, essas coisas nunca teriam acontecido. - Irene explicou, fazendo a outra cair em si.

Tudo bem. Essa foi uma explicação longa. Deixe-me reformular isso em uma frase. Então, você quer dizer que adora conversar comigo, Bae? - Seulgi perguntou, mordendo o lábio.

Irene olhou para o urso que ela estava segurando. Seus olhos se perguntaram o que ela podia responder. – Eu ... eu acho que eu ... eu adoro ... - Respondeu.

Houve um silêncio repentino na outra linha.

– Seulgi? - Irene teve que olhar para a tela do telefone para garantir que a linha não tinha caído.

Ainda estou aqui. - Seulgi respondeu.

– P-por que você parece tão alegre agora? - Irene perguntou percebendo o tom de voz de Seulgi.

Oh, pareço? - Ela tentou fugir do questionamento, mas a verdade é que as palavras de Irene a deixaram muito feliz.

– Sim. Você está falando com outra pessoa ai? - Irene perguntou.

Mmm, não. Só você. - Seulgi respondeu.

– Você está ficando louca. - Irene riu. – Que horas são agora ai em Taipei? - Ela se ajeitou na cama.

Bem, eu estou uma hora atrás de você, então aqui passou da Meia noite. - Seulgi explicou para a mais velha.

– Então por que você ainda não está dormindo? - Perguntou.

Eu ainda não estou com sono, princesa. Além disso, o trabalho ainda é depois de amanhã. Eu posso ficar acordada até de manhã. - Seulgi a respondeu com aquele tom debochado de sempre.

Irene teve que admitir que de alguma forma sentia falta de ouvir aquele apelido carinhoso de Seulgi. – Você está se divertindo ai com seu pai? -

Sim. Estávamos com alguns amigos dele que também não estavam com suas famílias. Embora não haja ninguém aqui com a mesma idade que a minha, ou pelo menos perto da minha, foi divertido. E você? - Perguntou.

– Estamos aqui na casa da minha prima, tivemos uma pequena reunião com uns velhos amigos da família. Eu também me diverti muito. - O rosto de Bogum brilhou em sua mente.

É bom ouvir isso. O que você está fazendo agora? - Seulgi perguntou.

– Estou sozinha no quarto da minha prima, apenas deitada aqui na cama. Você? - Ela continuou.

A mesma coisa... - Seulgi a respondeu.

– Você tem certeza de que está tudo bem com você conversando por tanto tempo comigo? Você está fazendo uma ligação internacional, lembre-se disso. - Lembrou Irene , falando como urso - ou Seulgi.

Não se preocupe, meu pai paga tudo. - Disse Seulgi, rindo.

– Oh, então você é a grande gastadora da riqueza do seu pai, hein? - Irene zombou da outra a fazendo rir.

Não é assim. Ele está me deixando fazer isso porque sabe que estou entediada. Não tenho amigos aqui. - Seulgi explicou.

– Sempre é assim toda véspera de ano novo? - Irene a perguntou, curiosa.

Sim, eu apenas o sigo onde ele estiver. No ano passado, ele estava em Hong Kong. Espero que no próximo ano ele esteja em Seul. - Seulgi respondeu com um suspiro.

A mente de Irene começou a voar. Ela estava olhando para o urso que parecia olhar diretamente em seus olhos. Ela queria perguntar para quem Seulgi poderia ter ligado no ano passado, mas sim, ela com certeza sabe quem é.

Você sente sono agora? - Perguntou Seulgi.

– Ainda não... - Irene respondeu com calma.

Umm, acho que você está ficando entediada então? Podemos terminar a ligação, se você quiser. - Seulgi falou.

– Não é isso. Eu só estou pensando ... - Irene respondeu.

Em que? - Seulgi ficou curiosa.

– Não é estranho como podemos conversar sobre algo sob o sol - ou a lua, neste caso - sem nos cansarmos uma da outra? - Irene falou calmamente.

Seulgi sorriu do outro lado da linha com o que Irene dizia. – E isso é algo ruim? - Questionou.

– Não, não é ruim, é apenas ... estranho. - Irene completou.

Não é estranho para mim. - Seulgi a respondeu com certeza.

– Bem, para você talvez não seja porque você pode simplesmente encantar seu caminho para que todas as garotas falem com você. Mas para mim, isso não é o que eu normalmente faço. - Explicou Irene.

Se isso está além do que você normalmente faz, sinto-me honrada por fazer parte dessa coisa fora do normal de que você gosta agora. - Seulgi a respondeu.

– Ainda é estranho. - Irene continuou.

Quando você diz estranho, você quer dizer algo bom ou o quê? - Seulgi perguntou curiosa.

– Eu não sei. Minha presunção é que é por causa das coisas que aconteceram ultimamente. Aqui estamos nos aproximando uma da outra, você sabe. Talvez eu esteja apenas confortável em estar perto de você, uma razão pela qual eu gosto de conversar com você. - Ela explicou calmamente.

Eu te entendo, de verdade. - Seulgi respondeu.

– No entanto, há uma parte em mim que se pergunta se eu fui afetada por sua conversa fiada. Talvez seja apenas você. Seu charme pode ter o mesmo efeito em todas as garotas. - Irene falou, zombando de Seulgi.

Uau, uau ... eu não seduzi você, se é isso que você está dizendo. - Seulgi respondeu rindo.

Irene estrangulou o urso. – Não foi isso que eu quis dizer, louca! - Ela respondeu.

Seulgi riu. – Bem, você está dizendo que eu faço isso o tempo todo, para todas, intencionalmente. Então eu achei... -

– Não é isso que você realmente faz? Veja, Seulgi, sou apenas uma de suas vítimas. - Brincou Irene.

Seulgi riu novamente. – Para sua informação, Sra. Bae Irene, eu não estou fazendo isso com todas, Ok. Eu tenho muitas conhecidas, sim. Mas isso que fazemos agora - isso - isso não acontece o tempo todo. Você pode não acreditar, mas é a única pessoa agora que gosto de conversar dessa maneira. - Seulgi a respondeu.

Para uma escritora como Irene, esse era um dos raros casos em que ela achava que algo estava errado com ela. A articulação sempre foi seu forte, tanto na oralidade quanto na escrita. Mas desta vez sua mente estava tendo dificuldades em encontrar as palavras certas para responder.

Não é incrível como a pessoa do outro lado da linha tem a capacidade de silenciá-la de vez em quando? Embora ela não pudesse descrever a emoção mista que estava sentindo agora, uma coisa era definitiva naquele momento: ela estava muito feliz com o que ouviu. Era como se Seulgi tivesse garantido que só estava gostando desse tipo de conversa com Irene, apenas com ela.

Antes que Irene pudesse falar, ouviu passos no corredor do lado de fora, levando à sua porta. Ela assumiu que fosse Jisoo.

Irene? - Seulgi falou.

– Seulgi, me desculpe, eu tenho que ir. Minha prima está vindo aqui para o quarto agora.- Ela queria matar Jisoo por ter entrado na hora errada.

Oh. Não se preocupe. Acho que te vejo na segunda-feira. - Ela respondeu com um sorriso.

– Sim, segunda-feira. Tchau, Seulgi. - Irene se despediu e desligou o telefone imediatamente.

Jisoo entrou no quarto e ao olhar a cama teve certeza que estava certa - Irene já está dormindo. Mal sabia ela que sua prima estava apenas fingindo.

Irene apertou o abraço no bicho de pelúcia de urso, ainda lembrando das últimas frases que Seulgi disse a ela. Ela escondeu o rosto debaixo do urso e sorriu.

Sim, ela definitivamente odiava Seulgi agora por deixa-la assim.

FIM DO CAPÍTULO

Fortsæt med at læse

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