Namoro de cobra ❤️

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19:46pm - Salão Comunal dos Monitores-Chefes

  Narracão Hermione.

"(...) É estranho! Quando um pensamento nos domina, nós o encontramos expresso em todos os lugares, nós os cheiramos até no vento."  THOMAS MANN

- Vamos embora, Harry. Só estamos perdendo tempo aqui. – pedi sussurrando, Harry olhava desapontado para os dois sonserinos, puxei-o pelo braço gentilmente e saímos, tomando cuidado para que a capa não nos revele.

- Sinceramente, Hermione, não sei como você consegue aturar o Malfoy todos os dias... ele me dá repulsa só de olhar.

- Você não faz ideia do quão difícil é. – respondi, lembrando de momentos íntimos nossos torturando minha mente. Chegamos ao dormitório dos monitores e me despedi de Harry. Só de pensar que ainda tenho que fazer as rondas com Malfoy, meu estômago revira. Visto uma capa mais grossa para me proteger do frio e volto à sala, esperando que o relógio anuncie oito horas da noite. Adiantando um dever de Defesa Contra as Artes da Trevas, e expulsando lembranças de Malfoy me abraçando da mente, o cretino chega acompanhado da Selwyn.

- O que ela está fazendo aqui? – pergunto.

- Ela está aqui porque a convidei.

- Não é permitido trazer acompanhantes para o dormitório após às seis horas. – lembrei-o, a garota pareceu ofendida. Draco se aproximou e deu uma risadinha sarcástica.

- Engraçado, ô sabe-tudo... Quando aquele seu namoradinho pateta vinha aqui, você não se lembrava das regras, não é mesmo? – retrucou e a garota atrás dele sorriu triunfante.

- Isso mesmo, Draco! Coloca a sangue-ruim no lugar dela. – desdenhou Chloe, Draco fez um gesto para que ela ficasse calada.

- Por esse mesmo motivo, Malfoy, aprendi com os meus erros e não quero mais regras sendo violadas aqui. – retruquei, ignorando a menina, que analisava suas unhas entediada. Malfoy suspirou e pôs as mãos no rosto.

- Olha, Granger, não estou nem um pouco a fim de ouvir suas reclamações. Nós já não vamos sair para as rondas? Pois então, pretendo deixar minha namorada nas masmorras.

Minha namorada. As palavras me provocaram uma formicação detestável. Chloe Selwyn, que adorava se vangloriar pela escola porque tinha atenção de Malfoy, sorria como se ela fosse a garota mais distinta de toda Hogwarts, se não do mundo. Esperei para que os dois saíssem primeiramente da passagem e segui infeliz o grande casal. Espero que eu encontre vários sonserinos fora da cama, seria uma alegria tirar uns pontos hoje à noite.

Infelizmente, os minutos se passavam e não aparecia ninguém para eu poder descontar minha raiva. Malfoy e Selwyn seguiam mais afrente, a garota toda risonha e ele com o mal humor de sempre. Lembro de quando o Córmaco me acompanhava nas rondas e de como tudo era mais leve, seria tão mais fácil se ele não fosse um mentiroso. Aparentemente, só encontro garotos babacas. Uma movimentação estranha num corredor à direita me chamou a atenção. Filch vinha puxando um lufanista pela orelha e gritando "pestinha malcriado"e quando eu ia repreende-lo, tudo ficou escuro e eu perdi o sentido por segundos. Ao me ver, o garoto usou o Pó Escurecedor Instantâneo do Peru por medo de levar alguma detenção. Sai rastejando até o fim do corredor e quando o ambiente voltou ao normal, notei que eu estava sozinha. Nenhum sinal de Malfoy, Chloe, Filch ou do garoto. Irritada, pensando que Malfoy provavelmente usou a brecha do pó para escapar da sua função, segui o meu caminho.

Desejei ter o mapa do maroto comigo só para ir até ele e forçá-lo a voltar comigo. Nervosa e estressada, decidi voltar até o dormitório. Se Filch veio por esse caminho, é sinal de que já havia inspecionado esses corredores. Entretanto, quando eu estava prestes a virar o corredor, ouvi umas risadinhas. Em uma sala vazia, atrás de um armário de vassouras, haviam mais dois garotinhos lufanistas se escondendo, dos quais eu descontei dez pontos cada.

O chão da sala, completamente sujo de terra e fuligem, era iluminado por dois vitrais que refletiam imagens coloridas no chão imundo. Carteiras rabiscadas e quebradas, e uma vassoura partida estavam ao conto. Ao fundo, porém, um espelho antigo e ornamento, com uma moldura dourada que também estava empoeirada. Me aproximei para ler as palavras que estavam grafadas, mas quase cai para trás quando vi que eu não estava sozinha, Malfoy voltara para me buscar. Percebi, segundos depois, que ele não estava de fato ali, estava apenas refletido. E ele sorria feliz, como se estivesse vendo a luz do dia pela primeira vez em toda sua vida.

Ojesed - Dramione (EDITANDO)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin