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6:45pm - Biblioteca de Hogwarts

  Narração Hermione.

"E se quiseres podemos ser como as pontes: eu num lado, tu no outro e no meio a distância que quisermos dar." CLAUDIA R. SAMPAIO

Eu ainda estava atônita ao acordar pela manhã, as lembranças da noite passada me atingiam com força e eu estava tentando entender como as coisas poderiam ter chegado naquele ponto. Nunca nem havia passado pela minha cabeça beijar Malfoy, mas desde que seus lábios me tocaram, minha mente se esforça para pensar em outra coisa.
Harry e Rony não podem nem sonhar com uma coisa dessas, eles iriam enlouquecer. Mas como será que eu vou continuar encontrando Malfoy agora? Estou tão envergonhada e tenho certeza que minhas feições vão me trair se eu tentar fingir que nada aconteceu, sendo assim, o que devo fazer?
Na sala comunal ainda estão as garrafas de cerveja amanteigada vazias, e o dever de Draco esquecido no sofá. Será que ele já saiu? Profª McGonagall não perdoa quem esquece deveres de casa e pode descontar muitos pontos de sua casa. Subo sorrateiramente até o seu quarto e encontro ele dormindo profundamente. De bruços, e com o tronco despido pude reparar que ele tem o corpo esguio porém exibe alguns músculos, ao contrário de Córmaco que é um garoto bem corpulento.
Ainda ao contrário de Draco, Córmaco beija lentamente e desempolgado. O beijo de Malfoy e os dedos gélidos dele em contraste a minha pele ainda inflamavam minha pele. Sentada na aula de Runas, me pergunto o que ele quis dizer com eu ter mudado sua forma de pensar, afinal, eu nunca conversei com ele sobre nada e nós nunca tivemos nenhum tipo de relacionamento.
Afasto esses pensamentos da mente e me concentro na aula. Harry e Rony me encontraram no corredor a caminho das masmorras, iríamos ter aula de Poções. Rony reclamava do quão Lilá era grudenta e eu Harry apenas fingíamos ouvi-lo, ele sempre reclama da Lilá mas nunca rompe com ela.

- Na aula de hoje, quero que reproduzam a melhor versão da Poção Wiggenweld que conseguirem, devem encontrar instruções na página 234... - instruiu o Profº Slughorn, enquanto se sentava em seu assunto e começou a corrigir uns deveres.

Draco, que estava nos fundos da sala, me olhou vigorosamente quando me sentei numa mesa com os meninos. Senti meu rosto enrubescer aos poucos ao lembrar do acontecido da noite passada. Harry abriu seu exemplar do livro de Poções que pertencia ao Príncipe Mestiço, fazendo com que os pensamentos sobre a boca de Draco ficassem em segundo plano. Me sentia completamente enraivecida quando ele fazia o uso desse livro, pois ganhava um crédito que ele não merecia.
Os meninos conversavam sobre algum assunto que eu nem prestei atenção para saber do que se tratava, estava pensando sobre o tal Príncipe Mestiço. A sineta tocou logo após que o professor Slughorn examinou o nosso resultado, apenas acenou positivamente para mim e encheu o saco de Harry.

- Você reparou como Malfoy estava esquisito hoje, Hermione? - perguntou Harry, logo após termos deixado a sala de aula.

- Eu nem reparei... - menti, olhando para o corredor que Draco havia acabado de virar.

- Ele está aprontando alguma coisa, eu sei que está - divagou Harry e eu e Rony nos entreolhamos, sua obsessão já estava insuportável.

O resto do dia decorreu como o usual, exceto pelo fato de que a minha mente me sabotava durante as aulas, fazendo com que o toque de Draco distraísse meu foco dos assuntos. Me senti uma verdadeira covarde ao caminhar o mais lentamente que conseguia até o meu dormitório. O momento de encontrar a pessoa que passou o dia inteiro em minha mente chegara. Respirei fundo antes de atravessar a passagem e me vi aliviada quando não tinha ninguém na sala.
Após o meu banho, fantasiei passar o resto do ano presa em meu quarto, mas a minha curiosidade me atiçou e decidi ir até a sala. Ao topo da escada, contemplei Draco sentado na poltrona em frente à lareira, uma taça de vinho dos elfos em sua mão e suas feições austeras. Mirou-me aos pés da escada e franziu o cenho, e exprimiu um sorriso fraco quando sentei ao seu lado.
- Estive impregnado em sua mente como você esteve na minha? - perguntou, confessando a resposta de uma pergunta que me peguei fazendo o dia inteiro. Ele arqueou uma sobrancelha, acenei a cabeça positivamente. O seu sorriso ampliou, Draco depositou sua taça aos pés da poltrona e me tomou em seus braços gentilmente, meu coração bateu ferozmente em meu peito quando seus lábios tocaram meu colo. Naquele momento, todo meu juízo e discernimento abandonou meu corpo e eu me entreguei ao inimigo.

Ojesed - Dramione (EDITANDO)Where stories live. Discover now