PRÓLOGO ❤️

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31 de agosto de 1996- Mansão Malfoy. Draco Malfoy - 19:35.

"(...) Tudo sempre igual, tudo sempre torpe: rostos vermelhos e brilhosos cheirando a vinho e tabaco, e os mesmos assuntos, as mesmas ideias, e tudo girando sobre a mesma torpeza. E estão todos satisfeitos e certos de que assim deve ser, e a assim continuarão a viver até a morte. Mas eu não posso. Isso me enfastia." LIEV TOLSTÓI.

O dia 31 de agosto chegou marcando o que seria o início de um novo ano em Hogwarts. Voltar para Hogwarts será a minha válvula de escape de toda essa insanidade e trevas que possuíram minha casa. Meu pai caiu em desgraça ao ser preso no ano passado, assim a minha vida tem se tornado um verdadeiro inferno. Me sinto um elfo doméstico, desprezado e humilhado, destinado a uma vida de servidão eterna. Devido ao fato de eu ser um verdadeiro covarde, não tenho forças nem para planejar uma fuga. Minha mãe é só um vulto, uma sombra da mulher que era. O nome Malfoy sempre foi um símbolo de orgulho e honra, e agora é um fardo pesado de se carregar.

- O Lorde ordena que você vá até a sala de jantar, Draco. – informou Rabicho, cuja aparência de ratazana e voz esganiçada me enojavam, e me faziam questionar onde estava a grande glória que é prometida ao se aliar ao Lorde Voldemort, onde estava a glória em viver temendo alguém e acatando ordens. Eu, naturalmente, não tive escolha. Acompanhei-o até a grande sala de jantar, onde estavam reunidos o Lorde, minha tia Bellatrix e a minha mãe; esta me olhava angustiada, mas na presença dele, segurava até a respiração.

- Menino Malfoy, que prazer que tenha se juntado a nós. – cumprimentou, com aquele sorriso sarcástico, olhando para as duas mulheres a sua frente. Bellatriz o olhava com extremo fascínio, e minha mãe apenas encarava a taça de vinho a sua frente, sem esboçar nenhuma emoção. – Sente-se ao lado de Narcisa.

A cadeira de couro preta, dura e gelada, foi puxada para que eu sentasse. Assim que o fiz, minha mãe segurou minha mão por baixo da mesa; suas mãos estavam tremendo e suadas. Voldemort deu uma risadinha deleitosa e levou sua taça de vinho dos elfos à boca franzina e cinzenta, e se pôs a falar: - Veja, garoto... Tenho uma lustre tarefa que é de vital importância, o escolhi para executá-la.

Um gritinho agudo de Bellatrix o interrompeu, ela parecia estar tendo um orgasmo ali mesmo. O que ela considera prazeroso é sinal de que ele está tramando algo cruel. Minha mãe apertou intensamente minha mão, sinto que ela poderia desfalecer ali mesmo em qualquer momento. O homem asqueroso no comando explicou o seu plano e eu ouvi tudo calado. Ao final, nada disse, apenas consenti e voltei ao meu quarto. Estava aterrorizado com a tarefa que me foi designada e me perguntando o porquê dele não ter escolhido um comensal mais experiente. A conclusão a que cheguei produziu um calafrio em meu corpo. Me escolhera porque sou o de menos valor para o seu rebanho.
Essa história está sendo editada, portanto, sugiro que leiam apenas os capítulos marcados com ❤️

Ojesed - Dramione (EDITANDO)Where stories live. Discover now