Capítulo 22- A Bebê

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Sei que o nome deles são estranhos, mas, por mais loucura que seja essas são as comidas favoritas deles.

Eu os prendo na coleira quando vejo uma menininha loirinha muito linda e fofa. De início estranho mas logo vem uma moça e eu deduzo que ela é uma empregada nova e a menina é sua filha.

Volto pra sala com o casal felino na coleira, diferente da maioria dos gatos, Brócolis e Couve-Flor foram acostumados a andar na coleira o que facilita muito na hora de leva-los pra rua.

Di: Tchau tô indo! - digo dando um beijo e um abraço neles.

Logo após dar tchau a empregada com sua filhinha vou a caminho do elevador, mas escuto algo que me faz parar e me virar pelo choque.

Menininha: Mamãe, Papai a moxa ta evando meus miaus ebola! - diz apontando os dedos gordinhos para mim.

Di: Desculpa moçinha, mas esses gatos são meus! - afirmo birrenta

Mas sou desarmada por dois traidores que se passam na bebê que aparenta ter de 3 a 4 anos.

Ray: Diana ela é uma criança não se iguale! - fala em tom de advertência.

Di: Mas... - Algo que a bebê falou me chama atenção e eu largo a guia dos gatos ao expressar minha contestação - "Mamãe"? "Papai"?

Vejo os seus olhos se arregalarem, suas mandíbulas travarem e as veas de seus pecoços e suas testas se destacarem enquanto eles desviavam os olhos de mim e olhavam para o outro.

Ray: Princesa! Por favor entenda, nos achamos melhor assim - diz já me encarando de novo.

Di: Melhor?

Liza: Nós achamos que se falassemos pra você sobre a Lis, você se sentiria excluída como se estivessemos substituindo você! - fala preucupada.

Di: - Com lágrimas nos olhos eu digo - Claro! Porquê esconder de mim que vocês tiveram uma filha me faria me sentir menos excluída.

Di: Sabe o que eu não intendo? Eu sempre quis primos. De todas as pessoas eu sempre incentivei vocês a terem filhos, mas, na hora que vocês tem vocês escondem de mim.

Viro as costas pra ir embora mas quando chego na porta do elevador que dá pra dentro da cobertura eu me viro e digo um último ponto.

Di: E sobre me sentir excluída! Bom não se preocupe eu sei que eu sou uma órfã, eu sei que quando meus pais morreram eu fiquei no orfanato por que ninguém queria ter responsabilidade com uma pirralha de 3 anos e todo mundo lutava porque não me queria, mas quando todos perceberam que eu era um prodígio ai a luta passou a ser outra. Só que além de ficar com o baú do tesouro vocês ainda puderam viver por sete anos como se eu não existisse. Honestamente não sei nem porque mandaram eu voltar se a vida de vocês estava tão perfeita sem mim.

Sai de lá e fui pro único lugar que poderia me trazer paz.

O que os olhos não vêem! O Coração não sente! - 1° LivroWhere stories live. Discover now