O que os olhos não vêem! O Coração não sente! - 1° Livro

Capítulo 36- Eles aceitam!

Durante o dia, eu nem tive tempo para pensar no meu pesadelo já que foi tudo corrido - na verdade durante essas semanas eu não tinha tempo pra pensar nem em respirar quem dirá pensar nos meus fantasmas - eu fiquei de madrinha, prima, organizadora e controladora dos nervos da noiva que de cinco em cinco minutos mandava eu ir conferir se todo o casamento, que será realizado no quintal da minha vó, estava do jeito que ela e meu primo queriam.

Desde o dia em que eu cheguei aqui eu não tinha visto o Fred, mas hoje eu não teria como evitá-lo, já que ele entraria comigo no casamento.

All: Eu vou pro meu lugar. - me deu um selinho e foi pro lugar.

Me posicionei do lado do Fred e nós ficamos em silêncio e em posição esperando o sinal da organizadora para entrarmos.

Fred: Eu quero falar com você.

Di: Eu também. - Ele me olhou surpreso e abriu a boca como se fosse dizer algo, mas, nós fomos chamados.

(...)

Não existia razão para a Liv e o Raul se preocuparem, pois no final tudo deu certo.

O casamento foi lindo e todos se emocionaram, principalmente quando na festa o Raul chamou todos para anunciar que pretendia ser o primeiro neto a dar bisnetinhos aos meus avós e todos os netos ficaram felizes por se livrarem dessa carga.

Enquanto a festa rolava e todos estavam distraídos eu aproveitei para chamar o Fred em um canto e conversar com ele.

Fred: Diana eu preciso te contar...

Di: Que você se chama Casimir Frederico João Alvim Anatury - a expressão do Fred muda conforme a compressão o atinge, por fim ele fala.

Fred: Di eu posso explicar!

Di: Não há nada que você vá me explicar que eu já não saiba Frederico, ou você prefere que eu te chame de Casimir? Enfim! - digo dando de ombros - eu sei de tudo Frederico sei que você é filho do Anatoly, sei que você e seu irmão me vigiavam a pedido do pai de vocês e sei que entre os dois você foi o pior porque fez eu e minha família nos apaixonamos por você...

Fred: Você não entendi Diana. - me olha em súplica.

Di: Eu não preciso entender. Eu só aceitei falar com você para lhe falar o seguinte: Amanhã quando estivermos todos no jogo do Flamengo, você vai pegar suas coisas e sumir de nossas vidas! Você nunca mais vai nos ver. Estamos entendidos?

Fred: Eu diria que, nunca mais, é tempo de mais. Mas eu prometo que vou ficar o máximo possível longe de vocês.

Eu não sei bem o que foi, mas vi que algo mudou em sua expressão, ele ficou sério, seu rosto parecia ter sido esculpido em uma pedra. Ele enfiou a mão no bolso interno do paletó e tirou de lá um pen-drive e um envelope de carta, me entendeu o pen-drive e disse:

Fred: Meu pai pediu pra te entregar isso - peguei de sua mão estendida e ele estende a outra mão com o envelope - esse é pra quando você decidir saber o outro lado da história.

Di: Quem garante que eu vou querer saber o outro lado da história?

Fred: Mesmo que você não goste disso, eu te conheço e sei que você prefere a morte antes de rotular alguém como caso perdido.

Ele se virou pra ir embora, mas, segurei o braço dele e o abracei.

Di: Eu não te desejo mal Frederico, só desejo que você seja feliz longe de mim. - dou fim ao abraço e vou pro meu quarto deixar o envelope e o pen-drive e volto pra festa a tempo da dança dos noivos.

Começou a tocar Onde você mora? Do Cidade Negra e o Raul e a Liv começaram a encenar a música enquanto dançavam se afastavam e se juntavam, giravam e na hora combinada eu entrei com o Fred, fiquei com medo já que ele não treinou conosco mas ele sabia a coreografia e o ritmo da música, e a Zia entrou na pista com o Irmão da Liv e nós seis dançamos a música que marcou o namoro dos nossos amigos.

[...]

Após a dança do casal a pista foi liberada as fotos começaram a ser tiradas, os salgadinhos e doces foram liberados e a festa foi até o sol raiar.

Quando tudo terminou nós tomamos banho e fomos dormir um pouco as 11 horas da manhã acordamos fizemos almoço e fomos todos, exceto Raul e Liv que foram para a lua de mel deles, para o jogo do Flamengo × Botafogo.