Capítulo 38 - Brincadeira de Criança

2 1 0
                                    


Quando chegamos em casa tava todo mundo o bagaço da laranja, quer dizer todo mundo com 17, 18 anos para cima, porque as crianças estavam com a corda toda pulando, correndo dando cambalhota, plantando bananeira e desafiando quem iria tentar dar mortal.

Como todo mundo queria descansar chamei as crianças para assistir uns filmes começamos com "Era do Gelo 2", passamos por "Barbie Escola de Princesas" e depois de tantos outros filmes quando estava no meio do filme "Marte precisa de mãe" percebo que todos já estavam confortavelmente em coma induzido.

Quando era criança não gostava desse filme pois o menino não dava valor a mãe que tinha e eu nem mãe pra dar valor tinha. Bom pelo menos era o que eu achava até uns meses atrás que foi quando eu percebi que O tio Ray, a tia Liza, a Lari, o Tomás e até mesmo a tia Jane e o tio Matt eram meus pais, pois, desde a morte dos meus pais foram eles que cuidaram, se preocuparam e me educaram.

Antes de ir pros Estados Unidos eu eu achava que estava tudo bom, mas agora que eu fui e estou aqui de volta eu percebi que estando aqui eu era protegida emocionalmente, fisicamente não e tenho várias cicatrizes como prova, já nos Estados Unidos fisicamente eu sou super protegida, mas emocionalmente tenho que lidar com meus fantasmas e ainda lidar com a pressão de investidores e da mídia. O lado bom é que ambos me fizeram amadurecer.

Passo por cima dos espaços e vou ajeitando um por um e quando acabo eles já estão todos esparramados novamente.

(...)

Pego água na geladeira e misturo com a da garrafa, quando vou beber eu engasgo e quase deixo o copo cair no chão de susto ao ver a minha mãe.

Lari: Eita! Tô tão feia assim? - ri do meu susto.

Di: Eu achei que era a única acordada - tusso para me recuperar do susto e depois voltamos a rir da situação.

Lari: Você está diferente desde a última vez que nos vimos.

Di: Eu me sinto diferente desde a última vez que nos vimos. E você também está. - aceno com a cabeça em direção ao seu ventre e ela o acaricia.

Di: Como é? - digo fazendo carinho no meu irmão que está para nascer.

Lari: Como é o que?

Di: Descobrir que vai ser mãe.

Lari: Eu já sou mãe.

Di: Você entendeu o que eu quis dizer! Como é saber que tem um serzinho dentro de você?

Lari: É... inexplicável, sua mãe dizia que era magnético seja lá o que isso signifique, - rimos e ela continua - mas eu acho que o que ela queria dizer e que tudo passa a acontecer com a gente passa nos fazer lembrar temos que proteger nossa sementinha.

Di: Eu estava com saudades.

Lara: Eu também. 

O que os olhos não vêem! O Coração não sente! - 1° LivroDonde viven las historias. Descúbrelo ahora